Logo image
Logo image

5 consequências de dormir pouco, segundo a ciência

4 minutos
Ainda que, à medida que crescemos, precisemos descansar menos, a verdade é que dormir pouco pode trazer consequências negativas para a nossa saúde. Para os adultos, recomenda-se um mínimo de 6 horas.
5 consequências de dormir pouco, segundo a ciência
Última atualização: 14 novembro, 2018

Dormir pouco não é algo que nosso cérebro e nosso organismo possam suportar durante muito tempo.

A insônia ocasional, que se associa ao estresse ou a alguma doença pontual, não representa um impacto tão grave quanto a insônia crônica.

No momento em que nossa dificuldade para pegar no sono vai além dos três meses e a incapacidade para conseguir um descanso profundo afeta nossa qualidade de vida, deveremos começar a nos preocupar.

O mais importante é conhecer a origem desse transtorno.

Às vezes a dor crônica, uma depressão, a apneia do sono ou uma alteração de nossos ritmos circadianos (devido ao trabalho) causa este problema que, sem dúvida, poderia ser tratado através de alguma terapia.

Não é adequado deixar o tempo passar. Caso passem vários dias e percebemos que não podemos dormir mais de três horas seguidas, é bom falar com um especialista.

A insônia não é fatal, no entanto, tira nossa qualidade de vida e resulta muitas vezes em certas doenças mais severas.

Por mais surpreendente que nos pareça, existem várias doenças que têm sua origem em diversos transtornos do sono. A seguir, falaremos sobre elas.

As consequências de dormir pouco

Estamos certos de que, em mais de uma ocasião, você ouviu que um ser humano precisa dormir 8 horas por noite para poder acordar bem.

Descubra como pegar no sono em menos de 1 minuto

Na realidade, quando falamos de cifras exatas, temos que ter cautela. Não é o mesmo ter 8 anos ou mais de 60. Além disso, cada pessoa tem necessidades próprias que vai conhecendo com o tempo.

  • A National Sleep Foundation (Fundação Nacional do Sono) indica que, entre os 26 e 64 anos, o mais adequado é dormir entre 7 e 9 horas. A partir dos 64 anos, a pessoa pode dormir um pouco menos.
  • As crianças precisam dormir entre 9 e 11 horas para que o hormônio do crescimento realize suas tarefas imprescindíveis.

Se nos perguntarmos a partir de que limite se considera que uma pessoa dorme menos do que deveria, temos que nos lembrar de um número: 6 horas.

Um descanso mais curto não permite que o corpo se recupere, que o cérebro realize suas múltiplas funções ou que nosso sistema linfático desenvolva suas tarefas de desintoxicação.

Vejamos agora as principais consequências da insônia.

1. Dormir pouco altera sua flora intestinal

Some figure

Isso é curioso, mas verdadeiro. A essa conclusão chegou a Universidade de Uppsala, na Suécia.

  • Os responsáveis por esse estudo descobriram que dormir pouco durante longos períodos de tempo reduz a variedade de tipos de bactérias intestinais.
  • A saúde metabólica se vê afetada quando há menos tipos desses micro-organismos.
  • Não podemos nos esquecer de que uma flora intestinal de má qualidade tem importantes efeitos em nossa saúde em geral: o corpo desenvolve uma resistência à insulina, ganhamos peso, nossa imunidade é prejudicada, os nutrientes são mal absorvidos…

2. A insônia e a diabetes

Este dado é importante: dormir pouco afeta a tolerância à glicose. Assim, podemos desenvolver diabetes.

  • Esse é um problema que pode afetar de forma mais habitual a população mais velha.
  • Ainda assim, sofrer com o sobrepeso e dormir menos de 6 horas também se associa a esse mesmo problema, assim como indicam vários estudos científicos.

Descubra como preparar esta batida para combater a insônia

3. Dormir pouco afeta a saúde do seu coração

Some figure

Dormir três horas a menos do que o que necessitamos a cada dia tem um sério impacto sobre o nosso coração. Imaginemos por um momento que, ao longo de três meses, descansamos entre 4 ou 5 horas por dia.

Apesar de acreditarmos que com isso “já dormimos o suficiente”, nosso corpo não entende assim. De fato, quem mais vai sofrer é o nosso coração.

  • Dormir pouco eleva nossa pressão sanguínea.
  • Altera nosso metabolismo, desenvolve a resistência à insulina.
  • Aumenta a inflamação (os músculos do coração se tornam mais rígidos ao experimentarem um maior estresse).

A falta de sono, assim como indicam vários estudos, é um feroz inimigo do nosso coração.

4. A insônia e a perda de memória

Não é preciso sofrer de insônia crônica para notar como a falta de sono afeta nossa atenção, nossa capacidade de resposta e a concentração.

  • A memória de trabalho é muito afetada quando não dormimos o suficiente. No caso do problema se tornar crônico, isso afetará a nossa qualidade de vida.
  • Aspectos tão comuns como manter uma conversa, lembrar-se de frases ou solucionar problemas de baixo nível de dificuldade se alteram por completo, como nos revelam várias investigações médicas.

5. Quanto mais ansiedade, menos descanso. Quanto menos descanso, mais ansiedade

Some figure

É um círculo vicioso devastador. O estresse e a ansiedade afetam a qualidade de nosso descanso. No caso do problema se tornar crônico, a situação se intensifica ainda mais.

A mente e o corpo estão intimamente conectados, de modo que essa “dívida de sono” periódica altera nosso equilíbrio interno, nos deixando ainda mais nervosos e excitados.

Para concluir, não hesite em pedir ajuda, em consultar um bom especialista para recuperar a qualidade de seu sono.

Lembre-se do famoso ditado popular que diz: “às vezes a solução de todos os males está num bom descanso”.

Este texto é fornecido apenas para fins informativos e não substitui a consulta com um profissional. Em caso de dúvida, consulte o seu especialista.