Biorretroalimentação: combata o estresse por meio de técnicas de relaxamento
O termo biorretroalimentação ou biofeedback ainda não é muito conhecido, mas os benefícios desta técnica são interessantes. Se você está estressado há algum tempo e nada funcionou para você, talvez seja a hora de tentar.
A biorretroalimentação pode ajudá-lo, mas por que escolhemos esse conceito? A que se refere? É um tipo de terapia que utiliza sensores. Eles se conectam ao seu corpo e o que fazem é medir as funções corporais para determinar o seu nível de estresse.
Como isso pode ajudar? A técnica permite que você saiba melhor como o corpo funciona para poder controlar o estresse. Vamos explicar tudo com mais detalhes a seguir. Continue conosco.
Como funciona a biorretroalimentação?
O biofeedback funciona de maneira muito simples. Colocam-se sensores em regiões específicas do seu corpo, por exemplo, nos lóbulos das orelhas ou no couro cabeludo. O importante é que estejam em contato com a pele.
Há algo muito interessante: você participará de maneira ativa no processo. O que isto significa? Bem, o biofeedback não é uma técnica em que você participará de maneira passiva. Nesse caso, você observará os resultados exibidos em uma tela em tempo real para saber como está reagindo.
É por esta razão que o St. Jude Children’s Research Hospital enfatiza que este é um processo interativo no qual você alcança uma conexão com o corpo que nunca conseguiu antes.
Métodos de biorretroalimentação
Os métodos de biofeedback são adaptados às necessidades individuais. Dependendo dos problemas de saúde que você está tendo, será escolhido o mais adequado para o seu caso. Esta individualização garante um melhor resultado.
Portanto, antes de começar, é aconselhável fazer uma entrevista pessoal para saber do que você precisa, porque o estresse pode nos afetar de diversas maneiras.
Ondas cerebrais
Este é um dos métodos de biorretroalimentação recomendados se você tende a sofrer de enxaquecas ou de dores de cabeça por estresse. Os sensores serão colocados no couro cabeludo ou nas têmporas, e o que você verá serão ondas cerebrais graças a um EEG.
É uma maneira interessante de descobrir como o estresse afeta o cérebro. É incrível!
Respiração
Outro método concentra-se na respiração se o estresse o impedir de ter uma dinâmica respiratória adequada ou se você sofrer de sensação de falta de ar. Os sensores costumam ser colocados no abdômen e no tórax para analisar o padrão e a frequência respiratória.
Frequência cardíaca
Um coração que bate muito rápido (taquicardia) pode encontrar respostas na biorretroalimentação. Com os sensores dispostos no tórax, na parte inferior do tronco e nos pulsos, você poderá saber como é a sua frequência cardíaca e as variações que ela apresenta. Pode ser que, antes que o estresse chegue, seu coração comece a bater com mais frequência, ficando à frente do próprio estresse.
Contração muscular
Cãibras, músculos tensos, contraturas. O estresse pode causar danos ao corpo, e o biofeedback também aborda isso.
Colocam-se sensores nos músculos esqueléticos para observar de perto a atividade elétrica que está causando a contração dos músculos.
Atividade das glândulas sudoríparas
Na biorretroalimentação, você pode observar como está a atividade das suas glândulas sudoríparas. Como você bem sabe, devido ao estresse, você pode suar mais do que o normal ou transpirar muito.
Com os sensores que serão colocados em volta dos dedos ou na palma das mãos, você poderá analisar como o seu corpo responde ao estresse.
Você pode se interessar: Como evitar a transpiração excessiva: conselhos infalíveis
Temperatura
Para terminar, outro dos métodos do biofeedback é medir a temperatura, já que com o estresse ela tende a diminuir ou, às vezes, a subir. Como seu corpo responderá? Você pode descobrir com os sensores que serão colocados em seus dedos.
Benefícios da biorretroalimentação
Agora que você sabe um pouco mais sobre biofeedback, certamente já percebeu seus benefícios. Mas vamos dar mais detalhes para que não fique nenhuma dúvida. Os métodos expostos ajudam você a conhecer melhor o seu corpo e como ele responde ao estresse.
Mas, para que isso pode servir? Bom, para aprender a antecipar um episódio de estresse ou ansiedade, acalmar a sua respiração, fazer uma caminhada para se tranquilizar. Dessa forma, você evitará o que já sabe que está acontecendo com você, desde um batimento cardíaco acelerado, falta de ar e nervosismo até dores de cabeça.
Não deixe de ler: Como melhorar a rotina noturna para dormir melhor?
O biofeedback também é benéfico para que você possa resolver seus problemas de sono, controlar melhor as náuseas e a incontinência (urinária ou fecal) que às vezes estão ligados ao estresse. Alguns estudos explicam o seu efeito sobre a prisão de ventre. Conhecer o seu corpo o ajudará a estar mais atento ao controle necessário.
Contraindicações para a biorretroalimentação
Apesar de todas as vantagens que esse tipo de terapia apresenta, é claro que há contraindicações. A Clínica Mayo alerta sobre o seguinte:
- Caso você tenha algum distúrbio de pele, os sensores usados neste tipo de terapia podem gerar uma alergia. Portanto, se você tende a sofrer de eczema ou dermatite, é melhor perguntar primeiro ao seu médico se ela é segura para você.
- Se você está tendo um problema de ritmo cardíaco, o biofeedback pode não dar resultados promissores sobre como você reage ao estresse. Nesta situação, também o aconselhamos a discutir o assunto com o seu cardiologista.
Escolha um profissional especialista em biorretroalimentação
Você está interessado nesta técnica? Se sim, é importante que você escolha bem o profissional, que deve ser um terapeuta credenciado. Certifique-se de que a pessoa escolhida responda a todas as perguntas que você possa ter sobre como o procedimento será realizado.
A verdade é que a biorretroalimentação tem muitos benefícios. Se você já experimentou, conte para nós como foi a sua experiência.
Todas as fontes citadas foram minuciosamente revisadas por nossa equipe para garantir sua qualidade, confiabilidade, atualidade e validade. A bibliografia deste artigo foi considerada confiável e precisa academicamente ou cientificamente.
- Aguilar, G. (1984). Biorretroalimentación térmica para el tratamiento de la migraña clásica: Un estudio de línea base múltiple entre sujetos. Revista de Análisis del Comportamiento.
- Moscoso, M. S. (1983). Perspectiva histórica de la biorretroalimentación. Revista latinoamericana de psicología, 15(1-2), 11-33.
- Naranjo Hernández, D., García Freyre, I., & Companioni Acosta, S. (1999). Biorretroalimentación como método terapéutico: Informe preliminar. Revista Cubana de Medicina, 38(1), 7-12.
- Adame, Enrique Coss, and Cynthia Fernanda Guerrero Hernández. “La biorretroalimentación en el estreñimiento.” Estreñimiento crónico, síndrome de intestino irritable y enfermedad inflamatoria intestinal: 61.
- Thomson, S. A. (1983). Los usos de la biorretroalimentación en psicoterapia. Revista latinoamericana de psicología, 15(1-2), 47-61.