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Como tratar a dermatite atópica em crianças?

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O tratamento da dermatite atópica em crianças envolve desde cuidados básicos associados à higiene até o uso de certos medicamentos prescritos pelo médico ou dermatologista. Interessado em saber mais sobre isso? Continue lendo!
Como tratar a dermatite atópica em crianças?
Última atualização: 11 janeiro, 2021

Os tratamentos para a dermatite atópica em crianças visam reduzir sintomas como irritação da pele e coceira. Além disso, seu objetivo é manter a doença sob controle e evitar os surtos.

A dermatite atópica é uma doença inflamatória crônica caracterizada por surtos que geralmente duram vários meses ou anos. Um artigo publicado no Annals of Nutrition & Metabolism afirma que cerca de 20% da população pediátrica tem esse transtorno.

Manifestações da dermatite atópica

O sintoma principal da dermatite atópica é a coceira. As demonstrações variam dependendo da idade do paciente e da cronicidade das lesões. Para crianças, elas incluem:

  • Xerose.
  • Eritema.
  • Edema.
  • Escoriações e erupções.
  • Supuração.
  • Crostas.
  • Liquenificação da pele.

Causas da dermatite atópica

Como uma revisão da literatura detalha na revista Dermatologic Clinics, a dermatite atópica é causada por múltiplos fatores de interação. Podem ser emocionais, genéticos, imunes, infecciosos, ambientais, sociais e psicoemocionais em pessoas que têm alterações da chamada “barreira da pele” e imunidade.

Em 1989 David Strachan formulou a “hipótese de higiene”, com base na observação de que processos alérgicos, incluindo a dermatite atópica, foram apresentados com menos frequência em crianças criadas em famílias com um grande número de irmãos.

Ele sugere que a prevalência de dermatite atópica diminui diante da exposição precoce a alérgenos ambientais e agentes infecciosos não patogênicos. Crianças com níveis mais elevados de higiene não teriam uma estimulação poderosa do sistema imunológico.

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Há muitos fatores associados ao surgimento da dermatite atópica. Alguns deles incluem genética, sistema imunológico e emoções.

Leia também: O que é a dermatite atópica?

Recomendações para lidar com a doença

Crianças com dermatite atópica perderam a função de barreira cutânea. Como resultado, elas experimentam perda transepidérmica de água e da capacidade de retenção da mesma. Por sua vez, elas têm menos ceramidas e lipídios intraepidérmicos. Como contrabalancear isso?

Banhos e higiene

Dar banhos diários curtos, de não mais do que 5 minutos com água morna (27-30 C), é fundamental para gerenciar essa condição em crianças. É importante usar um sabonete de pH neutro ou sabonetes cremosos.

Também é conveniente adicionar à água de banho mucilagem de aveia, que serve como um adjuvante para hidratar e proteger a pele. No momento da secagem, o atrito da toalha contra a pele deve ser evitado. Descanse a toalha suavemente sobre a pele.

Uma vez terminado o banho, recomenda-se o uso de hidratantes com emolientes, com uma formulação que favorece a umectação epidérmica. As unhas também devem ser aparadas e lixadas para evitar que a criança arranhe sua pele ao coçar.

Umidificação

A hidratação com cremes adequados é essencial, de preferência aqueles que contenham lipídios, ceramidas ou ácidos graxos essenciais. Você também pode escolher aqueles que contêm aveia, vaselina ou vitaminas. Estes, uma vez aplicados, diminuem significativamente a secura da pele.

Alimentação e dieta

Embora as alergias alimentares tenham uma prevalência aumentada nesses pacientes, as evidências atuais não recomendam rotineiramente o uso de dietas de exclusão. Nas crianças pré-escolares, os alimentos mais frequentemente relacionados à exacerbação da dermatite atópica são leite, ovo, trigo e soja.

O papel dos probióticos

O papel exato da flora intestinal, bem como o efeito preventivo dos probióticos no desenvolvimento da doença, ainda não está esclarecido. Algumas metanálises sugerem efeitos positivos dos probióticos na prevenção da dermatite atópica, especialmente em bebês que os receberam durante o período perinatal.

Identificação e eliminação de gatilhos ou agravantes

Na medida do possível, é essencial vestir as crianças com roupas de algodão e tecidos naturais. Isso permite uma melhor absorção do suor e menor incidência de coceira. Também é bom usar roupas mais largas que não tenham muito contato com a pele.

Por outro lado, é importante lavar as roupas antes de usá-las pela primeira vez. Para isso, é necessário evitar o uso de detergentes, alvejantes e amaciantes, que podem deixar partículas irritantes.

O contato direto da pele com broches metálicos, etiquetas, borrachas, plástico, perfumes e qualquer outra substância ou elemento que possa desencadear um surto também deve ser evitado.

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Tanto as roupas quanto os sabonetes e perfumes podem desencadear um surto de dermatite atópica em crianças. Portanto, eles devem ser evitados tanto quanto possível.

Você pode estar interessado: Por que é importante cuidar da pele das crianças no verão?

Tratamento médico da dermatite atópica em crianças

Durante as fases de crescimento, o sintoma predominante é a coceira. A coceira intensa faz com que a criança se machuque e se infecte. Aqui estão os tratamentos tópicos e sistêmicos:

  • Corticosteroides tópicos: usados durante o surto agudo, 1 ou 2 vezes por dia, por um período de no máximo 15 dias.
  • Imunomoduladores tópicos: são drogas inibidoras de calcineurina, a principal alternativa anti-inflamatória aos corticosteroides tópicos.
  • Imunossupressores sistêmicos: indicados em dermatite atópica refratária. Potenciais efeitos colaterais limitam seu uso.
  • Imunoglobulinas endovenosas: em formas graves desta doença de pele, este pode ser um medicamento seguro e eficaz para controlá-la.
  • Fototerapia: a terapia de luz de banda larga UVB é o tratamento mais adequado como escolha inicial na pediatria.
  • Agentes biológicos: seu uso é indicado nos quadros mais sérios.

Tratamento de dermatite atópica em crianças: o que considerar?

O tratamento da dermatite atópica em crianças requer uma abordagem complexa e individual. É essencial controlar fatores de pré-disposição, como cuidados adequados com a pele por meio de emolientes e hábitos de higiene corretos.

Tratamentos sistêmicos ou tópicos devem ser adaptados à extensão e gravidade da patologia. Para isso, é essencial consultar um profissional de dermatologia.


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