A influência do estresse no ciclo menstrual
Assim como sabemos que o estresse pode desempenhar um papel importante em questões como qualidade do sono, ganho ou perda de peso, queda de cabelo, dores de cabeça, nervosismo e outras questões, também sabemos que existe certa influência do estresse no ciclo menstrual.
O estresse crônico afeta o sistema nervoso e, em maior ou menor grau, o restante dos sistemas. Uma das primeiras consequências que pode ter no corpo da mulher são as alterações hormonais.
Quando os níveis de estresse permanecem altos e por longos períodos de tempo, isso pode ter consequências no funcionamento do corpo. Vamos ver mais a seguir.
A influência do estresse no ciclo menstrual
A adrenalina é um dos 4 hormônios do estresse e é responsável por aumentar a frequência cardíaca e aumentar a energia, enquanto o cortisol aumenta os níveis de açúcar no sangue e a atividade cerebral, o que pode alterar as respostas do sistema imunológico e outros processos.
De acordo com especialistas do portal WomensHealth , “as mulheres que sofrem de estresse crônico ou de longo prazo podem ter sintomas de síndrome pré-menstrual (SPM) mais intensos ou períodos irregulares”.
Portanto, o estresse crônico pode causar atrasos, ausências e até alterar a quantidade de fluxo. Por outro lado, as mulheres podem apresentar sintomas incômodos com maior intensidade como dor de cabeça, por exemplo. Além disso, você pode estar mais exposta a gripes e resfriados, pois as defesas do seu sistema imunológico também podem ser afetadas.
Principais alterações no ciclo menstrual
É importante lembrar que os sintomas de estresse podem variar de uma pessoa para outra, portanto, nem todo mundo vai sentir o mesmo desconforto com a mesma intensidade ou durante o mesmo período de tempo.
Vejamos as principais alterações que o estresse crônico pode causar no ciclo menstrual.
Irregularidade
A duração média do ciclo menstrual tem um intervalo de duração de 28 a 31 dias. O estresse pode causar períodos menstruais irregulares.
- Polimenorreia: são os ciclos menstruais muito curtos, com duração inferior a 21 dias.
- Oligomenorreia: são os ciclos menstruais que duram mais de 35 dias.
- Amenorreia: é a ausência de menstruação por mais de 3 meses ou 3 ciclos menstruais típicos.
Dores mais intensas causadas pela síndrome pré-menstrual
Como já mencionamos, o estresse crônico pode intensificar os sintomas da síndrome pré-menstrual, e isso pode se traduzir em diversos desconfortos – de maior ou menor intensidade – desde dores de cabeça e nas mamas, por exemplo, até dores abdominais. Além disso, pode deixar a mulher muito mais irritável e sensível.
De acordo com um estudo, as alterações na atividade hormonal durante o ciclo menstrual também podem afetar a mulher emocionalmente, pois a deixa mais propensa a sentir emoções negativas.
Fadiga e sonolência
Devido ao aumento da dor causada pelo estresse no ciclo menstrual, as mulheres podem ter dificuldade para descansar e dormir bem à noite. Por isso, é muito provável que passem os dias cansadas e sonolentas.
E a fertilidade? O que mais devo saber?
Devido a todas as mudanças que o estresse causa no ciclo menstrual, pode afetar a capacidade de engravidar. Isso se deve ao aumento do cortisol no cérebro. Esse hormônio indica ao cérebro que a produção de estrogênio e progesterona não é necessária. Com isso, ocorre a menstruação irregular, afetando a as possibilidades de engravidar.
A influência do estresse no ciclo menstrual da mulher é realmente prejudicial. Por isso, é aconselhável solicitar ajuda profissional de um psicólogo, para aprender a administrar a tensão e o estresse no dia a dia.
Além disso, é necessário considerar que bons hábitos de vida sempre influenciam positivamente a saúde de todos os sistemas do organismo, promovendo o bem-estar.
Daí vem, em grande parte, a importância de se exercitar diariamente, alimentando-se sempre de maneira adequada, distraindo a mente e, se necessário, colocando em prática diferentes técnicas de relaxamento. Você faz tudo isso por você? Se não, tente começar. E lembre-se: se você tiver dúvidas sobre como fazer isso, sempre pode consultar o seu clínico geral ou ginecologista.
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