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As coisas irão me afetar tanto quanto eu permitir que me afetem

4 minutos
Devemos aprender a fazer com que tudo que nos rodeia não nos afete. Não se trata de transformar-se em um ser sem sentimentos, mas de impor barreiras e ver as coisas de outra perspectiva.
As coisas irão me afetar tanto quanto eu permitir que me afetem
Última atualização: 22 janeiro, 2019

Todos somos mais ou menos permeáveis. Haverá quem se deixe afetar mais por algumas coisas do que por outras.

No entanto, algo que devemos ter consciência é de que sempre é adequado dispor de barreiras emocionais adequadas.

Ccada um de nós deveria ser capaz de aplicar a famosa expressão de “ser e deixar ser” em nossas relações diárias.

No entanto, o que muitas vezes encontramos é justamente a versão oposta: “Eu sou e te não deixo ser”.

As críticas, as mentiras encobertas, o egoísmo, a falsa amabilidade, as pessoas que amam discutir, as que veem problemas quando só existe harmonia, por exemplo.

Estes são pequenos exemplos das atitudes pouco respeitosas que podem acabar prejudicando o nosso equilíbrio interior.

Agora, longe de intensificarmos cada vez mais esta sensação negativa apegando-nos a elas, devemos ser capazes de manter uma mente fria.

Sendo assim, se você se permite afetar até ao ponto de mudar seu humor, sua forma de se relacionar, e até de ver a vida, estará perdendo muitas coisas.

Não se transforme em um prisioneiro de mente quadrada. Ou seja, não se deixe controlar pelo que não vale a pena. Assuma quem você é, o que você é e o que vale, e seja livre de quem só lhe traz tempestades quando o que você quer é calma.

As emoções são contagiosas: abra seu guarda-chuva protetor

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Falamos no começo sobre a permeabilidade. Este fenômeno através do qual acabamos recebendo dos demais uma determinada carga emocional que muda por completo nosso humor.

É um fato muito comum e ao mesmo tempo perigoso.

O próprio Daniel Goleman falou disso em seu livro “Inteligência Emocional”. Quase ninguém está imune a estes contextos que fazem parte da vida.

O comportamento de uns impacta de uma determinada maneira a vida de outros, para o bem ou para o mal. No entanto, este “vírus” emocional, longe de se deter, continua chegando a mais pessoas.

Assim, para compreender melhor, daremos um exemplo.

  • Você tem o clássico companheiro de trabalho que sempre busca criar problemas. Suas críticas constantes, seu negativismo e sua falta de respeito causam um impacto sobre você, gerando um mau humor.
  • Por sua vez, este mau humor também chega com você em casa, contagiando sua família através da sua apatia e do seu mal-estar, por exemplo.

Não se trata, de forma alguma, de que as coisas não nos afetem. Isso porque algo assim é impossível. O ser humano é puramente emocional; não somos mentes feitas de pedra, sem emoções e sentimentos.

Assim, trata-se de mudar o polo desta energia negativa. É preciso buscar o equilíbrio, abrir o guarda-chuva emocional e lembrar que, se algo te afetar demais, você perde qualidade de vida.

Relativize, proteja-se.

Leia também: Descubra a importância de expressar as emoções

Seu palácio de calma

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Ainda que você não acredite, em um cantinho do seu cérebro há um palácio de calma. É maior por dentro do que por fora, e se transforma em um refúgio magnífico no qual podemos relativizar, ou seja, encontrar harmonia.

  • Deixe que o falador fale;
  • Permita que o crítico se envenene com sua própria maldade;
  • Deixe que o desorganizado se perca em seu próprio caos;
  • Afaste-se de quem lhe traz amarguras recordando sempre como as coisas estão ruins;
  • Busque a calma quando alguém tentar usá-lo como alvo para suas críticas porque não tem outra coisa para fazer.

Mas, lembre-se! Este palácio de calma não é um esconderijo. É um lugar para recordar, acima de tudo, quem você é. Não importam as críticas nem as ofensas, elas são apenas ruído ambiental.

Porque quando alguém sabe claramente quem é e o que vale, o que os demais dizem não importa.

Leia também: Como manter a calma em situações difíceis

Enfrentarei o que me afetar com dignidade

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Abrir nosso guarda-chuva emocional para evitar que determinadas coisas nos afetem não significa que devemos ser passivos. Não quer dizer que devemos apostar na “não resistência” para nos deixarmos manipular ou assediar.

  • Manter o equilíbrio interior é um modo de não intensificar determinadas situações diante das quais não vale a pena perder tempo.
  • Um exemplo disso seriam as discussões. Muitas vezes não é possível dialogar com alguém porque a pessoa não entende o que é se comunicar sem gritar, ou conversar sem querer ter sempre razão.
  • Há batalhas nas quais é melhor não se perder. Porque em alguns casos, para vencer a ignorância, é preciso colocar-se à altura do outro, e assim, perdemos tudo.

O melhor é saber manter a mente fria. No entanto, a mente equilibrada também entende de dignidade. Sempre que nos sentirmos vulnerados, é necessário reagir e impor limites imediatamente.

Se não fizermos isso, os demais continuarão ganhando mais terreno e avançando em seu assédio. Mas, cuidado! Pois, falar com assertividade e firmeza não é agredir, é defender nossos direitos.

Algo que devemos fazer com respeito, mas impondo barreiras.

Para concluir, sabemos que às vezes conviver não é fácil. No entanto, quem escolhe ver a vida com a lente do respeito, da harmonia e da dignidade evita sempre dar importância e se deixar afetar por certos aspectos da vida.

Afinal das contas, as pessoas falam o que querem, e você decide se suas palavras irão te afetar ou não.

Este texto é fornecido apenas para fins informativos e não substitui a consulta com um profissional. Em caso de dúvida, consulte o seu especialista.