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Sentimentos de culpa e mau humor constante (depressão encoberta)

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O sentimento de culpa constante diante de ações das quais não somos responsáveis deveria nos dar uma pista sobre o problema. É importante tratá-lo o quanto antes para que não piore
Sentimentos de culpa e mau humor constante (depressão encoberta)
Última atualização: 06 dezembro, 2018

Em ocasiões, dentro de nós surge subitamente uma voz que nos enche de sentimentos de culpa, que nos indica que fazemos tudo errado, que nada vale a pena e que, por mais que nos esforcemos, nada vai dar certo.

Por sua vez, um fato muito habitual nos pacientes afetados pelo que se conhece como “distimia” é mostrarem um mal-estar e um mau humor crônicos, onde perde-se o interesse por quase tudo e, por sua vez, qualquer coisa os faz reagir com preguiça e mau humor.

Todos eles são sintomas de um tipo de depressão que, no começo, pode ser leve ou moderada. Porém, caso não seja tratada e enfrentada, pode-se transformar em um problema grave.

Conheçamos melhor estes dois sintomas tão comuns.

Dependendo de como afetem nossas vidas e do controle que tenhamos sobre os sentimentos de culpa e mau humor, poderemos falar de uma possível depressão ou, simplesmente, de um período ruim.

Quando os sentimentos de culpa e o mau humor constante nos invadem

Quando algo em casa suja e não o limpamos, ou arrumamos rápido, em um instante, aparecem os sentimentos de culpa. Quando comemos um pouco a mais do que o devido ou quando mantemos uma conversa com alguém que mais tarde nos arrependemos, nos sentimos mal e novamente ela surge: a culpa.

Quando nos olhamos no espelho, em ocasiões, só vemos uma pessoa fracassada.

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Todo este conjunto de sentimentos, emoções negativas vividas ao longo de cada dia e durante vários meses, são sinais inequívocos de que alto está errado conosco.

Ninguém consegue viver com a sombra da culpa ameaçando como uma faca de forma constante e persistente.

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Não só nos disse Freud em seu momento “o sentimento exagerado de culpa e a autoculpa são a chave para entender a depressão”. Através de ressonâncias magnéticas, foi possível descobrir o que esta emoção gera em nosso cérebro.

A culpa e a autocensura são uma “armadilha” em nosso cérebro

O estudo sobre como o sentimento de culpa afeta nosso cérebro foi publicado na revista General Psychiatry e nos revela o seguinte:

  • A estrutura cerebral encarregada de processar uma conduta capaz de racionalizar e solucionar a sensação de culpa é o lóbulo temporal anterior. Esta região está relacionada com a conduta social, e é a que faz, por exemplo, com que vejamos as coisas mais objetivamente.
  • As pessoas que padecem um transtorno depressivo “desconectaram essa região” para ativar exclusivamente a região subgenual.
  • Isso faz com que não responsabilizemos ninguém pelo que acontece (se alguém nos machucar, nos irritar ou nos enganar): personalizamos tudo, atribuímos tudo a nós mesmos.

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Estamos diante de uma realidade que pode ser vista claramente em nosso cérebro.

Segundo os especialistas, se não for tratado, pode gerar inclusive certa agressividade, uma queda notável da autoestima e, no pior dos casos, a sensação de que tudo escapa de nosso controle e de que a vida não vale a pena.

É algo muito grave.

O mau humor como companheiro cotidiano

O mau humor e a sensação de que nossa realidade perdeu o brilho original é um sintoma característico do que se conhece como distimia.

  • A apatia, a diminuição de energia, os problemas de sono, os altos e baixos alimentares, passar períodos em que precisamos fugir das pessoas e outros em que precisamos ser reconhecidos e atendidos são características deste tipo de depressão que, além de tudo, costuma ter um componente genético.

O mais complexo nesse tipo de depressão é que podemos passar dois anos sendo mais ou menos funcionais. Ou seja, vamos trabalhar, levamos a casa e a família adiante mas fazemos tudo com falta de vontade e com a sensação clara de que não somos felizes.

Que cada dia é ainda mais trabalhoso nos levantarmos…

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Quando essa sombra e essa sensação aparecem é importante pedir ajuda e, antes de tudo, ficar consciente de que algo não está bem e precisa ser resolvido.

Estratégias para enfrentar o dia a dia

Para superar uma depressão precisamos de um tratamento médico, terapia, força de vontade e o apoio de quem amamos.

Cabe dizer, além disso, que cada um de nós deve encontrar aquela estratégia que nos ajude mais, porque cada pessoa é única e não há duas depressões iguais.

Porém, nunca é demais aplicar essas simples recomendações no dia a dia.

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  • O movimento, o exercício, os banhos de sol: trata-se, simplesmente, de sair de casa, de nos rodearmos da “vida”, de colocar nosso corpo em movimento e, com isso, criar por sua vez diversas mudanças maravilhosas em nosso cérebro.
  • Detenha o rumor negativo de seu cérebro. É necessário pôr fim ao barulho mental, ao “não posso” e ao “a culpa é minha”.
  • Seus sentimentos de culpa e negatividade não são realidade, são percepções. E as percepções nem sempre são autênticas.
  • Visualize cada dia a mudança, como seria sua vida com um pouco mais de senso de humor, com maior equilíbrio e paz interior.

Lute para que esse sonho se transforme em realidade.

Este texto é fornecido apenas para fins informativos e não substitui a consulta com um profissional. Em caso de dúvida, consulte o seu especialista.