Logo image
Logo image

O que é melhor: lácteos integrais ou desnatados?

3 minutos
Os lácteos integrais, diferentemente dos desnatados, são mais saudáveis do que se imagina: não engordam e melhoram a saúde.
O que é melhor: lácteos integrais ou desnatados?
Marta Guzmán

Escrito e verificado por a nutricionista Marta Guzmán

Escrito por Marta Guzmán
Última atualização: 25 maio, 2022

Durante anos, foi-se dito que os lácteos desnatados eram melhores porque os integrais engordavam e produziam doenças cardiovasculares devido a quantidade de gordura. No entanto, existem cada vez mais estudos que desmentem este fato. Neste artigo explicaremos se os lácteos integrais são melhores do que os desnatados.

Lácteos integrais ou desnatados?

Os lácteos integrais sempre tiverem uma fama ruim devido a:

  • Calorias: os integrais possuem mais calorias que os desnatados, já que a gordura é o macronutriente que mais fornece calorias. Contuso, nos lácteos é simples eliminar esta gordura. Como se fosse lógico, menos calorias, menor risco de obesidade.
  • Gordura saturada: as gorduras saturadas sempre foram conhecidas como as gorduras ‘más’ porque podiam provocar doenças, como a diabetes e doenças cardiovasculares. Portanto, eliminá-las era uma vantagem a mais.

No entanto, ao eliminar gordura, eliminamos grande parte das vitaminas lipossolúveis A, D e E. Assim como, boa parte dos minerais.

Some figure

Leia também: 4 vitaminas importantes para a saúde da pele

Foram realizados numerosos estudos para comprovar se os lácteos integrais engordam ou melhoram a saúde em geral. Logo, mostramos a seguir diferentes estudos:

O peso e os lácteos

Em um estudo publicado na The American Journal of Nutrition, observaram as diferenças de peso entre quem consumia integrais e desnatados. Os resultados foram que o grupo que mais integrais consumia, reduzia em 8% seu risco de ter sobrepeso ou obesidade.

Além disso, neste artigo comprova-se que um alto consumo de gordura proveniente dos lácteos se associa com um menor risco de obesidade central e risco cardiovascular; por outro lado, uma baixa ingestão de gorduras de origem láctea foi associada com um maior risco de obesidade central.

A saúde e os lácteos

A maioria dos estudos não encontraram diferenças entre os integrais e desnatados, ou chegam em melhores resultados quando são consumidos os integrais. De fato, os lácteos integrais podem melhorar algumas doenças como:

  • Diabetes tipo 2.
  • Doenças cardiovasculares.
  • Síndrome metabólica.
  • Hipertensão.
  • Câncer colorretal.

Confira também o artigo: Legumes – fonte de vida e saúde

Para as crianças: integrais ou desnatados?

Some figure

É importante que as crianças consumam lácteos integrais, já que, como dizíamos anteriormente, nos desnatados perde-se uma proporção importante de vitaminas e minerais. Em um estudo em que foram incluídas 2745 crianças, observou-se que incluir leite integral estava associado com maiores concentrações de vitamina D no sangue e menor índice de massa muscular.

Há que pontuar que estes lácteos devem ser sem açúcares adicionados, já que para a população infantil existe uma grande oferta de produtos lácteos que contêm muito açúcar e conservantes, os quais acabam por serem prejudiciais.

Conclusão

No geral, há que personalizar cada caso, visto que os lácteos não são a principal causa de sobrepeso ou obesidade. Por isso, se o leite integral te parece muito pesado, pode optar pelo semidesnatado; também se consome vários copos de leite ao longo do dia.

Por outro lado, caso tenha que seguir uma dieta pobre em gorduras por algum motivo, pode ser que seja melhor os lácteos desnatados; o mesmo caso venha a praticar esporte posteriormente. Por fim, há que considerar alguns dados chaves:

  • Nem todas as gorduras são ‘más’, mas é necessário conhecer sua procedência. Como vimos, as gorduras saturadas do leite não contribuem para a obesidade nem para as doenças cardiovasculares.
  • Os lácteos integrais, devido a gordura, ajudam a saciar, o que pode nos fazer comer menos ao longo do dia.
  • Os lácteos desnatados costumam ser mais insossos e, por ter menos sabor, adicionamos açúcares e cereais refinados. Ou seja, retiram a gordura para incorporar outros componentes mais prejudiciais para a saúde.

Todas as fontes citadas foram minuciosamente revisadas por nossa equipe para garantir sua qualidade, confiabilidade, atualidade e validade. A bibliografia deste artigo foi considerada confiável e precisa academicamente ou cientificamente.


  • Rautiainen, S., Wang, L., Lee, I. M., Manson, J. E., Buring, J. E., & Sesso, H. D. (2016). Dairy consumption in association with weight change and risk of becoming overweight or obese in middle-aged and older women: a prospective cohort study. The American journal of clinical nutrition103(4), 979-988.
  • Kratz, M., Baars, T., & Guyenet, S. (2013). The relationship between high-fat dairy consumption and obesity, cardiovascular, and metabolic disease. European journal of nutrition52(1), 1-24.
  • Yu, E., & Hu, F. B. (2018). Dairy products, dairy fatty acids, and the prevention of cardiometabolic disease: a review of recent evidence. Current atherosclerosis reports20(5), 24.
  • Vanderhout, S. M., Birken, C. S., Parkin, P. C., Lebovic, G., Chen, Y., O’Connor, D. L., … & TARGet Kids! Collaboration. (2016). Relation between milk-fat percentage, vitamin D, and BMI z score in early childhood. The American journal of clinical nutrition104(6), 1657-1664.

Este texto é fornecido apenas para fins informativos e não substitui a consulta com um profissional. Em caso de dúvida, consulte o seu especialista.