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O que é BDSM e como praticá-lo?

5 minutos
O BDSM é uma prática sexual que pode despertar a paixão no casal e trazer diversos benefícios. Vamos esclarecer alguns mitos a respeito do tema a seguir.
O que é BDSM e como praticá-lo?
Elena Sanz

Escrito e verificado por a psicóloga Elena Sanz

Escrito por Elena Sanz
Última atualização: 08 outubro, 2022

Nos últimos anos, surgiram vários romances e filmes que impulsionaram uma prática sexual pouco conhecida e estigmatizada até então: o BDSM. Você provavelmente já tem uma ideia do que é e pode até tê-lo praticado sem ter consciência disso.

Você já usou algemas, vendas ou máscaras em seus encontros sexuais? Você já interpretou papéis com base na hierarquia de poder como professor/aluno ou chefe/empregado? Então, você já entrou no mundo do BDSM.

Esta é uma forma divertida de despertar a paixão na cama, uma vez que as opções são muito diversas. A seguir, contaremos mais a respeito e daremos algumas dicas para a sua prática.

O que é BDSM?

BDSM significa bondage/disciplina, dominação/submissão e sadismo/masoquismo. Definido de forma simples, é um conjunto de práticas sexuais que se baseiam em uma dinâmica de dominação e submissão. Cada um dos membros do casal assume um desses papéis, embora seja possível trocá-los.

O aspecto fundamental é que seja um encontro totalmente consensual e seguro. Ambas as partes devem definir os limites e, dessa forma, garantir o bem-estar dos envolvidos em todos os momentos.

O termo BDSM foi cunhado em 1969 como resultado do trabalho do antropólogo Paul Gebhard. No entanto, essas práticas já estavam presentes em civilizações muito antigas e em culturas muito diversas. Portanto, não se trata de algo novo.

Sob estas siglas, estão incluídos diversos atos que podem variar em intensidade e que nem sempre precisam ser apresentados ao mesmo tempo. Ou seja, cada pessoa e cada casal pode interpretar e usar o termo de forma diferente.

Para entender melhor em que consiste, desmembramos o significado de cada uma das palavras a partir das quais essa sigla é formada.

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O BDSM deve ser um encontro consensual e seguro. O casal deve ter uma comunicação muito boa para saber como estabelecer limites.

Bondage

Em geral, o termo bondage é utilizado para se referir a amarrar com cordas ou outros elementos, muito presentes no BDSM. No entanto, no passado, isso costumava se referir aos laços de subordinação que se estabeleceram entre senhores e escravos, entre senhores feudais e vassalos.

Nesse sentido, além de nomear a imobilização para fins eróticos, também implica uma relação em que o poder é assimétrico.

Disciplina

A disciplina inclui as regras, hábitos e protocolos de comportamento a serem seguidos por pessoas na posição subordinada. Portanto, refere-se a um adestramento com regras e punições por meio das quais o indivíduo dominante exerce poder sobre a sua contraparte.

Dominação

Refere-se ao papel que um dos membros do casal assume para exercer controle sobre o outro. Assim, essa pessoa é quem manda e dispõe à vontade, mostrando domínio sobre o parceiro submisso.

Submissão

É o papel complementar à dominação. Nesse caso, o indivíduo adota uma posição de subjugação que o coloca sob a vontade do dominante. A pessoa submissa obedece e permite as ações do parceiro, sempre de forma voluntária e consensual.

Sadismo

Refere-se a práticas eróticas nas quais uma pessoa obtém prazer infligindo dor ou humilhação à outra. Novamente, qualquer prática que se enquadre nesta categoria deve ser segura e consensual, uma vez que este termo nada tem a ver com sadismo criminoso.

Masoquismo

De forma complementar ao sadismo, no masoquismo o indivíduo obtém prazer em sofrer dores físicas ou psicológicas causadas pelo parceiro sexual. No entanto, sempre tem o poder de estabelecer limites que devem ser respeitados em todos os momentos.

Quais são os benefícios do BDSM?

Por ignorância, o BDSM foi estigmatizado e associado a conceitos como abuso ou perversão. Entretanto, é uma prática saudável que pode trazer diversos benefícios:

  • Favorece a comunicação entre os membros do casal. Cada ato deve ser voluntário e acordado. Por isso, os amantes precisam dialogar de forma assertiva para expressar suas preferências e limites e chegar a acordos.
  • Aumenta o conhecimento de si mesmo e do outro. A maior comunicação que se estabelece permite descobrir com maior profundidade quais são os gostos e desejos de si e do outro, o que pode ser muito excitante. Pelo mesmo motivo, o conhecimento mútuo vai aumentando. Além disso, como a pessoa dominante deve garantir o bem-estar do outro em todos os momentos e respeitar seus desejos, isso favorece o estabelecimento da confiança entre os dois.
  • Desperta a imaginação. Sendo uma prática sexual não convencional, o BDSM abre o caminho para a experimentação, fantasia e inovação. As práticas, funções e elementos podem ser variados para tornar cada encontro uma experiência única.
  • Pode ajudar a alimentar a paixão no relacionamento. Embora nem todas as pessoas se sintam atraídas por este tipo de dinâmica, para alguns casais este pode ser um elemento revigorante e estimulante que lhes permite escapar da rotina e da monotonia.
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O BDSM pode reacender a paixão do casal, pois quebra a rotina dos encontros sexuais.

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Esta prática apresenta riscos?

Não podemos perder de vista o fato de que o BDSM pode representar riscos à saúde física e psicológica se não for praticado adequadamente. Lesões na pele, hematomas, lesões musculares ou mesmo asfixia são alguns dos principais perigos. Além disso, pode gerar consequências emocionais se não houver consenso verdadeiro e respeito absoluto.

Para evitar que isso aconteça, você precisa ser informado, agir com cautela, sensatez e segurança. Converse, faça perguntas e esclareça com o parceiro sexual quais são os seus limites.

Como praticar BDSM?

Como você deve ter adivinhado, não existe uma maneira única de praticar o BDSM, pois ele inclui um conjunto muito diverso de práticas, embora com uma raiz comum. Elas incluem dominação física, interpretação de papéis, fingir ser animais de estimação, causar dor com agulhas e asfixia erótica.

Alguns casais se limitam a amarrar, usar algemas ou infligir uma dor leve para aumentar a excitação. Outros, por outro lado, estabelecem uma verdadeira dinâmica de domínio/submissão ao interpretar seus respectivos papéis dentro e fora do quarto.

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Existem aqueles que recorrem à dor física e aqueles que simplesmente se concentram no aspecto psicológico da humilhação. Da mesma forma, alguns o praticam assiduamente e outros apenas como uma alternativa específica. Em todo caso, é o casal que decide até onde levar o jogo.

Resumindo, o BDSM pode ser bastante agradável e estimulante para ambos os membros do casal. Se você tem curiosidade e quer começar a aplicar alguns dos seus elementos, não se esqueça de que a responsabilidade e o respeito são essenciais em todos os momentos. Você pode descobrir um novo mundo de sensações.


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