Síndrome do professor queimado, o que é e como evitá-la

A síndrome do professor queimado, também conhecida como síndrome de burnout, é mais comum do que parece. Além de afetar o professor também pode ter consequências para os alunos.
Síndrome do professor queimado, o que é e como evitá-la

Última atualização: 23 agosto, 2022

Se tivermos filhos no ensino fundamental ou no médio, mesmo que sejamos professores, podemos encontrar vários exemplos da síndrome do professor queimado. Essa síndrome, também conhecida pelo nome de burnout, tem sérias consequências não apenas para o professor, mas também para os alunos.

Saiba tudo sobre esse transtorno.

As características da síndrome do professor queimado

Professor estressado

Quando uma pessoa sofre de síndrome do professor queimado, ela não gosta do seu trabalho. Um trabalho que, em geral, é vocacional. Ele está de mau humor quase o tempo todo, e só pensa em férias, ou em sair da sala para ir para casa. No entanto, vamos ver quais outras características um professor queimado possui:

  • Ignora seus alunos: O professor entra na classe e começa a dar o programa como se não houvesse alunos. Ele não os manda se calarem, e não faz caso deles. Dá a matéria sem se importar se estão ouvindo ou não. Quando a aula termina, ele sai.
  • Punir colocando deveres: Como é incapaz de administrar todo o nível de estresse que tem, e estar muito enfadado, se os estudantes não calarem a boca, interromperem, o ignorarem, ou se dedicarem a outro assunto em sua classe, irá puni-los colocando uma quantidade excessiva de lição de casa.
  • Deixa a sala: O excesso de ansiedade e estresse pode fazer com que o professor abandone a sala a qualquer momento, por ser incapaz de administrar o que está sentindo. Na maioria das vezes, ele acompanha isso batendo a porta.
  • Ele grita para os estudantes: O desespero que ele sente o faz gritar e mostrar, claramente, que está sobrecarregado pelas circunstâncias. Isso pode fazer com que o aluno perca o respeito.

Que consequências isso tem para os alunos?

A principal consequência sofrida pelos alunos é que eles não são capazes de acompanhar o ritmo da aula e, ainda menos, para resolver quaisquer dúvidas que possam surgir. O professor estará ausente, distante, e os alunos sentirão que não faz seu trabalho, isto é, ensinar e se preocupar com a compreensão do assunto.

Ocasionalmente, é comum que a síndrome do professor queimado faça com que o professor preste atenção apenas aos “melhores” alunos. Aqueles que têm qualificações desejáveis, ​​e que não têm uma grande dificuldade em memorizar conceitos, terão toda a atenção do professor, já que o seu trabalho é “fácil” neste caso, e irá poupar-lhe muito estresse.

O problema é que aqueles que acham mais difícil aprender ou entender o assunto estarão em desvantagem. Se eles tendem a tirar notas ruins, não irão melhorar por causa da atitude mostrada pelo professor.

Formas de evitar a síndrome do professor queimado

A síndrome do professor queimado pode ser evitada ou reduzida caso já tenha aparecido. Mas, para isso, é necessário que o professor esteja ciente do que está acontecendo com ele, e tenha interesse em mudar. Deve ficar claro que a culpa não é dos alunos. Uma mudança de perspectiva, e novas formas de atitude podem prevenir a síndrome de burnout.

Mais prática, menos teoria

Professora contente com alunos

Os alunos podem ler a teoria em casa. O que precisam é que na aula faça exercícios, e não adormeçam com as explicações do professor, ou a leitura do assunto. Portanto, devemos nos concentrar no assunto de uma maneira prática.

Desta forma os alunos ficarão mais entretidos fazendo os exercícios, ficarão menos distraídos, e se estiverem conversando entre si é para fazer algo produtivo, não perder tempo. Isso também ajuda o professor, que terá muito menos estresse, e se sentirá melhor.

Concentrar-se na aprendizagem dos alunos

É normal que não seja dado todo o programa. Por isso, antes de tentar condensar e dá-lo rapidamente, vamos tentar fazer como falado acima, e ser mais práticos. Vamos perceber que a teoria quando transformada em prática é entendida muito melhor.

Da mesma forma, o professor deve se concentrar nos alunos, atendendo às suas necessidades, resolvendo suas dúvidas. Além disso, seria positivo se eles pudessem fazer tutoriais caso haja perguntas que precisem de mais tempo para serem resolvidas. Desta forma, as horas de aula não serão consumidas. Certamente, essas dicas podem ajudar um professor a recuperar o prazer pelo trabalho que achava que havia perdido. Inevitavelmente, isso também irá aumentar a sua autoestima, e o ajudará a se sentir muito melhor e mais realizado.

Conclusão

Finalmente, estas são algumas características que podemos encontrar em um professor queimado. A síndrome do “burnouttambém afeta outros profissionais, como médicos. Não é algo isolado exclusivo do ensino.

Atualmente os profissionais de saúde podem tratar esse problema em sua prática. Assim, se você é um professor, ou pensa que está queimado em sua profissão e não consegue encontrar a saída, não hesite em pedir ajuda. Sem dúvida alguma, é importante porque isso pode levar a patologias graves, como a depressão.

Em conclusão, as sugestões de como melhorar as condições para um professor queimado são apenas isso, sugestões. O essencial é que a pessoa reconheça que tem um problema e tente resolvê-lo. O mais importante no final das contas é que possa realizar sua profissão corretamente e não prejudicar os alunos.

 


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