O que é a escuta ativa?
Escrito e verificado por a psicóloga Montse Armero
A escuta ativa é uma estratégia de comunicação muito útil em certos contextos. Como o próprio nome sugere, é um tipo de interação em que escutamos – e não apenas ouvimos – nosso interlocutor de forma ativa, fornecendo-lhe um feedback verbal e não verbal.
Dessa forma, a outra pessoa entende que nós realmente estamos prestando atenção ao seu discurso. Além disso, nos ajuda a manter um diálogo muito mais próximo, empático e cheio de nuances. Isso ocorre especialmente entre duas pessoas ou em um grupo muito reduzido, já que parte essencial da escuta ativa é o diálogo.
Assim, será um tipo de conversa que podemos encontrar entre um terapeuta e seu paciente, um casal, dois bons amigos ou entre colegas de trabalho compenetrados. Em contrapartida, se, por exemplo, assistirmos a uma palestra que nos interessa, será mais adequado dizer que escutamos atentamente e não de forma ativa, pois o discurso será unidirecional.
Características da escuta ativa
Embora todos tenhamos uma forma particular de comunicação, as pessoas que escutam ativamente costuma compartilhar uma série de requisitos. Os mais importantes são:
- Mostram uma boa predisposição para o diálogo.
- Sabem como manter a atenção constante ao longo do tempo.
- Estão curiosos para saber o que seu interlocutor explica.
- Tendem a ter uma boa inteligência emocional.
- Mostram uma atitude amigável e próxima.
- Têm em mente a visão do mundo do outro.
- Sua maneira de falar é respeitosa.
- Sabem refletir com suas palavras como a outra pessoa se sente.
- Aceitam as opiniões alheias embora estejam em desacordo.
- Se não entendem algum conteúdo, pedem ao seu interlocutor que tire suas dúvidas.
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Barreiras para uma escuta ativa eficaz
Em contraposição, também há ações que nos impedem de ser bons ouvintes. Na verdade, muitas vezes elas estão tão integradas na nossa forma de agir que nem nos damos conta de que as utilizamos. Algumas delas são:
- Interromper a fala do nosso interlocutor.
- Fingir escutar quando, na verdade, estamos pensando em outras coisas.
- Dar pouca importância ao que estão nos explicando.
- Atender a diferentes estímulos ao mesmo tempo e reduzir nossa atenção no diálogo.
- Pensar mais em nossa resposta do que em ouvir o que estão nos explicando.
- Dar nossa opinião sem saber se a outra pessoa quer escutá-la.
- Julgar as ideias do nosso interlocutor.
- Desqualificar a outra pessoa por pensar de forma diferente.
- Oferecer conselhos quando isso não foi solicitado.
- Explicar nossa própria história em vez de ouvir a outra pessoa.
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Estratégias para melhorar a escuta ativa
A escuta ativa é uma habilidade que todos nós podemos desenvolver, é uma questão de prática. Podemos usar algumas das seguintes estratégias para dominar ainda mais a arte da comunicação.
Mostrar empatia
A empatia é a chave para fortalecer o vínculo com o nosso interlocutor. Além disso, mostrar que entendemos como ele se sente irá ajudá-lo a se sentir menos julgado e mais livre para falar.
Usar a linguagem não verbal de forma adequada
Conectar-se com o olhar, acenar com a cabeça, manter uma postura receptiva e uma distância corporal adequada na qual nosso interlocutor se sinta confortável fará com que seja mais fácil para a outra pessoa perceber a nossa atenção.
Dar sinais de escuta verbal
Emitir expressões de concordância – sim, ok, claro, entendo, etc… – e manter um tom de voz receptivo são estratégias para indicar ao outro que estamos realmente ouvindo.
Fazer perguntas abertas
Em vez de fazer perguntas fechadas – por exemplo, você está bem? Algo está errado? – usar aquelas que incluem um o quê, por quê, qual, quando ou como fará com que seja mais fácil para a outra pessoa explicar mais detalhes da sua situação.
Parafrasear
Parafrasear significa expressar em nossas próprias palavras o que a outra pessoa acabou de nos explicar. Desta forma, permitimos que ela entenda que estamos atentos e entendemos a sua mensagem.
Respeitar os silêncios
Há pessoas que se incomodam com os silêncios que ocorrem naturalmente em uma conversa, mas estes nos permitem demonstrar que respeitamos o ritmo do outro.
Antes de nos considerarmos excelentes interlocutores, seria interessante fazer uma autocrítica, pois é extremamente comum cometer erros em nossa comunicação. O importante é saber detectá-los e estar disposto a colocar novas habilidades em prática.
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