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Meu filho tem medo de animais. O que devo fazer?

4 minutos
Para muitas crianças a experiência de ter um animal de estimação é insubstituível, enquanto outras perdem essa experiência por medo. Ajude-as a perder o medo de animais para aproveitar a diversidade da natureza.
Meu filho tem medo de animais. O que devo fazer?
Bernardo Peña

Revisado e aprovado por o psicólogo Bernardo Peña

Escrito por Equipe Editorial
Última atualização: 14 dezembro, 2022

Nem todas as crianças reagem da mesma maneira quando veem um cachorro ou outro animal de estimação. Algumas querem acariciá-los e se sentem muito atraídas. Outras preferem ficar de longe e demonstram que têm medo de animais. Não há razão específica para que isso aconteça. Às vezes, pode ser devido a uma má experiência anterior ou ao fato de terem sido ensinados que um animal desconhecido pode ser perigoso. Há também crianças que simplesmente se sentem intimidadas pela estranha figura do animal.

“Há crianças mais ativas e aventureiras, outras são mais calmas e menos dispostas à novas experiências. Estas sentem mais estresse em relação ao novo e ao desconhecido”, explica a Dra. Tracy Dennis, do Departamento de Psicologia da Hunter University, em Nova York.

Embora o medo seja um mecanismo de defesa que mantenha as crianças em uma área segura, é melhor ensiná-las a ter cautela e respeito, mas não o medo dos animais, pois isso os impede de ter uma experiência enriquecedora ao compartilhar uma amizade com os pets.

Como perder o medo dos animais?

Para dar esse passo entre o medo e o respeito há algumas recomendações que os pais podem seguir para orientar os filhos:

Tente entender o medo

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O medo é irracional. Portanto, forçar as crianças a não ter medo de animais não ajudará a eliminá-lo.

É melhor tentar entender o que os causa medo e buscar uma estratégia para ajudá-los a enfrentá-lo. Se, por exemplo, seu filho tem medo de um cachorro por causa de seu tamanho, não sugira que ele se aproxime de um cachorro grande. Quando estiverem com um cão pequeno e tranquilo, aproxime-se primeiro e encoraje-o a seguir você com a sua proteção.

Ensine-o a se aproximar do animal

As crianças podem se aproximar com emoção excessiva ou falta de jeito e assustar o animal, o que geralmente gera uma reação violenta da mascote que assustará ainda mais a criança.

É melhor orientá-lo em cada etapa e escolher cuidadosamente as palavras que usamos. É melhor evitar palavras que aumentem seu medo como “cuidado para não morder você” ou “não se aproxime demais que pode ser perigoso”. Use reforços positivos, como “aproxime-se com carinho, seja amável com o animal”.

Comece ensinando para a criança que sempre é preciso pedir permissão ao proprietário para saber se não há problema em abordar o animal. Depois é melhor que deixe o animal cheirar-lhe a mão antes de tentar acariciá-lo. Tanto os cães como os gatos se sentem mais confortáveis depois de inspecionar com o seu olfato uma pessoa nova para eles.

Tente distrair o animal acariciando seu rosto. Depois convida a criança a tocá-lo de um lado, preferivelmente que não o faça pela cauda, para evitar assustar o animal. O rosto do animal pode ser intimidante para a criança.

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Evite os filhotes

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Os animais jovens são mais imprevisíveis que os adultos. Por exemplo, para eles brincar pode significar morder, arranhar ou pular nas pessoas. Por outro lado, o que para um animal pode ser um gesto de confiança, alegria e carinho, para uma criança pode parecer um gesto hostil.

Aprenda a linguagem dos animais

Os animais domésticos têm sua maneira de se comunicar com as pessoas. Aprender esse idioma e ensiná-lo ao seu filho pode ser muito útil para facilitar um encontro.

Por exemplo: “A boca aberta com os lábios para trás, a língua para fora e o rosto relaxado é um convite para interagir”, diz Linda Case, autora do livro sobre cães “Guia para entender nossos dois melhores amigos”.

Ensine-lhe boas maneiras

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Como os filhotes, as crianças têm reações imprevisíveis. Certamente, esse medo pode transformar-se em excitação uma vez que o primeiro encontro com o animal seja bem-sucedido. Além disso, com essa emoção, suas ações podem assustar ou incomodar o animal. Explique-lhes que não devem empurrá-lo, carregá-lo do pelo ou prendê-lo pela cauda.

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Não leve um animal para casa

Muitos pais acreditam que é uma boa ideia levar um animal para casa. Sem dúvida alguma, a criança e o animal de estimação podem se acostumar um com o outro ao longo do tempo, mas passarão muitos dias de tensão desnecessária.

Finalmente, aguarde o seu filho estar pronto. Manter o animal em um quarto até que a criança comece a confiar nele não é aconselhável. O animal de estimação pode se tornar agressivo se isso acontecer, porque entende que sua função não é se socializar.

 

Este texto é fornecido apenas para fins informativos e não substitui a consulta com um profissional. Em caso de dúvida, consulte o seu especialista.