Logo image
Logo image

4 técnicas para combater a ansiedade

5 minutos
A ansiedade é uma resposta natural do corpo diante de situações que considera de risco, por isso também depende de nós aprender a gerenciá-la e não deixar que ela nos domine.
4 técnicas para combater a ansiedade
Escrito por Yamila Papa Pintor
Última atualização: 26 maio, 2022

Trata-se de um dos principais males do século XXI e uma das causas mais recorrentes de consultas nos divãs dos terapeutas. E a vida moderna dificulta cada vez mais combater a ansiedade. Aliás, não existe um remédio mágico para combatê-la da noite para o dia.

Entretanto, existem sim diferentes técnicas que podem ajudar você a controlá-la e reduzi-la pouco a pouco.

O primeiro passo para combater a ansiedade e deixá-la no passado é conhecer e tratar suas causas.

O que é a ansiedade?

Some figure

Sem passar para uma definição muito técnica, devemos dizer que a ansiedade é um estado de inquietude que pode aparecer em qualquer momento da vida.

Quando alguém está ansioso, espera que algo (ruim) aconteça e por isso está continuamente na expectativa ou em um estado de alerta.

Nada do que faça parece acalmar as taquicardias, a sudoração ou a insônia. Além disso, lhes é muito difícil explicar o que acontece, ainda que tenham a capacidade de detectar essa superativação ou saber em que momento ou situação a ansiedade começou a aparecer.

Segundo os psicólogos explicam, existem diferentes tipos de ansiedade. Porém, os dois mais recorrentes são:

Traços de ansiedade

Aparece em idades muito precoces (infância ou adolescência) e leva a formar o temperamento ou a personalidade.

Basicamente, um indivíduo com ansiedade reage sem pensar, lhe custa relaxar e se exalta com facilidade. Não sabe como viver sem estar ansioso, já que esta sensação é uma grande companheira já há muito tempo.

Estado de ansiedade

Some figure

Desenvolve-se por um fato ou acontecimento específico em uma pessoa que nunca tinha ficado nervosa antes (ou não a tal ponto de considerar isso um problema).

Os especialistas indicam que a ansiedade aparece porque, supostamente, não há nenhuma outra ferramenta psicológica para solucionar o problema disponível.

Poderíamos dizer então que é uma resposta excepcional e não uma regra.

Ambos os tipos de ansiedade podem existir em uma mesma pessoa. Como? Se alguém é ansioso “por natureza”, mas por certas coisas que acontecem, essa sensação aumenta impedindo que seja controlada.

Como reduzir a ansiedade (sem usar ansiolíticos)?

Não são poucas as pessoas que querem tratar seus episódios de ansiedade de forma natural, ou seja, sem empregar medicamentos receitados por um psiquiatra e que causam dependência (e uma prescrição cada vez maior para conseguir resultados).

A boa notícia é que há técnicas mais interessantes do que as recomendadas em uma consulta com um psicólogo e que vale a pena provar.

Não perca!

Compreenda o mecanismo

Some figure

A ansiedade é controlada quando a conhecemos. É preciso saber, como primeira instância, que se trata de uma resposta inconsciente para sobreviver ao que a mente considera perigoso.

As reações corporais são também “lançadas” desde o cérebro para nos ajudar a superar com sucesso a situação iminente.

Então, pensando de forma lógica e racional podemos, pouco a pouco, combater a ansiedade.

Desta forma não só enfrentaremos este problema como também tiraremos a importância do que acontece ao nosso redor. Se tivermos medo de ficar ansiosos… esse estado piora!

Detectar também quando os sintomas começam a aparecer também servirá muito.

Não se pressione

Uma das características mais importantes da ansiedade é que nos faz agir de forma precipitada constantemente.

Uma pessoa ansiosa não pode ficar de pé e nem quieta por mais de alguns segundos. Também é provável que queira desempenhar muitas tarefas ao mesmo tempo.

Preparar o jantar, enviar mensagens aos amigos, dar uma olhada nos deveres das crianças e pôr as roupas para lavar, são só alguns dos exemplos.

No escritório, a quantidade de janelas abertas no computador, as centenas de atividades na agenda (para o mesmo horário) e a aceitação de diversas tarefas é outro dos sinais de um ansioso.

Diminuir esse atropelo constante servirá para indicar ao cérebro que ele deve fazer uma pausa.

Caminhar mais lentamente, priorizar, tirar 5 minutos para descansar, dormir um pouco no almoço e não se sobrecarregar de obrigações ajudará, por sua vez, a reduzir o estresse.

Quer saber mais? Leia: Fluir: um enfoque maravilhoso para combater o estresse

Respire para combater a ansiedade

Some figure

Quando se recomenda “respirar” não é muito compreendido, já que supomos que se trata de uma atividade inconsciente ou mecânica.

Porém, referimo-nos a um tipo de respiração que nos oferece mais vantagens do que incorporar oxigênio em nosso corpo.

Respirar lentamente e profundamente nos serve para relaxarmos e tomarmos o controle de qualquer situação.

Se estivermos ansiosos o melhor que podemos fazer nesse momento é fechar os olhos e respirar o mais pausadamente possível, pensando unicamente em como os pulmões se enchem de ar.

Equilibrará sua mente e recuperará energias para continuar com suas tarefas.

A meditação também pode ajudar. É uma prática milenar que nos acalma e que faz maravilhas para os que vivem nas grandes cidades.

Não deixe de ler também: Aprenda a meditar enquanto caminha e emagreça suas emoções negativas

Meditar é mais do que se sentar em posição de lótus e fechar os olhos. Trata-se de um caminho para alcançar o crescimento espiritual e nos transformarmos em pessoas melhores. Diz-se que entre 30 e 40 minutos por dia são suficientes para reduzir o estresse e a ansiedade.

Como se fosse pouco, existem diversos exercícios de relaxamento indicados para os ansiosos. Qualquer técnica que escolha ou que aprenda será benéfica para você.

Mude a perspectiva dos problemas para combater a ansiedade

Quando tiver um episódio de ansiedade talvez não possua (ainda) a capacidade para analisar o que está lhe acontecendo. Uma das melhores estratégias para combater a ansiedade é mudar o ângulo ou ponto de vista do causador.

Isso quer dizer que ao invés de se deixar levar pelos sentimentos ou reações, devemos fazer uma pausa e analisar o acontecimento desde um ponto de vista mais racional.

Você pode, por exemplo, pensar que se trata de um problema alheio a você. Desta maneira terá uma opinião mais objetiva. E se dará conta de que não é preciso ficar ansioso!


Todas as fontes citadas foram minuciosamente revisadas por nossa equipe para garantir sua qualidade, confiabilidade, atualidade e validade. A bibliografia deste artigo foi considerada confiável e precisa academicamente ou cientificamente.


  • Martin, E. I., Ressler, K. J., Binder, E., & Nemeroff, C. B. (2009). The neurobiology of anxiety disorders: brain imaging, genetics, and psychoneuroendocrinology. Psychiatric Clinics, 32(3), 549-575.
  • Ries, F., Vázquez, C. C., Mesa, M. D. C. C., & Andrés, O. D. C. (2012). Relaciones entre ansiedad-rasgo y ansiedad-estado en competiciones deportivas. Cuadernos de psicología del deporte, 12(2), 9-16.
  • Dehghan-nayeri, N., & Adib-Hajbaghery, M. (2011). Effects of progressive relaxation on anxiety and quality of life in female students: a non-randomized controlled trial. Complementary Therapies in Medicine, 19(4), 194-200.
  • Chen, Y. F., Huang, X. Y., Chien, C. H., & Cheng, J. F. (2017). The effectiveness of diaphragmatic breathing relaxation training for reducing anxiety. Perspectives in psychiatric care, 53(4), 329-336.
  • Bystritsky, A., Khalsa, S. S., Cameron, M. E., & Schiffman, J. (2013). Current diagnosis and treatment of anxiety disorders. Pharmacy and Therapeutics, 38(1), 30.

Este texto é fornecido apenas para fins informativos e não substitui a consulta com um profissional. Em caso de dúvida, consulte o seu especialista.