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A falta de sono pode ter uma relação com a demência

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Para aumentar os níveis de oxigênio no sangue, recomenda-se seguir uma dieta rica em fibras e consumir frutas e verduras ricas em potássio, magnésio e vitamina C
A falta de sono pode ter uma relação com a demência
Última atualização: 30 outubro, 2018

Os especialistas já recomendaram muitas vezes modificar aqueles hábitos que possam interferir com a boa qualidade do sono como, por exemplo, comer muito tarde, ver televisão antes de dormir ou usar o celular. Hoje falaremos sobre como a falta de sono pode ter uma relação com a demência.

A maior parte das pessoas não presta atenção suficiente a este tema e ignora o fato de que seus problemas de sono possam estar sendo originados por estas práticas ruins que causam alterações no relógio biológico.

Não dormir adequadamente e ter transtornos de sono pode originar sérias consequências que podem ficar evidentes tanto na saúde física quanto mental.

Somado a isto, um recente estudo descobriu que a falta de sono, assim como alguns problemas de saúde, podem desenvolver anomalias cerebrais muito similares às sofridas por pacientes com demência.

A descoberta foi feita por um grupo de pesquisadores da Administração de Veteranos no Havaí, que recolheu os dados de 167 homens com idade média de 84 anos, onde foi feito um acompanhamento até a data de falecimento, um período de seis anos mais tarde.

As autópsias focaram o estudo em seus cérebros para encontrar micro infartos, ou mudanças no tecido cerebral, que aparecem com maior frequência naquelas pessoas que apresentam maus hábitos de sono devido ao enfisema ou apneia do sono.

O resultado determinou que os indivíduos que apresentavam mudanças nos tecidos cerebrais, também apresentavam baixos níveis de oxigênio no sangue, algo relacionado com o desenvolvimento de demência.

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Baixos níveis de oxigênio no sangue e a falta de sono associados com anomalias cerebrais

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Os resultados se basearam em anomalias cerebrais que estiveram presentes nas pessoas com problemas de sono e baixos níveis de oxigênio no sangue.

Foi descoberto que os pacientes que tiveram entre 77 e 99% de seu tempo de sono com níveis mais baixos de oxigênio no sangue, tinham 4 vezes mais risco de desenvolver um dano cerebral.

A conclusão foi que as pessoas que, durante seu sono, apresentaram baixos níveis de oxigênio eram mais propensas a sofrer anomalias cerebrais parecidas com a demência.

A autora do estudo, Rebecca P. Gelber, do Sistema do Cuidado da Saúde de VA Ilhas do Pacífico e o Instituto de Pesquisa e Educação para a saúde do Pacífico em Honolulu, Havaí, assegurou que estes achados demonstram que os baixos níveis de oxigênio no sangue e a falta de sono podem contribuir para o deterioramento cerebral e a demência.

A especialista revelou que ainda faltam outras pesquisas sobre este tema para fazer mais relações entre os problemas de sono e a demência, mas os resultados encontrados são muito interessantes, principalmente quando se considera que a gama de pessoas com problemas de sono aumentou nos últimos anos.

Este estudo foi publicado pela revista médica da Academia Americana de Neurologia, e nele estão incluídos dados importantes como a duração do tempo de sono, a saturação de oxigênio e a duração da apneia do sono.

Quais são as causas dos baixos níveis de oxigênio no sangue?

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De acordo com os especialistas, os baixos níveis de oxigênio no sangue podem ser causados pelos seguintes fatores:

  • Doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC).
  • Anemia com a síndrome do desconforto respiratório agudo (SDRA).
  • Fibrose pulmonar.
  • Cardiopatia congênita.
  • Enfisema.

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Como aumentar os níveis de oxigênio no sangue?

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Para aumentar os níveis de oxigênio no sangue, recomenda-se seguir uma dieta rica em fibras, com uma boa quantidade de frutas e verduras que sejam ricas em potássio, magnésio e vitamina C. Entre as opções mais saudáveis encontramos:

  • Bananas.
  • Abacate.
  • Aipo e salsa.
  • Couve.
  • Espinafre.
  • Cítricos.
  • Pepino.
  • Brócolis.
  • Maçã verde.
  • Mirtilos.

Além disso, é muito importante reduzir o consumo de sódio, evitar o consumo de gordura e açúcares, evitar os alimentos processados, entre outros.

Também recomenda-se seguir os conselhos dados pelos especialistas para evitar os problemas de sono, que além de estimular o dano cerebral, também podem causar outros efeitos negativos na saúde como: mau humor, fadiga, dificuldades para se concentrar, estresse, entre outros.

Este texto é fornecido apenas para fins informativos e não substitui a consulta com um profissional. Em caso de dúvida, consulte o seu especialista.