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Não te valorizam? Não mendigue atenção, nem amor

5 minutos
Devemos entender que a única pessoa imprescindível para a nossa felicidade somos nós mesmos. Se temos amor próprio e nos respeitamos, será mais difícil que os outros possam nos fazer mal.
Não te valorizam? Não mendigue atenção, nem amor
Bernardo Peña

Escrito e verificado por o psicólogo Bernardo Peña

Escrito por Raquel Aldana
Última atualização: 14 março, 2023

Nunca perca o seu valor por uma pessoa que não sabe valorizar o que tem. Se alguém não te der importância, se te ignorar, o te abandonar ou desprezar; não mendigue a sua atenção ou o seu amor, pois este nunca terá nada de real ou sincero.

Não morda mais a maçã envenenada do amor diferente, pois ela somente fará você sofrer. Se você “pede demais” é porque sabe que o que deseja tem um peso importante em sua vida. É você quem deve outorgar primeiro seus pensamentos, opiniões, desejos e comportamentos.

Devemos nos esforçar para tomar distância emocional daquelas pessoas que colocam em xeque o equilíbrio da balança afetiva. Ao mesmo tempo que cimentam na desigualdade emocional as relações que compartilhamos com eles.

Compartilhe com você seus desejos mais íntimos, escute-se com a vontade de amar-se e de aceitar-se, pois apenas isso lhe ajudará a se libertar de falsos amores.

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Não mendigue o amor

Mendigar amor significa pedir algo que não existe. Algo que somente está nos desejos de nossa mente. A única coisa que conseguiremos “mendigando” é faltar ao respeito com nós mesmos, entorpecer nosso crescimento emocional e machucar o nosso eu interior.

Quando amamos alguém queremos cuidar desta pessoa e evitar que ela sofra. Nosso reflexo emocional nos leva a criar circunstâncias que façam com que o outro se sinta merecedor de carinho; que incentivem emoções e sentimentos de harmonia, autenticidade e carinho.

Se não cuidarmos dos falsos amores, acabaremos acreditando no que eles nos fazem sentir. Acabaremos pensando que não merecemos afeto ou atenção, e terminaremos convencidos de que as relações emocionais não precisam ser equilibradas.

Ao final, é simples: a pessoa que o merece é aquela que, tendo a liberdade de escolher, se aproxima de você, o aprecia e dedica a você seu tempo e seus pensamentos.

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Ninguém pode fazê-lo infeliz sem o seu consentimento

A ferramenta mais poderosa para lutar contra a injustiça emocional e a indiferença é a determinação pessoal. Ela deve ser acompanhada de amor próprio, de autoconhecimento e de reflexões sobre os sentimentos, desejos e comportamentos próprios e alheios.

No entanto, o processo no qual nos vemos imersos nestas circunstâncias reflete a falta de dignidade. Essa que nos faz falta para nos impedir de perseguir aqueles que não nos merecem.

Neste sentido, devemos saber que costumamos usar as estratégias erradas para lidar com o luto pelo “não amor”. Veja algumas situações comuns:

  • O luto pelo “não amor” é um processo muito duro que se alimenta de uma dolorosa fase de pré-contemplação. Geralmente sabemos que “algo não está bem”, mas não nos atrevemos a descrever com palavras ou a tirar a venda de nossos olhos.
  • Deixamos que o mal-estar passe, mantendo a crença de que não pensar nele e o fato de nos distrairmos irá permitir que o problema se resolva de uma maneira natural.
  • Quando nos resignamos ao mal-estar, chega um momento em que este aumenta a níveis insuportáveis e temos que enfrentá-lo quando o mesmo já transbordou. No entanto, o que acontece quando lutamos contra nossos próprios sentimentos? A luta se transforma em uma batalha sem fim, cheia de desespero, o qual irá fomentar o sofrimento.
  • Também é comum ouvir aquilo de “abraçar a dor”, mas não é positivo nem ignorá-la e nem abraçá-la.
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Luto pela rejeição

O que é realmente adequado para lidar com o luto pelo “não amor” é atendê-lo e compreender que isso dói porque alguém que queríamos que nos amasse não o faz.

Assim, para reverter a dor, o passo seguinte é dar uma solução a ela.

Qual é a solução adequada? Convencer a nós mesmos de que, se não obtivemos o afeto de maneira natural, dificilmente iremos consegui-lo de outras formas. Com isso, o correto seria se afastar da pessoa, pois somente assim teremos a garantia de que a dor será superável.

Para acabar com o sofrimento do “não amor”, temos primeiro que entendê-lo e depois aceitá-lo; pois, é uma consequência natural do luto pela perda daquilo que desejávamos ter e não tivemos.

Ame-se e valorize-se: alimente as suas relações com o amor próprio

Ainda que controlar cada história emocional seja algo complexo, todo sofrimento tem solução. A verdadeira mudança é possível quando trabalhamos aquilo que nos prende à situação dolorosa, e àquela pessoa a quem estamos mendigando atenção e amor.

Assim, deve ficar claro para nós que a primeira pessoa a quem devemos dedicar tempo somos nós mesmos. Depois estaremos em condições de avaliar com quem nos sentimos bem e com quem não.

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Não mendigue a atenção de ninguém, e muito menos o amor. Porque quem o ama, irá demonstrá-lo de uma forma ou de outra. Sem que existam interesses ou egoísmos.

Lembre-se de que uma situação de injustiça emocional requer um papel destacado do nosso amor próprio. O qual nos ajuda a examinar nossos desejos, valores e necessidades.

Não continue ligando para a pessoa que não atende às suas chamadas. Deixe de buscar e comece a deixar que o encontrem. Deixe de sentir falta daqueles que somente estão presentes na sua vida de forma superficial, daqueles para os quais só importam as aparências, e que apenas fazem com que você se sinta bem quando há mais gente junto com vocês.

Não se esqueça de examinar as razões que fomentam o seu apego em relação a estas pessoas a quem você costuma “mendigar carinho e atenção”. Avalie a origem, seja consciente e inicie a sua transformação interna.

Concluindo

É necessário nutrir a sua autoestima e deixar de mendigar amor. Pois o amor deve ser demonstrado e sentido, e nunca implorado. O seu carinho e a sua atenção são valiosos demais para serem desperdiçados com aqueles que não os merecem.

Dedique-se a quem o ama e o compreende, sem julgamentos nem condições.


Todas as fontes citadas foram minuciosamente revisadas por nossa equipe para garantir sua qualidade, confiabilidade, atualidade e validade. A bibliografia deste artigo foi considerada confiável e precisa academicamente ou cientificamente.


  • Harlow, H. F. (2013). The nature of love. In The Macaque Connection: Cooperation and Conflict between Humans and Macaques. https://doi.org/10.1007/978-1-4614-3967-7_2
  • Jankowiak, W. R. (2014). What is this thing called love? Emotion Review. https://doi.org/10.1177/1754073915594434

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