Neuroticismo: o que é, sintomas e tratamento
Muito já foi escrito sobre a personalidade e todas as variáveis que afetam seu desenvolvimento. Cada proposta teórica enfatiza diferentes elementos para descrever a personalidade. Um deles tem a ver com neuroticismo.
Afinal, além da experiência, a personalidade também é o que possibilita a alguém ver um número 6 desenhado e outro ver um número 9. A personalidade é um construto complexo e de grande interesse para a psicologia. Foi e é abordada a partir de diferentes modelos: dinâmico, fatorial, biológico, entre outros.
Neuroticismo e personalidade
Para falar de neuroticismo, podemos partir de uma ideia geral sobre personalidade. Ela pode ser entendida como uma mistura de fatores temperamentais (ou seja, ligados à biologia) e fatores caracterológicos (relacionados ao ambiente) que influenciam a maneira como nos comportamos.
Em relação às variáveis temperamentais, a teoria dos big five (5 principais fatores de personalidade) menciona o seguinte:
- Neuroticismo: é a tendência ao mal-estar e ao comportamento impulsivo.
- Extroversão: refere-se à participação em situações sociais.
- Abertura: isto é, ser curioso ou motivado por novas ideias.
- Agradabilidade: refere-se ao grau em que sentimos compaixão e mostramos empatia pelos outros.
- Conscienciosidade: é o compromisso com os objetivos.
A partir dessas características, podemos concluir que o neuroticismo comporta uma dualidade: é uma tendência à instabilidade, mas bastante estável. Ou seja, é considerado como um traço de personalidade.
Você pode estar interessado: Como conviver com o transtorno de personalidade limítrofe
O que é o neuroticismo e quais são seus sintomas?
O neuroticismo é caracterizado por uma tendência à instabilidade emocional, que pode se manifestar em frequentes mudanças de humor, ansiedade, orientação para conflitos, emoções raivosas, visão pessimista das situações, culpa e nervosismo constante.
Outro dos sinais comuns tem a ver com drama ou complicação. Ou seja, a tendência a ver como complexas situações que não o são. Da mesma forma, também pode haver mais sensibilidade ou suscetibilidade.
Nesse sentido, muitas vezes também se expressa de forma psicossomática, com manchas ou erupções na pele, queda de cabelo ou desconforto gastrointestinal.
Veja: Ansiedade social: 5 estratégias que ajudam a superá-la
Como enfrentar o neuroticismo?
Saber que temos traços de neuroticismo deve nos permitir encontrar (e fornecer) recursos para lidar com o estresse. Algumas das recomendações a serem consideradas são as seguintes.
Trabalhar sobre os pensamentos
Muitos deles são revestidos por um viés cognitivo, que nos levam a interpretar a realidade de forma distorcida. Assim, podemos superenfatizar algo que é insignificante ou levar para o lado pessoal uma questão que não foi direcionada a nós.
É importante discutir com os próprios pensamentos, questionar sua verdade para poder criar outras versões e evitar ficar preso em um círculo vicioso.
Aprender a gerenciar as emoções
No neuroticismo, as emoções muitas vezes nos dominam. Ou seja, elas transbordam, colapsam e sobrecarregam.
Às vezes tudo parece uma questão de vida ou morte, sem solução. Acontece que há uma tendência a pensar em catástrofes.
Por isso é necessário trabalhar com as emoções, aprendendo a identificá-las quando aparecem. Temos que entender o sinal ou mensagem que elas trazem e buscar uma resposta para canalizá-las.
Empregar técnicas de autocontrole e relaxamento
Dessa forma, significa aprender a frear uma situação de estresse para dar respostas mais funcionais e adaptativas. Por exemplo, respire fundo antes de agir.
Desenvolver recursos para lidar com o estresse
Às vezes, pessoas com tendência ao neuroticismo deixam a solução de um conflito nas mãos de outros. Por exemplo, alguém que tem uma doença pode ligar continuamente para seu médico.
Nesse sentido, a resposta torna-se mais passiva, ao invés de tentar primeiro com uma atitude proativa. Por isso, trata-se de criar recursos e ferramentas que permitam adaptar as respostas às circunstâncias, em vez de tentar aplicar sempre a mesma regra.
Capacitar a pessoa, reforçando sua autoconfiança e eficácia, permitiria até que ela se sentisse melhor e reduzisse o desconforto, ao invés de se sentir dependente dos outros.
Nada é dito completamente
É importante ressaltar que saber quem somos deve funcionar como ponto de partida para melhorar, mudar nossa qualidade de vida, para que possamos nos superar, nos entender, crescer e progredir. De forma alguma isso precisa ser um rótulo ou uma limitação.
Identificar os fatores temperamentais sobre nossa personalidade não significa que somos um quebra-cabeça que se encaixa perfeitamente em suas peças. Pelo contrário, temos acesso a uma pequena parcela da enorme complexidade que somos como seres humanos. O ambiente, então, faz o seu trabalho.
Nesse sentido, é fundamental descobrir quais são os fatores de proteção e quais são os fatores de risco que participam desse contexto. O neuroticismo pode levar a comportamentos não saudáveis e antecipar comorbidades.
Muito já foi escrito sobre a personalidade e todas as variáveis que afetam seu desenvolvimento. Cada proposta teórica enfatiza diferentes elementos para descrever a personalidade. Um deles tem a ver com neuroticismo.
Afinal, além da experiência, a personalidade também é o que possibilita a alguém ver um número 6 desenhado e outro ver um número 9. A personalidade é um construto complexo e de grande interesse para a psicologia. Foi e é abordada a partir de diferentes modelos: dinâmico, fatorial, biológico, entre outros.
Neuroticismo e personalidade
Para falar de neuroticismo, podemos partir de uma ideia geral sobre personalidade. Ela pode ser entendida como uma mistura de fatores temperamentais (ou seja, ligados à biologia) e fatores caracterológicos (relacionados ao ambiente) que influenciam a maneira como nos comportamos.
Em relação às variáveis temperamentais, a teoria dos big five (5 principais fatores de personalidade) menciona o seguinte:
- Neuroticismo: é a tendência ao mal-estar e ao comportamento impulsivo.
- Extroversão: refere-se à participação em situações sociais.
- Abertura: isto é, ser curioso ou motivado por novas ideias.
- Agradabilidade: refere-se ao grau em que sentimos compaixão e mostramos empatia pelos outros.
- Conscienciosidade: é o compromisso com os objetivos.
A partir dessas características, podemos concluir que o neuroticismo comporta uma dualidade: é uma tendência à instabilidade, mas bastante estável. Ou seja, é considerado como um traço de personalidade.
Você pode estar interessado: Como conviver com o transtorno de personalidade limítrofe
O que é o neuroticismo e quais são seus sintomas?
O neuroticismo é caracterizado por uma tendência à instabilidade emocional, que pode se manifestar em frequentes mudanças de humor, ansiedade, orientação para conflitos, emoções raivosas, visão pessimista das situações, culpa e nervosismo constante.
Outro dos sinais comuns tem a ver com drama ou complicação. Ou seja, a tendência a ver como complexas situações que não o são. Da mesma forma, também pode haver mais sensibilidade ou suscetibilidade.
Nesse sentido, muitas vezes também se expressa de forma psicossomática, com manchas ou erupções na pele, queda de cabelo ou desconforto gastrointestinal.
Veja: Ansiedade social: 5 estratégias que ajudam a superá-la
Como enfrentar o neuroticismo?
Saber que temos traços de neuroticismo deve nos permitir encontrar (e fornecer) recursos para lidar com o estresse. Algumas das recomendações a serem consideradas são as seguintes.
Trabalhar sobre os pensamentos
Muitos deles são revestidos por um viés cognitivo, que nos levam a interpretar a realidade de forma distorcida. Assim, podemos superenfatizar algo que é insignificante ou levar para o lado pessoal uma questão que não foi direcionada a nós.
É importante discutir com os próprios pensamentos, questionar sua verdade para poder criar outras versões e evitar ficar preso em um círculo vicioso.
Aprender a gerenciar as emoções
No neuroticismo, as emoções muitas vezes nos dominam. Ou seja, elas transbordam, colapsam e sobrecarregam.
Às vezes tudo parece uma questão de vida ou morte, sem solução. Acontece que há uma tendência a pensar em catástrofes.
Por isso é necessário trabalhar com as emoções, aprendendo a identificá-las quando aparecem. Temos que entender o sinal ou mensagem que elas trazem e buscar uma resposta para canalizá-las.
Empregar técnicas de autocontrole e relaxamento
Dessa forma, significa aprender a frear uma situação de estresse para dar respostas mais funcionais e adaptativas. Por exemplo, respire fundo antes de agir.
Desenvolver recursos para lidar com o estresse
Às vezes, pessoas com tendência ao neuroticismo deixam a solução de um conflito nas mãos de outros. Por exemplo, alguém que tem uma doença pode ligar continuamente para seu médico.
Nesse sentido, a resposta torna-se mais passiva, ao invés de tentar primeiro com uma atitude proativa. Por isso, trata-se de criar recursos e ferramentas que permitam adaptar as respostas às circunstâncias, em vez de tentar aplicar sempre a mesma regra.
Capacitar a pessoa, reforçando sua autoconfiança e eficácia, permitiria até que ela se sentisse melhor e reduzisse o desconforto, ao invés de se sentir dependente dos outros.
Nada é dito completamente
É importante ressaltar que saber quem somos deve funcionar como ponto de partida para melhorar, mudar nossa qualidade de vida, para que possamos nos superar, nos entender, crescer e progredir. De forma alguma isso precisa ser um rótulo ou uma limitação.
Identificar os fatores temperamentais sobre nossa personalidade não significa que somos um quebra-cabeça que se encaixa perfeitamente em suas peças. Pelo contrário, temos acesso a uma pequena parcela da enorme complexidade que somos como seres humanos. O ambiente, então, faz o seu trabalho.
Nesse sentido, é fundamental descobrir quais são os fatores de proteção e quais são os fatores de risco que participam desse contexto. O neuroticismo pode levar a comportamentos não saudáveis e antecipar comorbidades.
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- Schmidt, Vanina (2010). LAS BASES BIOLÓGICAS DEL NEUROTICISMO Y LA EXTRAVERSIÓN ¿POR QUÉ NOS COMPORTAMOS COMO LO HACEMOS?. PSIENCIA. Revista Latinoamericana de Ciencia Psicológica, 2(1),20-25.[fecha de Consulta 1 de Agosto de 2022]. ISSN: 2250-5490. Disponible en: https://www.redalyc.org/articulo.oa?id=333127086005
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Ramírez Maestre, C., Esteve Zarazaga, R., & López Martínez, A. E. (2001). NEUROTICISMO, AFRONTAMIENTO Y DOLOR CRÓNICO. Anales de Psicología / Annals of Psychology, 17(1), 129–137. Recuperado a partir de https://revistas.um.es/analesps/article/view/29131
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