Consciência ecológica: 7 tipos de embalagens de alimentos orgânicos e quais evitar

Revisado e aprovado por médico Leonardo Biolatto

Escrito por Jonatan Menguez

Última atualização: 12 março, 2023

O uso de plástico é um dos problemas ambientais mais urgentes que a humanidade deve enfrentar para reduzir o aquecimento global. Grande parte desses resíduos corresponde à indústria alimentícia e suas embalagens. Por isso, é importante conhecer os tipos de embalagens ecológicas para alimentos.

Milhões de toneladas de resíduos plásticos ficam paradas nos mares, afetando a saúde humana e animal, como mostra este estudo da Universidade de Sevilha. O longo tempo de degradação que esse material apresenta leva à busca de alternativas para o armazenamento e transporte de alimentos.

Vidro, aço inoxidável, madeira e bambu são opções viáveis.

Que tipos de embalagens ecológicas de alimentos existem?

Embalagens ecológicas referem-se a recipientes de alimentos menos poluentes do que aqueles cuja matéria-prima para fabricação é proveniente de combustíveis fósseis. Apresentam-se como uma alternativa às embalagens de plástico, que representam 40% da produção total desse material, segundo um estudo publicado na ScienceDirect.

Existem muitos materiais considerados mais ecológicos do que os plásticos quando se trata de embalagens de alimentos. Entre eles estão o vidro, bambu, madeira e aço inoxidável. A sua adoção tem múltiplas vantagens, como o facto de terem um período de decomposição mais curto, o que significa que são biodegradáveis ou compostáveis.

Por outro lado, não interferem no sabor dos alimentos e suportam altas temperaturas. Embora, dependendo do material, tenham uma durabilidade menor. No entanto, o cuidado ambiental é um dos motivos mais relevantes para habituar o consumo diário aos tipos de embalagens ecológicas de alimentos.

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Por que os diferentes tipos de embalagens ecológicas de alimentos são necessários?

De acordo com outro estudo da revista ScienceDirect, estima-se que entre 4,8 e 12,7 milhões de toneladas de plástico vão parar nos oceanos a cada ano. Isso gerou um acúmulo histórico em diferentes setores do planeta, onde já foram registradas pelo menos cinco ilhas formadas por resíduos plásticos.

Esses resíduos levam anos e às vezes décadas para se decompor. No entanto, após a exposição à radiação ultravioleta, vento e abrasão das ondas, o material se decompõe em partículas chamadas nanoplásticos.

Esses minúsculos pedaços afetam o ecossistema aquático, sendo ingeridos pela fauna marinha e, posteriormente, derivados para consumo humano. Isso é sugerido por vários estudos científicos, como este trabalho da Universidade de Granada.

A toxicidade das embalagens plásticas

Outro motivo para reduzir o consumo de embalagens plásticas é que dezenas de substâncias químicas utilizadas em sua produção são prejudiciais à saúde humana. De acordo com este estudo, 906 polímeros, adesivos e outros aditivos químicos estão envolvidos na composição das embalagens plásticas.

Desse total, 63 ocupam o primeiro lugar em termos de perigos para a saúde humana e 68, em relação ao perigo ambiental. E isso apenas levando em consideração os produtos químicos adicionados intencionalmente.

Existem outras impurezas que surgem durante o processo de fabricação ou são subprodutos da quebra de aditivos. Conhecidas como Substâncias Adicionadas Involuntariamente, ou NIAS (em inglês), elas apresentam outros perigos que são difíceis de determinar e investigar.

7 tipos de embalagens ecológicas de alimentos

Segundo relatórios da ONU, um milhão de garrafas plásticas são compradas no mundo a cada minuto e 500 bilhões de sacolas são usadas. Reduzir os plásticos de uso único é uma tarefa diária que também se aplica às embalagens de alimentos.

Diferentes estudos têm analisado alternativas mais ecológicas para armazenar, conservar e transportar alimentos. Alguns materiais utilizados são biopolímeros à base de nanofibra de celulose e óleo essencial, entre outros componentes. Trigo, madeira e bambu se colocam como elementos para fazer embalagens biodegradáveis.

Ou seja, eles se decompõem em condições ambientais naturais, graças à ação de agentes biológicos como fungos, plantas, bactérias, animais e o sol. Esses recipientes têm menos produtos químicos do que os plásticos, portanto, são favoráveis à saúde humana e ao meio ambiente.

1. Pratos e embalagens de madeira

As embalagens de madeira são reutilizáveis, ou seja, não são descartadas na primeira utilização. Um estudo publicado na ScienceDirect mostrou que recipientes de polpa de trigo e pratos de madeira são seguros para a saúde humana. Embora contenham alguns produtos químicos, a transferência para os alimentos é muito menor em comparação com os plásticos.

2. Garrafas de vidro

O vidro é um material durável, resistente, reciclável e com uma multiplicidade de usos. De acordo com este estudo, os recipientes de vidro dedicados aos alimentos são recomendados. Isso se deve às suas propriedades antibacterianas e à baixa migração de substâncias tóxicas para os alimentos.

As garrafas de vidro estão sendo usadas cada vez mais e os designs para todas as ocasiões são abundantes. Mas atenção especial deve ser dada à sua higienização para evitar o acúmulo de bactérias no bico.

3. Copos PLA

Os copos com PLA são muito parecidos com os comuns, possuem um tom transparente e são ideais para água, sucos e qualquer bebida gelada. Mais e mais pessoas os usam devido à sua natureza compostável. Ou seja, degradam-se em ambientes naturais e em um tempo mais curto.

Além disso, funcionam para a formação de fertilizantes em usinas de compostagem. Eles são feitos de um polímero ecológico de amido de batata, amido de milho e outras plantas. Uma variante com outros aditivos, chamada CPLA, é usada para suportar temperaturas mais altas.

4. Tipos de embalagens ecológicas de alimentos com casca de arroz

As embalagens feitas com casca de arroz, obtida na cultura do arroz, são biodegradáveis, econômicas e resistentes. Além disso, um estudo científico descobriu que esse material absorvente tem potencial para remover vários contaminantes. Diferentes recipientes para o transporte de alimentos estão disponíveis para venda.

5. Bambu

As fibras de bambu são amplamente utilizadas para fazer recipientes biodegradáveis, como tigelas, caixas, tampas e frascos. Um estudo publicado na ScienceDirect destaca suas propriedades mecânicas e térmicas como altamente vantajosas para esse fim. No entanto, tem a desvantagem de se desgastar mais rapidamente do que outros materiais.

6. Cana-de-açúcar

O bagaço da cana-de-açúcar é um conjunto de fibras que sobraram do processo industrial dessa usina. Esse material começou a servir de base para a fabricação de pratos e recipientes para distribuição de alimentos. Um estudo verificou seu potencial de armazenamento graças à sua resistência a altas temperaturas.

7. Aço inoxidável

Nada melhor que um material resistente, durável, inox e reutilizável para armazenar alimentos. É uma opção que conta com objetos como lancheiras e garrafas térmicas. Além disso, recipientes com tampas herméticas são frequentemente usados para o armazenamento de grãos, farinhas e especiarias.

Além do exposto, esse é um material bastante amigável com o meio ambiente. Acontece que, pela própria resistência, durabilidade e capacidade inox, quando descartados os recipientes e elementos feitos desse material, eles podem ser reciclados com muita facilidade. Da mesma forma, como dizem os especialistas, o aço inoxidável é amplamente utilizado em outros setores, como a construção, porque ajuda a economizar energia e água.

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Plásticos descartáveis: o que são e quais devemos evitar

São objetos feitos com materiais plásticos, feitos a partir de derivados do petróleo, e que são descartados após o primeiro uso. Isso gera sérios danos ao meio ambiente, já que levam anos e até décadas para se degradarem.

Mas não é o único perigo que esses objetos representam, já que a embalagem de alimentos em plásticos acarreta o risco de transferência de substâncias tóxicas. Numerosos estudos, como o publicado no portal científico Salud Ambiental, comprovam que materiais em contato com alimentos são uma via de exposição para substâncias químicas perigosas.

Isso inclui alguns conhecidos e outros não caracterizados toxicologicamente. Portanto, é conveniente evitar o consumo dos seguintes plásticos descartáveis:

• Copos e talheres descartáveis.
• Canudinhos ou canudos.
• Envoltórios.
• Garrafas.
• Sacolas.

Dicas para deixar de usar plásticos e aplicar outros tipos de embalagens ecológicas de alimentos

Existem novas leis na Espanha e na União Europeia que limitam a venda de plásticos descartáveis. No entanto, também existem ações individuais que podem ser tomadas na vida cotidiana. Por exemplo, leve sacolas de pano para ir às compras e use itens de higiene recicláveis ou reutilizáveis.

Em relação aos alimentos, é importante evitar utensílios e embalagens de uso único, priorizando tipos de embalagens de alimentos orgânicos. Esses objetos são cada vez mais fabricados e comercializados, pelo que a oferta disponível é diversificada.