5 estratégias que toda mulher deve seguir para acabar com o estresse e a ansiedade
Escrito e verificado por médico Nelton Abdon Ramos Rojas
Apesar de todos sermos suscetíveis, as mulheres são mais sensíveis e inclusive mais relutantes em reconhecer que algo está errado; que a vida, às vezes, lhes pede muito mais do que podem dar, e acabam sofrendo de estresse e ansiedade.
Segundo a American Psychological Association, a mulher é até 28% mais inclinada do que o homem a sofrer de estresse, ansiedade e inclusive depressões, por exemplo.
Por trás destes dados muitas vezes se esconde um padrão biológico que as torna um pouco mais sensíveis a isso.
No entanto, somos frequentemente lembrados de que o papel da mulher em nossa sociedade é carregar muitos pesos nas costas.
Muitas vezes combinam sua profissão com o cuidado de familiares dependentes. Assim, trabalhar dentro e fora de casa, somado a muitas pressões, faz com que elas sintam que chegaram ao limite.
Apesar disso, há outro aspecto que não devemos descuidar.
Embora as mulheres sejam mais sensíveis ao estresse e a ansiedade, são os homens quem os gerenciam pior e sofrem com seu impacto em forma de infartos, insuficiências cardíacas, etc.
Por isso, todos nós devemos estar alertas aos seus indicadores. Porém, hoje em nosso espaço queremos oferecer 5 dicas básicas para que você gerencie melhor o estresse e a ansiedade. Confira!
1. Lembre-se: você não tem que demonstrar nada a ninguém
As mulheres sofrem níveis mais altos de estresse por causa de suas responsabilidades de trabalho.
Acreditem ou não, infelizmente continua existindo um sexismo marcado em nossa sociedade.
São muitas as mulheres que se veem na obrigação de ter que demonstrar diariamente que podem desempenhar as mesmas funções e responsabilidades de seus colegas homens.
Ainda mais, grande parte delas realiza complexos malabarismos em casa para poder cuidar dos seus filhos, conciliar horários, cuidar da família, manter sua vida social e cuidar de casa, por exemplo.
Tudo isso não é fácil, especialmente porque sempre está na própria mente da pessoa a ideia de que ela é obrigada a “suportar tudo, a agradar a todos”.
Assim, nunca é demais lembrar estas simples dimensões sobre as quais refletir:
- Não precisamos ficar obsessivas em demonstrar a cada momento que somos iguais, ou mais, competentes do que os homens;
- O ideal é nos concentramos em fazer as coisas como sabemos, no que nosso posto requer e dar sempre o melhor de nós, mas por nós mesmas, e não pelos outros.
Não procure se comparar a ninguém, procure sua própria excelência e, assim, você se sentirá muito melhor.
2. Lembre-se de suas prioridades, porque talvez elas não coincidam com as dos outros
O mundo exige que você ande depressa, que seja perfeita, tenha sucesso, cumpra com seus objetivos, que seja boa mãe, boa filha, excelente esposa e melhor amiga.
Agora, o que você realmente quer?
Vivemos em uma sociedade que já antecipa aquilo que devemos ser e o que se espera de nós só pelo nosso gênero.
- Nos livrar das imposições sociais, dos estereótipos e dos preconceitos que nos cerca não é fácil;
- Por outro lado, sabemos que muitos destes conceitos estão sendo derrubados pouco a pouco: a mulher está se empoderando, vai escalando em nossa sociedade para chegar a mais cenários públicos, para ter voz e deixar de lado as ideias retrógradas sobre gênero.
Mas, e o que podemos fazer a nível privado, em nossas casas e entornos mais próximos?
- Para que possamos gerenciar melhor o estresse e a ansiedade, devemos ser capazes de dar prioridade a nós mesmas;
- Fazer o que desejamos, em vez do que outros esperam, é o autêntico segredo do bem-estar emocional e psicológico.
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3. Compartilhar tempo com amigas, um bálsamo para o estresse
A amizade entre mulheres não só é parte da nossa socialização, mas também é terapêutico, saudável e muito benéfico para a nossa saúde emocional.
Ficar com nossas amizades mais significativas de forma regular é uma forma sensacional de canalizar o estresse, relativizar problemas, apagar medos,ansiedades e deter muitos de nossos pensamentos obsessivos ou ruminantes, por exemplo.
Não duvide nunca em dizer “sim” àquele convite para sair, para tomar um café ou uma cerveja com as amigas.
4. Dizer “não posso mais” não é sinônimo de fraqueza
Para a mulher, frases como “não posso”, “não é possível” ou “agora prefiro me concentrar em mim”, parecem ser proibidas.
É como se, ao dizê-las em voz alta, machucássemos alguém ou causássemos uma decepção mundial e irreversível.
No entanto, lembre-se: um “não” a tempo salva vidas, melhora o bem-estar, nos afasta do que não queremos e, além disso, nos permite ganhar em saúde mental.
Sendo assim, atreva-se a colocar isso cada vez mais em prática!
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5. Respire fundo, tudo vai ficar bem
Quando acreditar que já chegou ao limite, quando o estresse fizer presença na testa franzida e a ansiedade fizer seu coração palpitar, siga estas simples dicas:
- Inspire profundamente: note como o seu abdômen infla;
- Em seguida, retenha o ar por 4 segundos;
- Exale o ar pela boca ao longo de 6 segundos.
Então, agora, para você e em voz baixa, repita estas simples palavras: “Tudo vai ficar bem, confio em mim mesma. Sou forte, estou em paz. Estou em equilíbrio e as coisas vão melhorar”.
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- Foschi, M., Lai, L., & Sigerson, K. (2006). Gender and Double Standards in the Assessment of Job Applicants. Social Psychology Quarterly. https://doi.org/10.2307/2787159
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