Bioneuroemoção e a dor de cabeça
Talvez você já ouvido falar do conceito de bioneuroemoção. Este faz referência ao fato de como determinados fatores inconscientes de nossa vida podem determinar a aparição de diferentes doenças ou problemas.
Ninguém pode negar, por exemplo, a forma na qual o estresse ou a ansiedade se reflete em nosso bem-estar físico, ou como quadros clínicos associados às depressões chegam a adoecer uma pessoa, debilitando seu sistema imunológico e tornando-a mais propensa à incidência de certas doenças.
É uma realidade. Obviamente não estamos falando, de modo algum, de doenças graves, onde até a medicina não consegue compreender a razão de seu desenvolvimento.
A bioneuroemoção é uma interessante tendência humanística que está adquirindo muita força hoje em dia.
É uma forma de complementar conhecimentos e descobrir novas tendências sobre o porquê de algumas de nossas doenças mais comuns, como a dor de cabeça.
Bioneuroemoção: como determina minha vida no dia a dia?
Antes de mais nada, saiba que a bioneuroemoção não busca curar, tratar ou substituir as técnicas comuns da medicina. De forma alguma. O que esta corrente busca pode ser resumida nos seguintes aspectos:
- Reconhecer um problema em nosso corpo que pode estar relacionado com um aspecto interno: as emoções.
Por exemplo: Meus problemas no relacionamento fazem com que me sinta desvalorizada. Me sinto cansada, sem vontade para fazer nada, sofro enxaquecas e dores musculares.
Descubra também: Como as emoções reprimidas alteram nossa saúde hepática
Busca-se promover uma nova mudança nas emoções, pensamentos e motivações não somente para nos conhecermos melhor, como também para propiciar outras perspectivas que nos permitam mudar atitudes em nossa vida para então superar os problemas.
- A bioneuroemoção pretende antes de tudo oferecer um conhecimento mais amplo da pessoa sobre como ela é e como seus pensamentos e suas emoções produzem mudanças a nível celular, cerebral, etc.
Outro exemplo: se fomos educados no desapego, em uma família que não nos reconhecia, que gritava ou não oferecia carinho, tudo isso determina o modo no qual nosso cérebro amadurece.
O estresse, a vulnerabilidade e o medo determinam muitas das doenças que podemos ter.
A relação entre a bioneuroemoção e a dor de cabeça
Todos nós sabemos que a dor de cabeça pode ter várias origens, principalmente estas:
- Anemia.
- Acumular um grande cansaço.
- Não ter dormido bem.
- Não se alimentar de modo adequado.
- Ter um fígado doente que não depura corretamente o organismo.
- Alguma doença subjacente.
- Alergias alimentares.
- Fatores ambientais, como mudanças de pressão ou de temperaturas.
- Dor produzida por uma sobrecarga muscular, pelas cervicais…
Quer ler mais? Descubra os predadores emocionais
Todos estes fatores determinam muitas vezes àquela dor de cabeça que tentamos aliviar com um analgésico ou outro tipo de fármaco.
Agora, o que acontece quando esta dor é persistente, quando vai e volta sem compreendermos muito bem a razão?
Certamente você já notou que, em certos momentos, depois de sair do trabalho e chegar em casa, depois de um tempo aparece a dor de cabeça.
Ou ainda mais, depois de ter discutido com alguém, você nota como uma dor pulsátil se concentra em sua têmpora.
Um dado que devemos ter em mente é que a dor de cabeça relacionada com nossas emoções não aparece no mesmo instante no qual o problema surge, ou seja, aquela discussão, o medo, a decepção.
Aparece algumas horas depois e mesmo nos dias posteriores. Muitos médicos indicam inclusive que as dores de cabeça são mais frequentes durante o fim de semana.
Qual a causa?
- Quando enfrentamos um determinado problema, o ideal seria resolvê-lo ou administrar as emoções o quanto antes. No entanto, o que tendemos a fazer é “se desconectar”, deixar para depois e não enfrentar a situação, esperando que, com os dias, as coisas mudem.
- Quando temos problemas no relacionamento podemos sofrer um estresse acumulativo, porque muitas emoções se entrelaçam.
Desejamos que as coisas melhorem, que voltemos à felicidade de outrora, mas pouco a pouco, todas as ansiedades vão se acumulando em nossa mente e, consequentemente, em nosso corpo.
- Estas emoções negativas acumuladas se traduzem no final em sobrecarga, de dor, de tensão interna que quase sempre gera uma dor de cabeça.
- As emoções podem propiciar mudanças metabólicas, e estas derivam em alterações nas células, neurotransmissores, em nossos tecidos e, inclusive em nossa circulação sanguínea e nossos órgãos.
Nunca notou, por exemplo, como é difícil fazer a digestão quando temos um problema?
Concluindo…
Se você deseja saber como seu corpo se encontra hoje, lembre-se de como foi o dia anterior. Se você teve muita ansiedade, estresse, medos e inseguranças, seu organismo ficará ressentido. E a dor de cabeça pode ser o primeiro indício.
Para concluir, lembre-se de que uma boa alimentação e manter hábitos de vida adequados é o básico para desfrutar de uma boa saúde.
Não descuide nunca de suas emoções, e lembre-se do que a Bioneuroemoção diz: todo problema não resolvido, toda ansiedade, produz mudanças bioquímicas que determinarão algumas doenças.
Cuide de sua consciência, de suas emoções, de seu bem-estar interior para que possa dispor de uma saúde mais resistente. Vale a pena tentar!
Todas as fontes citadas foram minuciosamente revisadas por nossa equipe para garantir sua qualidade, confiabilidade, atualidade e validade. A bibliografia deste artigo foi considerada confiável e precisa academicamente ou cientificamente.
- Tobergte, D. R., & Curtis, S. (2013). Principios de neurología. Journal of Chemical Information and Modeling. https://doi.org/10.1036/0071469710
- Vallejo Pareja, M. A. (2000). Emociones y dolor. Revista de La Sociedad Espanola Del Dolor.
- Fernández Dols, J. M., & Ortega, J. E. (1985). Los niveles de analisis de la emocion: James, cien años despues. Estudios de Psicología. https://doi.org/10.1080/02109395.1985.10821417
- Ostrosky, F., & Vélez, A. (2013). Neuropsicología de las Emociones. Revista de Neuropiscología, Neuropsiquiatría y Neurociencias.
Este texto é fornecido apenas para fins informativos e não substitui a consulta com um profissional. Em caso de dúvida, consulte o seu especialista.