Os 7 alimentos que você não deve levar para a praia

Com a chegada dos dias quentes, um dos planos preferidos é ir à praia. Embora nas imediações costume haver uma vasta oferta gastronômica, há quem prepare a própria comida para a saborear à beira-mar, sob os guarda-sóis. Mas será que essa é uma boa ideia? Confira quais alimentos não levar para a praia.

Deve-se levar em consideração que altas temperaturas podem alterar tanto o estado quanto o sabor e a textura dos alimentos. Portanto, ao consumi-los, pode acontecer de não estarem nas melhores condições.

Além disso, o calor e a umidade facilitam a proliferação de bactérias e aumentam o risco de intoxicação alimentar. Vamos dar uma olhada mais de perto no que você deve evitar e como tornar os alimentos mais seguros.

1. Alimentos que contêm ovos

Todas as receitas que contêm ovos apresentam risco de intoxicação alimentar em ambientes de alta temperatura, como a praia. Tanto deliciosa tortilla quanto a maionese caseira e a carbonara, podem se tornar uma via de transmissão da salmonela.

Essa bactéria causa uma infecção que produz sintomas como náuseas, diarreia, mal-estar e dor de cabeça. Para evitar isso, o ideal é optar por pratos que não exijam esse ingrediente, ou que garantam um cozimento ideal.

Caso queira transportar ovos para a praia, você deve cozinhá-los por no mínimo dez minutos e guardá-los com as cascas, em um recipiente térmico, até a hora de comê-los. Depois de descascados, devem ser consumidos no menor tempo possível.

Os Centros de Controle e Prevenção de Doenças sugerem cozinhar os ovos até que a gema e a clara estejam firmes. Também recomendam mantê-los refrigerados, a 4,4°C ou abaixo.

2. Peixes e mariscos

Pode ser tentador fazer petiscos com peixe e marisco para levar para a praia. Um sanduíche de atum, um ceviche de camarão, peixe marinado, sushi e outras preparações parecem uma boa opção para matar a fome.

A desvantagem é que são alimentos bastante suscetíveis à contaminação por bactérias e parasitas, principalmente quando não são armazenados e cozidos adequadamente. Eles devem ser mantidos abaixo de quatro graus Celsius na geladeira e não devem ser submetidos a mudanças bruscas de temperatura.

Também não devem ser armazenados no mesmo local que outros alimentos, pois podem sofrer contaminação cruzada. Depois de preparados, você deve comê-los o mais rápido possível. Portanto, levá-los no recipiente térmico para a praia não é exatamente a melhor decisão. Em vez disso, as versões enlatadas são mais seguras.

3. Laticínios

Uma das razões pelas quais os laticínios não são boas opções para levar para a praia é porque tendem a estragar com facilidade. A refrigeração fornecida pelo recipiente térmico geralmente não é suficiente para que seu sabor e textura sejam mantidos.

Por exemplo, sobremesas e molhos que contêm nata ou creme tendem a azedar em condições de alta temperatura. Por sua vez, elas se tornam um foco para o crescimento de bactérias. O mesmo vale para receitas com leite e queijo.

Os iogurtes são a exceção nesse caso, desde que sejam bem fechados e mantidos refrigerados.

4. Legumes frescos

Por razões de saúde e nutrição, você pode pensar que alimentos como vegetais frescos são ideais para comer na praia. O problema? Uma vez cortados e expostos a ambientes quentes e úmidos, podem reunir as condições necessárias para o crescimento e a proliferação de bactérias.

Opções como alface, espinafre, acelga, entre outras verduras, tendem a murchar e perder o sabor. Por outro lado, variedades suculentas, como tomates e cebolas, costumam estragar tanto na textura quanto no sabor.

5. Carnes e frango

O dilema da carne e do frango surge quando não recebem um bom manejo e um bom cozimento. No plano de passar um dia na praia, algumas pessoas optam por cozinhá-los em uma fogueira ou em uma grelha improvisada. O risco? O tempo que esses alimentos passam sem serem bem refrigerados.

A isso soma-se o fato de que nem sempre cozinham bem. Essas carnes cruas podem conter bactérias nocivas, como salmonela, listeria, Campylobacter e E. Coli, causas frequentes de intoxicação alimentar.

Em uma publicação da Mayo Clinic, Linda Carruthers, nutricionista, recomenda manter as carnes cruas separadas de outros alimentos prontos para consumo para evitar a contaminação cruzada. Além disso, ela lembra da importância de cozinhá-los nas temperaturas certas:

• Aves: 73,8°C.
• Bife: 62,7°C.
• Carne bovina e suína: 71,1°C.

6. Restos de macarrão e arroz

Macarrão e arroz são alimentos que devem ser descartados na hora de preparar as refeições para levar para a praia. Especialmente se forem sobras do dia anterior ou se tiverem sido preparados com antecedência.

A razão é que resfriar e reaquecer esses alimentos favorece o aparecimento do esporo ou da toxina Bacillus cereus, que causa distúrbios gastrointestinais e vômitos.

Por meio do Serviço Nacional de Saúde do Reino Unido, especialistas alertam que quanto mais tempo o arroz cozido for deixado em temperatura ambiente, mais provável é que bactérias ou toxinas impeçam seu consumo seguro.

7. Embutidos

A maioria das carnes embutidas requer refrigeração até pouco antes de serem consumidas. Sejam fatias de presunto, salame, bacon, mortadela ou linguiça, mantê-las em temperatura ambiente por muito tempo pode trazer riscos.

Embora sejam produtos que são processados e curados para venda, eles são mantidos refrigerados. Ao extraí-los da embalagem para preparar sanduíches, seu consumo deve ser no menor tempo possível. Em condições como as da praia, podem se tornar um foco para o crescimento de bactérias.

Como preparar alimentos mais seguros para levar para a praia?

Uma escolha correta dos alimentos somada a uma boa conservação é o segredo para desfrutar de refeições mais seguras na praia. Alternativas como frutas inteiras (não devem ser pré-cortadas), sopas frias, nozes, conservas e sanduíches com pão integral podem ser alternativas possíveis.

Tanto o frango quanto a carne podem ser incluídos nas receitas, mas garantindo um bom cozimento. Estes podem ser a base para fazer sanduíches ou saladas. No entanto, devem ser mantidos no refrigerador até a hora de comer. Então, opte por receitas frias.

Outro aspecto a se considerar é que, ao colocar os alimentos na geladeira para levar à praia, eles devem ser separados em saquinhos ou potes herméticos para evitar contaminação cruzada. Só devem ser retirados de sua embalagem individual imediatamente antes do consumo.

Na praia, o recipiente que guarda os alimentos deve ficar na sombra, coberta com uma toalha. Idealmente, deve conter gelo suficiente para manter a comida fria até a hora do consumo.

Por fim, vale lembrar a importância de uma boa manipulação dos alimentos tanto no armazenamento quanto no consumo. A lavagem das mãos ou a aplicação de um gel hidroalcoólico é fundamental para evitar a possível transmissão de infecções. Além disso, se houver sobras, é melhor que sejam jogadas fora.