O que é a gravidez psicológica e quando ocorre

A gravidez psicológica ou pseudociese é um distúrbio psicológico que pode afetar mulheres sem importar o seu estado civil ou saúde mental. Descubra tudo aqui.
O que é a gravidez psicológica e quando ocorre

Última atualização: 27 maio, 2022

Você já ouviu falar de pseudociese, também chamada de gravidez psicológica? É um distúrbio psicológico que pode ocorrer em mulheres geralmente entre 20 e 40 anos, embora os casos de meninas e mulheres na menopausa sejam conhecidos com esta problemática.

Descubra o que é a gravidez psicológica, por que ocorre e tudo o que você precisa saber neste artigo.

O que é a gravidez psicológica?

Psicõlogo tratando gravidez psicológica

A pseudociese é o termo médico usado para chamar uma gravidez falsa, ou seja, a convicção de uma mulher de estar gestando um bebê quando na realidade não está. Mas o

Este distúrbio, também chamado de síndrome de Rapunzel não é apenas um pensamento ou um sentimento é uma genuína convicção de estar tendo uma gravidez, que é evidente não só emocionalmente, mas também fisicamente. Em outras palavras, o corpo age como se realmente houvesse um feto em gestação.

Causas que propiciam uma gravidez psicológica

Mulher com depressão

Acredita-se que a pseudociese seja causada pela estimulação do sistema neuroendócrino por fatores psicológicos. Estes incluem:

  • Sensação de solidão e desejo de ser mãe
  • Depressão aguda
  • Baixa autoestima
  • Crença de que “sem um filho, seu marido ou parceiro a abandonará”
  • Pressão social para engravidar
  • Medo extremo de ficar grávida
  • Situações de abuso sexual na infância ou na adolescência
  • Estresse emocional
  • Infertilidade
  • Ter experimentado um ou mais abortos espontâneos ou sofrido a morte de uma criança
  • Proximidade da menopausa e desejo de ter filhos

Sintomas e diagnóstico da gravidez psicológica

Grávida com enjoo

A incidência da gravidez utópica na população é baixa. Estima-se que 1 entre 22.000 gestações é psicológica. Agora, vamos descobrir juntos os sintomas desta doença:

  • Ausência de regra: os hormônios LH e FSH diminuem, de tal maneira que a mulher não ovula e, portanto, o ciclo menstrual “congela”.
  • Aparecimento de cansaço
  • Sensação de náusea e até vômito: isso ocorre devido ao aumento da prolactina e progesterona.
  • Aumento e sensibilidade dos seios
  • Crescimento do abdômen
  • Movimentos fetais na barriga
  • Produção de leite
  • Contrações: se o distúrbio não for tratado a gravidez, embora falsa, continuará seu curso, incluindo o crescimento da barriga, a sensação de “chutes” do bebê, e dores de parto.

Como você vê, a mente influencia o corpo a gerar uma resposta orgânica ou psicossomática, na qual os hormônios são alterados e ocorrem sintomas idênticos aos de uma gravidez em curso. Por esta razão, para fazer um diagnóstico é preciso:

  1. Em primeiro lugar, realizar uma análise exploratória na mulher grávida
  2. Também, solicitar uma análise laboratorial: uma análise de urina ou de sangue mostrará o nível de dosagem do hormônio BhCG. Quando o exame der negativo, é evidenciada a presença de uma gravidez utópica.
  3. Finalmente, solicitar um ultrassom: a ausência de um feto no útero torna o diagnóstico evidente. A mulher tem um distúrbio psicológico que deve ser tratado o mais rápido possível.

Se a mulher produzir leite, será necessário realizar testes para descartar a presença de prolactinoma, ou seja, um tumor na hipófise que poderia estimular a prolactina, o hormônio responsável pela produção de leite.

Tratamento da gravidez psicológica

Mulher em sessão de ajuda

Sem dúvida alguma, o psiquiatra indicará o tratamento mais adequado de acordo com a condição física e emocional da mulher. Como regra geral, a consulta psicológica é recomendada, pois é um distúrbio de origem psicossomática.

A mente da mulher buscou uma válvula de escape para suas preocupações; portanto, é necessário tratá-la psicologicamente para resolver a sintomatologia física.

Em conclusão, a pseudociese ou gravidez psicológica é um distúrbio psicológico que pode gerar vergonha para quem a sofre. Se esse for o seu caso, lembre-se de que você não é culpada do que acontece com você. Confie no seu médico e em sua família para superar o processo.


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