Alergia a especiarias: como identificar?
A alergia a especiarias não é muito comum. As mais comuns são aquelas relacionadas a frutas com pele, com laticínios ou com as proteínas presentes nos cereais.
No entanto, qualquer substância pode causar uma reação autoimune no corpo. Por esse motivo e para evitar maiores complicações, é necessário conhecer os sintomas desses processos, bem como sua origem.
A alergia alimentar se manifesta com sintomas que podem ser difusos , às vezes:
- Alguns produzem irritações a nível gastrointestinal, o que pode causar problemas de trânsito, como gases, dor e diarreia.
- Em outros casos, é possível que os sintomas ocorram no nível epidérmico: pequenos vergões aparecem nas camadas superficiais da pele que causam coceira e ardor.
As especiarias são ricas em fitonutrientes
As especiarias são ingredientes culinários comuns em quase todas as cozinhas. Elas não representam uma contribuição significativa de macronutrientes. No entanto, no seu interior albergam uma multiplicidade de compostos fitoquímicos com um acentuado poder antioxidante.
Um exemplo disso é a cúrcuma. Esse tempero contém uma substância em seu interior, a curcumina, capaz de reduzir o risco de desenvolver doenças complexas, segundo um estudo publicado no Journal of Alzheimer’s Disease. Por esse motivo, seu consumo é recomendado regularmente.
No entanto, nem todo mundo gosta desses ingredientes. Algumas pessoas são alérgicas a eles. Neste tipo de indivíduos, os antioxidantes devem ser fornecidos através de outros alimentos, como vegetais.
Sintomas de alergia a especiarias
As alergias alimentares geralmente se apresentam através dos seguintes sintomas:
- Dor de estômago.
- Gases.
- Diarréia.
- Formigamento na boca.
- Coceira.
- Inchaço dos lábios ou língua.
Se você sofre de algum deles após ingerir um tempero específico, é bem provável que você seja alérgico a ele. No entanto, para completar o diagnóstico pode ser necessário realizar um exame complementar. O médico especialista é o responsável por realizar a sua realização.
O seu médico pode pedir diferentes exames. Desta forma, será verificado se você é especialmente sensível a algum tempero. Caso o diagnóstico seja afirmativo, o mais aconselhável é suprimir seu consumo. Caso contrário, podem ocorrer problemas a nível intestinal.
Reduzir a gravidade da alergia a especiarias
Existem certos mecanismos que podem melhorar os sintomas de uma alergia. Um deles consiste na administração de probióticos. A disbiose intestinal pode ser responsável por algumas das reações autoimunes.
Assim, a administração de probióticos para melhorar a biodiversidade da microflora pode ajudar a reduzir a gravidade desses processos, segundo um estudo publicado na revista Maturitas.
Alguns nutrientes anti-inflamatórios também podem reduzir os processos associados a distúrbios intestinais gerados a partir da ingestão de um alimento que causa alergia. Por isso, recomenda-se o consumo de alimentos ricos em ácidos graxos ômega 3, bem como antioxidantes ou flavonóides, como os polifenóis.
O diagnóstico precoce de alergias é importante
Se você suspeitar que tem alergia alimentar a especiarias, consulte um especialista o mais rápido possível. Ele executará exames de diagnóstico para confirmá-lo.
Caso o resultado seja positivo, a primeira opção será retirar esses ingredientes da dieta habitual. A partir daqui, é possível experimentar tratamentos com probióticos ou com alimentos anti-inflamatórios.
No entanto, se você tiver que suprimir a ingestão de um tempero específico, tente fornecer fitonutrientes de outras maneiras. Aumentar o consumo de vegetais costuma ser a melhor opção. Os vegetais vermelhos são ricos em flavonóides, com um marcado carácter antioxidante e anti-inflamatório.
Lembre-se que a base de uma dieta equilibrada é a variedade. Quanto maior variedade, melhor. No caso de ter que restringir os alimentos, a melhor opção é sempre tentar substituí-los por outros que ofereçam propriedades semelhantes em termos de saúde.
Apesar de tudo, as especiarias são ingredientes altamente recomendados no âmbito de uma alimentação saudável. A menos que seu médico o aconselhe, não é aconselhável excluí-las.
Todas as fontes citadas foram minuciosamente revisadas por nossa equipe para garantir sua qualidade, confiabilidade, atualidade e validade. A bibliografia deste artigo foi considerada confiável e precisa academicamente ou cientificamente.
- Tang M., Taghibiglou C., The mechanisms of action of curcumin in Alzheimer’s disease. J Alzheimers Dis, 2017. 58 (4): 1003-1016.
- Dargahi N., Johnson J., Donkor O., Vasiljevic., Apostolopoulos V., Immunomodulatory effects of probiotics: can they be used to treat allergies and autoinmune diseases? Maturitas, 2019. 119: 25-38.
