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Diarreia crônica e aguda: causas e tratamento   

4 minutos
Tanto a diarreia crônica quanto a aguda são afecções digestivas muito desconfortáveis, que também podem ser acompanhadas por outros sintomas.   
Diarreia crônica e aguda: causas e tratamento   
Alejandro Duarte

Revisado e aprovado por o biotecnólogo Alejandro Duarte

Escrito por Equipe Editorial
Última atualização: 16 janeiro, 2023

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a diarreia é a eliminação de fezes líquidas ou semilíquidas mais de três vezes em 24 horas. Em crianças essa condição é mais difícil de definir, uma vez que pode haver bebês com várias defecações líquidas por dia, sem a necessidade de representar uma patologia, como a diarreia crônica.

Assim, na maioria dos casos, a diarreia é definida como uma mudança repentina no ritmo intestinal, em relação aos padrões habituais de cada indivíduo. Basicamente, podemos falar de dois tipos: diarreia crônica ou aguda, com diferenças significativas em termos de causa e tratamento.

Diarreia crônica

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Ao contrário da diarreia crônica, a diarreia aguda geralmente é causada por um agente infeccioso.

A classificação entre diarreia aguda ou crônica é feita com base em sua temporalidade. A primeira é a mais frequente e dura menos de duas semanas. Por outro lado, a crônica é aquela que dura mais de 14 dias e é de origem multifatorial.

Esta última é considerada um problema comum, tanto nas consultas de atenção básica quanto na área especializada. Como já sabemos, essa doença é definida como qualquer variação significativa nas características das fezes.

Vale esclarecer que essas alterações são avaliadas em relação aos hábitos evacuatórios anteriores do paciente: no volume, na frequência das fezes ou na diminuição de sua consistência.

Causas

Ao contrário da diarreia aguda – que será explicada mais adiante-, a diarreia crônica é sempre inadequada e prejudicial ao organismo. Em geral, implica na existência de uma alteração no transporte de água no intestino.

Portanto, a redução da água em apenas 1% das pessoas pode ser a principal causa desse tipo de diarreia. O Instituto Nacional de Diabetes e Doenças Digestivas e Renais explica que a diarreia crônica pode ser causada por infecções, alergias ou intolerâncias alimentares, problemas do trato digestivo ou uso persistente de medicamentos.

As diarreias crônicas são geralmente a manifestação de alguma doença funcional. Assim, dentro de suas causas mais frequentes, encontramos:

Tratamento

O tratamento da diarreia crônica será etiológico; isto é, tratará a causa desencadeante. Por exemplo, se é devido à doença celíaca, uma dieta sem glúten deve ser prescrita; enquanto isso, se houver alguma forma de enterocolite infecciosa, a cura envolverá a administração de antibióticos. Um tratamento empírico é usado em três situações:

  • Tratamento inicial ou temporário até que o diagnóstico seja obtido.
  • Quando os diferentes testes diagnósticos não permitem um diagnóstico definitivo.
  • Nos casos em que é obtido um diagnóstico preciso, mas não há tratamento específico, ou este não for eficaz.

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Diarreia aguda

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O risco da diarreia está na possibilidade de desidratação.

Por sua vez, a diarreia aguda infecciosa é uma síndrome caracterizada por inflamação ou disfunção do intestino, causada por um micro-organismo ou suas toxinas. Como já mencionamos, tem uma duração de menos de 14 dias, e é definida pela realização de 3 ou mais evacuações diárias.

Essas fezes são menos consistentes do que o normal, e são acompanhadas por outros sintomas, tais como: náuseas, vômitos, dor abdominal e febre.

A diarreia aguda infecciosa representa a primeira ou segunda causa de morte na maioria dos países em desenvolvimento, segundo dados da Organização Mundial de Saúde.

Ocorre fundamentalmente em crianças, como consequência de estados de desidratação. Diferente da crônica, esse tipo consiste em um método de defesa do organismo. Por essa razão, pode-se dizer que não é prejudicial, já que o seu propósito é nos “curar” dessa infecção.

Causas

A principal causa da diarreia aguda é a infecção. Geralmente é adquirida por via fecal-oral, por alimentos ou água contaminada. Na maioria das vezes, esses episódios são autolimitados; isso significa que eles cedem por conta própria, sem a necessidade de tratamento.

Os principais micro-organismos que causam quadros de diarreia de tipo infeccioso variam de acordo com a idade e o estado de saúde do paciente. Entre os mais comuns, encontramos:

  • Giárdia
  • Adenovírus.
  • Aeromonas
  • Campylobacter sp.
  • Escherichia coli
  • Salmonela sp.
  • Rotavírus (em crianças)

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Tratamento

Os princípios básicos do tratamento são: prevenir ou corrigir a desidratação, melhorar os sintomas e controlar a infecção . A reposição de líquidos é o tratamento comum para todos os episódios de diarreia; sua forma de administração pode ser oral ou intravenosa usando soros.

Além disso, recomenda-se o uso de probióticos, o que aumenta as bactérias benéficas do intestino, auxiliando na eliminação de agentes infecciosos. Tudo isso, juntamente com uma dieta restrita e leve, constitui a principal linha de tratamento em casos de diarreia aguda.

Por outro lado, antidiarreicos como a loperamida geralmente diminuem o número de fezes e limitam as perdas aquosas e eletrolíticas. Esses medicamentos exercem a sua ação reduzindo a motilidade, e retardando o trânsito intestinal.

Além disso, eles têm uma ação mínima na redução da secreção intestinal. Entretanto, o seu uso é contraindicado em alguns casos, devido ao risco de concentrar os agentes infecciosos no intestino.

Em última análise, podemos dizer que o tratamento com antibióticos é controverso. A maioria dos casos de diarreia aguda infecciosa será leve e autolimitada no tempo, por isso não requerer esses medicamentos.

 


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