O que é ejaculação retardada?
Revisado e aprovado por bióloga, médica María Belén del Río
A ejaculação retardada é a dificuldade de ejacular apesar de uma ereção completa, com excitação suficiente e estimulação sexual adequada. Embora possa ocorrer durante a masturbação, é muito mais comum acontecer durante a relação sexual.
Esse transtorno pode gerar insatisfação na vida sexual e causar conflitos no relacionamento. Portanto, é importante que seja avaliado por um profissional de saúde o mais rápido possível.
A seguir, analisaremos as causas que levam a essa disfunção, assim como o diagnóstico e o tratamento adequado para a sua melhora.
Causas da ejaculação retardada
A ejaculação retardada pode ser causada por problemas psicológicos, físicos ou por certos medicamentos. No entanto, na maioria dos casos, ocorre devido a uma combinação dos dois primeiros fatores.
Causas psicológicas
O gozo sexual está intimamente relacionado à saúde mental do indivíduo. Portanto, a vida sexual de uma pessoa pode ser afetada se houver certos tipos de preocupações ou desconfortos psicológicos. A seguir, veremos quais são as causas psicológicas mais comuns que levam à ejaculação retardada:
- Transtornos de ansiedade, estresse e depressão.
- Distúrbios da percepção da imagem corporal.
- Baixa autoestima.
- Experiências sexuais traumáticas.
- Problemas com a parceira sexual: falta de atração ou medo de não atender às expectativas.
- Hábitos de masturbação: a masturbação apoiada por conteúdo pornográfico difícil de reproduzir no sexo “da vida real” pode gerar insatisfação.
Causas físicas
Vejamos algumas das causas físicas que levam à ejaculação retardada:
- Causas neurológicas: dano neurológico causado por derrames, lesões na medula espinhal ou diferentes neuropatias.
- Anomalias congênitas que afetam o sistema reprodutor masculino.
- Causa hormonal: déficit nos níveis de hormônios da tireoide ou baixos níveis de testosterona.
- Infecção do trato urinário.
Causas farmacológicas
Os medicamentos apresentados a seguir podem atrasar a resposta ejaculatória:
- Antidepressivos: especialmente ISRS (inibidores seletivos da recaptação de serotonina).
- Ansiolíticos.
- Anti-hipertensivos.
- Anticonvulsionantes.
- Drogas: álcool, anfetaminas, etc.
Diagnóstico da ejaculação retardada
- Histórico clínico: a exploração do histórico clínico do paciente pode esclarecer as causas do surgimento desse transtorno sem a necessidade de um exame físico. Assim, se a causa for farmacológica, a disfunção deve desaparecer após a descontinuação do tratamento.
- Exames de sangue para verificar sinais de, por exemplo, doença cardíaca, diabetes ou baixos níveis de testosterona não detectados anteriormente.
- Exame de urina para detectar possíveis infecções relacionadas ao trato urinário que podem causar ejaculação retardada.
- Exame físico: exame minucioso dos órgãos genitais masculinos que pode incluir palpação e teste de sensibilidade.
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Tratamento da ejaculação retardada
O tratamento vai depender da causa subjacente. Se for devido ao uso de um determinado tipo de medicamento, ele será suspenso, diminuído ou substituído por outro. No entanto, se a causa for física, alguns medicamentos podem ser usados para tratá-la. Caso a causa seja psicológica, será necessário um tratamento psicológico adequado.
Tratamento medicamentoso
Atualmente, não existem medicamentos especialmente projetados para tratar a ejaculação retardada. Por isso, costumam ser usados alguns medicamentos criados para tratar outras doenças, como:
- Amantadina: medicamento originalmente criado para tratar o mal de Parkinson.
- Buspirona: um ansiolítico.
- Cipro-heptadina: um anti-histamínico cuja função original é o tratamento de alergias.
Terapia psicológica
Dependendo do fato de a causa ser decorrente de problemas do casal ou problemas psicológicos do próprio indivíduo, será aplicado o tratamento psicológico apropriado.
Nos casos em que há falta de desejo sexual ou problemas no relacionamento, a terapia sexual pode ser aplicada com um profissional de saúde mental que orientará o tratamento no sentido de melhorar a intimidade e a comunicação emocional.
Por fim, se os problemas psicológicos do indivíduo forem os responsáveis, como por exemplo a depressão, ansiedade, distúrbio da imagem corporal ou baixa autoestima, o profissional aplicará o tratamento que considerar adequado para resolver esses problemas, para que o paciente possa manter uma vida sexual saudável e satisfatória.
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