É possível evitar o Alzheimer com exercícios?
Revisado e aprovado por a médica Maricela Jiménez López
O Alzheimer é um tipo de doença neurodegenerativa e é caracterizada pela perda da memória imediata e de várias capacidades cognitivas, tais como a fala ou a concentração.
Depois do diagnóstico, esta patologia costuma ter uma duração de até 10 anos. Na atualidade, é a forma mais comum de demência e aparece com mais frequência em pessoas com mais de 65 anos.
Neste artigo, daremos alguns exercícios para que você coloque seu cérebro em ação; talvez uma maneira de atrasar ou inclusive evitar o Alzheimer.
Medidas de prevenção contra o Alzheimer
Apesar de desde o descobrimento da doença por Emil Kraepelin e Alois Alzheimer, em 1906, terem ocorrido muitos avanços, ainda há aspectos da patologia que são desconhecidos.
Por exemplo, as causas exatas de seu desenvolvimento. O que devemos levar em conta é que a partir da idade madura podemos trabalhar para prevenir esta condição.
Não é certo que fazer certos exercícios ou comer alguns alimentos evitem o risco de desenvolver Alzheimer na velhice, mas pelo menos poderemos dizer que tentamos.
Estima-se que 25 milhões de pessoas em todo o mundo sofram desta doença que afeta não só a memória, mas também a conduta e o pensamento.
Dentre os fatores que influenciam na aparição deste desgaste causado por uma oxidação cerebral estão o estresse, a arteriosclerose e a diabetes. Todos estes aumentam o envelhecimento do cérebro.
Também o fato de ser mulher e ter passado pela menopausa, já que o corpo deixa de produzir estrogênios (um hormônio que contribui para a saúde cerebral).
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Exercícios para treinar o cérebro
O cérebro é um músculo e, assim como os demais, deve ser exercitado com assiduidade para evitar que atrofie. Alguns dos hábitos que você pode adicionar à sua rotina cotidiana e que ajudarão a melhorar a capacidade cerebral são:
Tomar banho de olhos fechados
Uma vez por semana, tome um banho sem enxergar. Localize a torneira, o sabonete ou o xampu. Não abra os olhos em nenhum momento. Assim, desenvolverá outros sentidos como o tato, e fará com que o seu cérebro tenha mais trabalho do que de costume.
Use sua mão que é menos hábil
Se você for destro, use a mão esquerda (ou vice-versa) para fazer as coisas mais comuns, como escovar os dentes e o cabelo, escrever, abrir as gavetas, mover o mouse do computador, cortar a comida, alcançar um copo, etc.
Mudar a localização das coisas
O cérebro se acostuma ao fato de que certos objetos estão em lugares pontuais. Sabe, por exemplo, que na primeira gaveta está a roupa íntima, ou que na geladeira guardamos o leite. Desta forma, torna-se algo “preguiçoso” e faz tudo de maneira memorizada e automática.
Desafie-o a encontrar certos objetos em lugares improváveis! Que tal mudar a roupa de lugar dentro do quarto? Talvez até seja bom mudar os móveis de localização em casa ou no escritório.
Pegue um caminho diferente todos os dias
O mesmo que acontece com os objetos dentro de casa, acontece com os caminhos que nos levam ao trabalho, à universidade, à academia, ao supermercado…
Se você costuma usar o mesmo meio de transporte, mude-o! Se usa carro ou bicicleta, pegue caminhos alternativos. O cérebro precisa se surpreender de vez em quando com algumas modificações.
Além disso, assim a vida deixará de ser rotineira e chata.
Memorizar telefones ou datas
Com as agendas e os celulares inteligentes, já não usamos o cérebro para armazenar certas informações. Por isso é frequente que não saibamos se quer o número de nosso parceiro ou de nossos pais (e inclusive nos custe lembrar nosso próprio número na hora de falar com os outros).
Trate de não se apoiar nestes aparelhos tecnológicos ou no papel. Lembre-se de dados importantes sem anotá-los em lugar algum.
O mesmo acontece com o GPS e com a calculadora. Estes objetos que parecem ter resolvido nossas vidas transformaram nosso cérebro em um grande preguiçoso.
Já não nos lembramos do caminho para casa de nosso melhor amigo nem de quanto é 2 x 5. Pense no trajeto antes de sair de casa e faça as contas de cabeça!
Leia mais
Os livros nos ajudam a incentivar nossa imaginação e potencializar o cérebro. Quando desfrutamos da leitura, nossa mente deve fazer um esforço para “pensar” no que acontece e conectar informações e dados que o autor vai soltando nas páginas.
Não leia coisas unicamente por obrigação (da universidade ou do trabalho). Deixe-se surpreender também com novelas e ficção científica. Outra boa ideia é ler em voz alta para estimular o sentido da audição.
Leia também: Livros para colorir são poderosos aliados para reduzir o estresse
Mais exercícios para melhorar sua função cerebral
Além de tudo que dissemos acima, há centenas de atividades que você pode pôr em prática para exercitar sua mente e prevenir o desenvolvimento do Alzheimer:
- Caminhe de costas sem virar a cabeça;
- Faça palavras cruzadas, sudokus e monte um quebra-cabeça;
- Use o relógio no pulso contrário;
- Vista-se de olhos fechados.
- Olhe revistas de trás para frente.
- Pratique exercícios regularmente.
- Seja curioso e procure dados interessantes sobre qualquer coisa;
- Pense positivo;
- Coma de maneira saudável;
- Beba muita água;
- Descanse entre 7 e 8 horas por dia;
- Medite;
- Aprenda palavras novas e use sinônimos e antônimos para dizer o mesmo.
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- WebMD. Brain Exercises and Dementia. https://www.webmd.com/alzheimers/guide/preventing-dementia-brain-exercises#1
- Alzheimer’s Research and Prevention Foundations. Pillar 3: Exercise & Brain Aerobics. http://alzheimersprevention.org/4-pillars-of-prevention/exercise-and-brain-aerobics/
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