O que é cloperastina
Revisado e aprovado por o médico Diego Pereira
A cloperastina é um ingrediente ativo com efeito antitússico central e periférico. Este ingrediente ativo atua inibindo o reflexo da tosse, mas não produz depressão do sistema nervoso central. Além disso, a cloperastina também tem atividade anti-histamínica e diminui os espasmos brônquicos.
Descubra neste artigo o que você precisa saber sobre este medicamento que pode ser útil no inverno. Vamos contar quais são as suas indicações e as suas reações adversas a ter em conta.
Como funciona a cloperastina?
É um medicamento antitússico que tem dupla ação; uma delas está no centro da tosse, e o outro que é periférico, é de ação local. Sua ação central no centro da tosse é seletiva, e também atua relaxando os brônquios.
Quanto à ação local da cloperastina, ela ocorre no ponto em que ocorre a irritação. Atua localmente reduzindo a inflamação da mucosa. Essa dupla ação significa que a cloperastina pode ser usada como tratamento para quase qualquer tipo de tosse.
Que dose devo tomar?
A dose recomendada de cloperastina em adultos é de 10 mililitros 3 vezes ao dia. No caso de crianças, dependendo da idade, as doses são as seguintes:
- Entre 7 e 12 anos: 5 mililitros 2 vezes ao dia.
- De 5 a 6 anos: 3 mililitros 2 vezes ao dia.
- Entre 2 e 4 anos: 2 mililitros 2 vezes ao dia.
A cloperastina não é indicada para o tratamento de crianças com menos de dois anos de idade.
A tosse é um sintoma incômodo e difícil de tratar.
Antes de tomar este medicamento, deve agitar bem o recipiente. O efeito deste medicamento aparece após aproximadamente 20 a 30 minutos.
Tomar o medicamento com alimentos não afeta sua ação, portanto, você pode tomá-lo antes, depois ou com alimentos. O que você deve ter em mente é que não é conveniente beber álcool durante o tratamento.
Indicações e contraindicações
A cloperastina é indicada para o tratamento de diferentes formas de tosse, como tosse irritativa ou tosse nervosa. Embora seja um medicamento seguro, sempre há exceções. A cloperastina é contraindicada nos seguintes casos:
- Menores de 2 anos.
- Hipersensibilidade aos anti-histamínicos ou à própria cloperastina.
- Se estiver sendo tratado com IMAOs, antidepressivos inibidores da monoamina oxidase.
- Gravidez e lactação: se você estiver em uma dessas duas situações, é melhor evitá-la.
- Se sofre de asma: este medicamento pode modificar a expectoração, uma vez que inibe o reflexo da tosse e aumenta a resistência das vias respiratórias.
Que efeitos colaterais tem?
Como medicamento, a cloperastina pode causar efeitos adversos. Os efeitos adversos que se tornam aparentes quando altas doses de cloperastina são administradas são sonolência e boca seca.
Muito raramente, pode aparecer uma reação alérgica a este princípio ativo, ou a qualquer um dos componentes presentes nas diferentes formas farmacêuticas.
Por outro lado, embora raros, podem ocorrer distúrbios do sistema nervoso, como tremores e tonturas.
Leia também: Xarope caseiro com mel para tosse
Interações de cloperastina
Devido à sua ação anti-histamínica, a cloperastina potencializa os efeitos do álcool e das drogas sedativas. Esses medicamentos incluem hipnóticos, analgésicos opióides, benzodiazepínicos e antipsicóticos. Em geral, uma consideração a ser levada em consideração é que a cloperastina interage com drogas que têm efeito depressor central.
Além disso, os anti-histamínicos aumentam a ação muscarínica de outros grupos de medicamentos, como anticolinérgicos, antiparkinsonianos, antidepressivos tricíclicos e neurolépticos.
A cloperastina também interage com drogas expectorantes e mucolíticas. Devido à sua ação inibitória sobre o reflexo da tosse, pode produzir obstrução pulmonar.
Embora de venda livre, ainda é uma droga
A cloperastina é um medicamento que pode ser adquirido sem receita médica, porém possui aspectos que devem ser levados em consideração, devendo ser usado com cautela e sem abuso. É preferível que seja um profissional de saúde que lhe dê a indicação e avalie se o seu tipo de tosse irá se beneficiar do tratamento com cloperastina.
Todas as fontes citadas foram minuciosamente revisadas por nossa equipe para garantir sua qualidade, confiabilidade, atualidade e validade. A bibliografia deste artigo foi considerada confiável e precisa academicamente ou cientificamente.
-
Fabris, C. (1983). LA CLOPERASTINA NEL TRATTAMENTO DELLA TOSSE. European Review for Medical and Pharmacological Sciences.
-
Olivieri, D., Giacomelli, P., Montella, R., Illiano, A., Gargano, G., & Pamparana, F. (1983). Studio clinico di un nuovo antitosse: la cloperastina. Archivio Monaldi per La Tisiologia e Le Malattie Dell”apparato Respiratorio.
-
Olivieri, D., Del Donno, M., & Ferraro, E. (1983). Effetto della cloperastina sulla clearance muco-ciliare. Archivio Monaldi per La Tisiologia e Le Malattie Dell”apparato Respiratorio.
Este texto é fornecido apenas para fins informativos e não substitui a consulta com um profissional. Em caso de dúvida, consulte o seu especialista.