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É verdade que as pessoas felizes vivem mais?

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Você sabia que pessoas mais felizes podem viver mais? Saiba quais foram as conclusões de um estudo realizado sobre o assunto.
É verdade que as pessoas felizes vivem mais?
Última atualização: 23 agosto, 2022

A principal aspiração do ser humano é alcançar a felicidade. Embora a vida seja cheia de dificuldades, as pessoas felizes sempre encontram motivos para se manter à tona, mas será que elas realmente vivem mais?

Embora geralmente não seja fácil manter esse estado emocional, há quem aprenda a dominar sua atitude para trazer à tona o lado positivo de quase todas as suas experiências. Aquelas pessoas que conseguem se sentir felizes na maioria das vezes desfrutam de uma série de benefícios para a sua saúde.

Com base nisso, foi sugerido que pessoas felizes têm uma chance até três vezes maior de viver mais, em comparação com aquelas que não gostam de suas vidas.

Isso foi sugerido por uma pesquisa realizada por uma equipe de cientistas da University College London (UCL), que descobriu que pessoas com um humor melhor tinham uma probabilidade 35% menor de morrer durante os cinco anos seguintes.

As pessoas felizes vivem mais? O que diz a ciência?

Para determinar os efeitos da felicidade na saúde, os especialistas analisaram dados de 18.000 pessoas na Inglaterra, com idades entre 50 e 100 anos. Eles o fizeram de 2002 a 2011, como parte do projeto English Longitudinal Study of Aging.

Os indivíduos foram entrevistados três vezes neste período. Esse processo foi realizado para avaliar seu bem-estar psicológico por meio de algumas questões sobre a sensação vital de gozo, entre outras.

Os pesquisadores determinaram que aqueles que afirmavam desfrutar plenamente de suas vidas viviam mais. Especificamente, entre 9 e 10 anos a mais do que aqueles que disseram não estar satisfeitos com suas vidas.

Da mesma forma, os cientistas indicaram que os efeitos da felicidade são muito amplos. Eles variam de acordo com a idade, sexo e posição econômica de cada pessoa. Isso, por sua vez, pode ser útil para detectar pessoas que apresentam um maior risco de desenvolver uma doença em uma idade mais avançada.

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De acordo com pesquisas, as pessoas felizes tendem a ter melhores hábitos de vida, razão pela qual também vivem mais.

Visite este artigo: O quarteto da felicidade: serotonina, dopamina, ocitocina e endorfina

Alguns fatos sobre as pessoas felizes

Em 9 anos de estudo, a proporção de mortes foi de 9,9% entre os que gostavam da vida, contra 28,8% entre os que não se sentiam felizes. “Isso ocorreu mesmo quando fatores como idade, sexo e posição social foram levados em consideração”, disse o professor Steptoe, um dos pesquisadores.

Ele acredita que existe um motivo fundamental para explicar isso: as pessoas felizes têm uma maior probabilidade de se cuidar e manter um estilo de vida mais saudável em comparação com aquelas que são amargas e tristes.

Além disso, devemos agregar outro aspecto importante: não devemos esquecer que a sensação de bem-estar implica passar por menos episódios de estresse. Esta também é uma questão determinante.

O estresse prejudica a saúde

A felicidade leva a uma melhor qualidade de vida. Por outro lado, o estresse, como você descobrirá a seguir, pode ter um efeito prejudicial.

Isso é sugerido pelas conclusões de um relatório do Escritório de Saúde da Mulher dos Estados Unidos. Ele determinou que, em particular, mulheres que sofrem estresse constante têm um maior risco de desenvolver doenças cardíacas. Em contraste, os otimistas teriam uma expectativa de vida acima da média.

Isso ocorre porque altos níveis de estresse podem alterar a freqüência cardíaca e, a longo prazo, isso pode levar a problemas cardiovasculares, como ataques cardíacos ou derrames cerebrais.

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Enquanto um estado de felicidade ajuda você a viver melhor, o estresse tem o efeito oposto e aumenta o risco de doenças.

Inimigos da saúde e bem-estar

Ansiedade, estresse e depressão, entre outras emoções, têm uma forte relação com o aumento do risco de doenças crônicas. O bem-estar emocional e uma visão positiva da vida afastam esses sentimentos negativos e contribuem para a longevidade e a melhoria da saúde geral.

Esses benefícios podem ser decorrentes da sua capacidade de promover o bom funcionamento do sistema imunológico e a estabilidade das funções cardiovasculares.

Não se esqueça de ler: A depressão pode causar problemas cardiovasculares

Recomendações para uma melhor qualidade de vida

Conforme mencionado nas seções anteriores, várias pesquisas reconhecem que o bom humor e a positividade podem influenciar os parâmetros de longevidade. No entanto, elas esclarecem que a felicidade não é uma causa direta de uma expectativa de vida mais longa.

Nesse sentido, é imprescindível adotar bons hábitos para melhorar a saúde e prevenir doenças. Evitar a obesidade, comer de forma equilibrada e praticar atividade física são opções que contribuem para alongar a trajetória de vida.

Embora por enquanto seja impossível afirmar que a felicidade aumenta a expectativa de vida, é claro que ela influencia, pelo menos, a redução do risco de sofrer de várias patologias.


Todas as fontes citadas foram minuciosamente revisadas por nossa equipe para garantir sua qualidade, confiabilidade, atualidade e validade. A bibliografia deste artigo foi considerada confiável e precisa academicamente ou cientificamente.


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  • Andrew Steptoe, Elizabeth Breeze, James Banks, James Nazroo, Cohort Profile: The English Longitudinal Study of Ageing, International Journal of Epidemiology, Volume 42, Issue 6, December 2013, Pages 1640–1648, https://doi.org/10.1093/ije/dys168
  • Diener, E., & Chan, M. Y. (2011). Happy People Live Longer: Subjective Well-Being Contributes to Health and Longevity. Applied Psychology: Health and Well-Being, 3(1), 1–43. https://doi.org/10.1111/j.1758-0854.2010.01045.x
  • Frey, B. S. (2011, February 4). Happy people live longer. Science. https://doi.org/10.1126/science.1201060

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