Não permita que ninguém te faça sentir culpa
Revisado e aprovado por o psicólogo Bernardo Peña
Se alguém faz você sentir culpa, cuidado! Pode ser que esteja à mercê de uma pessoa que busca manipulá-lo para seu próprio benefício.
Fazer outra pessoa se sentir culpada é uma das maneiras mais fáceis de conseguir algo. A culpa tem um grande poder e pode ser utilizada tanto a nosso favor quanto contra.
É um sentimento que nos faz crer que fizemos algo errado, que não nos adequamos ao que se espera de nós. Sentimos que fizemos algo que temos que consertar de alguma forma.
Às vezes, humilhando-nos e pedindo perdão; outras, agindo de uma maneira que favoreça o outro. Mas… e se isso não passar de uma armadilha?
A manipulação que planta a semente da culpa
Quando você estiver diante de uma pessoa manipuladora, esta fará com que você se sinta culpado pelo que faz, mas o mais provável é que não exista nenhum motivo para se sentir assim.
Por exemplo, uma pessoa manipuladora em uma relação de casal pode fazer com que você se sinta mal por sair com seus próprios amigos.
Assim, tenta-se controlar e, também, tratar como uma marionete a pessoa com que você compartilha a vida.
Às vezes, isso ocorre por medos, inseguranças ou ciúmes. Esses sentimentos causam esse tipo de atitudes e prejudicam a pessoa que está ao seu lado.
O outro se sente culpado por não fazer o parceiro ou parceira feliz, por aborrecê-lo, quando, na verdade, não é assim.
Permitir que alguém nos manipule e nos faça sentir mal, quando é algo constante, sinaliza que há algo de errado com nossa autoestima.
Não podemos admitir que outras pessoas nos façam duvidar do que fazemos, do que temos direito. Não podem nos impedir de fazer o que gostamos, sejam parceiros, familiares ou amigos.
Desejamos fazer algo, mas outras pessoas nos fazem sentir mal por isso. Então, é importante refletir sobre o que devemos priorizar e o que não.
Os demais nem sempre têm razão
O grande problema é que não questionamos o que os outros nos incentivam a deixar de fazer porque consideram que é algo ruim. Sempre lhes damos a razão.
Por que fazemos isso? Porque temos o mau hábito de depender da aprovação dos outros, das opiniões externas e, sobretudo, de como as pessoas que estão ao nosso redor nos fazem sentir.
Se nosso parceiro nos faz sentir mal porque passamos algum tempo com nossos amigos, deixaremos de fazer isso, ainda que nos entristeça. A opinião da pessoa que está a nosso lado pesa muito mais do que a nossa.
Isso é algo que devemos ver e superar. Em todos os relacionamentos, é preciso estabelecer limites: o que não toleramos de maneira alguma?
Leia: 7 regras que ajudarão você a se comunicar com um manipulador
Temos que ter isso muito claro para que ninguém tenha o direito de fazer com que nos sintamos mal se nós, com o que fazemos, nos sentimos muito bem.
Existem muitas pessoas que gostam de usar os outros. No entanto, temos o poder de impedir que isso aconteça, impondo limites. Por outro lado, devemos ser conscientes de que as decisões que tomamos não estão nas mãos dos outros, e sim nas nossas próprias mãos.
Confie em você mesmo
É importante confiar em si mesmo, acreditar em sua intuição. Portanto, há que aprender a baixar o volume de todas essas vozes que estão ao seu redor e no exterior.
O que você quer conta, o que te faz sentir bem, conta. Você não existe para satisfazer os outros, os gostos de outras pessoas, o que elas consideram que está bom ou não.
A única pessoa que importa é você, assim como o que quer fazer, quando quiser, sem culpa.
Antes de ir, não perca: Fique com quem você possa ser você mesmo, em sua essência e com liberdade
Você já não é uma criança à mercê dos pais, que tinham todo o poder sobre sua vida.
Agora, é uma pessoa adulta com poder de decisão, livre para fazer o que quiser. Mesmo que os demais julguem, apesar dos outros não estarem de acordo.
Não permita que freiem ou coloquem obstáculos no seu caminho e na sua felicidade.
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- Echeburúa, E., de Corral, P., & Amor, P. J. (2001). Estrategias de Afrontamiento ante los sentimientos de culpa. Análisis y Modificación de Conducta.
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