Antieméticos para prevenir náuseas e vômitos

Certos medicamentos usados ​​para combater o câncer podem causar náuseas e vômitos. Felizmente, já existem muitas opções eficazes na prevenção e no alívio desses sintomas associados à quimioterapia.
Antieméticos para prevenir náuseas e vômitos

Escrito por Equipe Editorial

Última atualização: 15 janeiro, 2023

Atualmente, temos diferentes medicamentos que são eficazes na prevenção de náuseas e vômitos de diferentes origens. Eles são chamados de antieméticos.

É importante diferenciar os dois termos. A náusea é uma sensação desagradável na garganta e no estômago que geralmente precede o vômito. Costuma ser acompanhada por outros sintomas, como palidez, sudorese, salivação excessiva e, às vezes, diminuição da pressão arterial e do número de batimentos cardíacos por minuto.

Após a náusea, ocorrem as ânsias de vômito, que são o esforço próprio para esvaziar o conteúdo gástrico. Estas são fortes contrações dos músculos da parede abdominal. Elas visam criar a pressão necessária para vomitar.

As ânsias podem ocorrer juntamente com os vômitos, precedê-los ou segui-los. Por último, o vômito, conhecido clinicamente como êmese, é o esvaziamento ou expulsão rápida e energética do conteúdo gástrico. Às vezes, o conteúdo intestinal também é expulso.

O que são os antieméticos?

Antieméticos para prevenir náuseas e vômitos

Como o nome sugere, medicamentos antieméticos são aqueles usados ​​para prevenir náuseas e vômitos. Eles geralmente são indicados para tratar enjoo e os efeitos colaterais dos seguintes grupos farmacológicos:

Os antieméticos são divididos em diferentes grupos, dependendo do mecanismo de ação que apresentam. Dessa forma, eles serão eficazes em diferentes situações, dependendo da causa que está provocando as náuseas e os vômitos.

Nesse sentido, veremos os antieméticos mais amplamente utilizados para prevenir náuseas e vômitos dependendo da sua origem.

Antieméticos para prevenir náuseas e vômitos

Para a gravidez

As náuseas e os vômitos durante a gravidez afetam cerca de 80% das mulheres. Geralmente são leves e, na maioria da vezes, desaparecem até a 20ª semana de gestação.

As evidências clínicas sobre o tratamento da hiperêmese gravídica são muito limitadas. Além disso, na maioria dos casos, foram realizados estudos em pacientes com esses sintomas da forma mais leve.

Nesse sentido, em alguns países, apenas a doxilamina é autorizada como antiemético para prevenir náuseas e vômitos durante a gravidez. É um antagonista antiemético dos receptores da histamina H1.

Como segunda linha, a metoclopramida, um antagonista da dopamina, costuma ser administrada. No entanto, este medicamento não deve ser administrado por mais de 5 dias, na dose de 10 mg até três vezes ao dia. A ondansetrona também é administrada como uma segunda linha. Como terceira linha, é indicada a metilprednisolona, ​​ajustando a dose ao mínimo efetivo.

Quimioterapia

Quimioterapia

Certos medicamentos usados ​​para combater o câncer podem causar náuseas e vômitos. Felizmente, já existem muitos medicamentos eficazes na prevenção e no alívio desses sintomas associados à quimioterapia.

Entre os antieméticos mais utilizados para esses casos, encontramos:

  • Corticosteroides: têm siso utilizados ​​com sucesso há muitos anos, principalmente para prevenir náuseas e vômitos tardios. Um exemplo desses medicamentos é a dexametasona, que pode ser administrada de várias formas diferentes.
  • Antagonistas da serotonina: bloqueiam substâncias naturais que enviam ao cérebro o sinal que provoca os vômitos. Evitam náuseas e vômitos agudos e retardados. Alguns dos mais utilizados são ondasetrona, granisetrona e dolasetrona.
  • Inibidores da NK-1: estes medicamentos são os mais novos. O aprepitanto é usado quando a quimioterapia apresenta grande probabilidade de causar náuseas e vômitos agudos ou retardados. É tomado antes de uma sessão de quimioterapia e durante os dois dias posteriores.

Tonturas ou cinetose

Cinetose

As tonturas e enjoos que ocorrem durante as viagens também são chamadas de cinetose ou “mal do movimento”. É definido como o aparecimento de náuseas, vômitos e sintomas produzidos pela aceleração e desaceleração linear e angular de forma repetida.

Para reduzir os sintomas, recomenda-se tomar um medicamento que diminua a reatividade do labirinto. Assim, as recomendações são:

  • Para um adulto: 2 horas antes da viagem, tomar 30 mg de um antiemético denominado cinarizina. A dose pode ser repetida a cada 8 horas. Também pode ser administrado entre 50 e 100 mg de dimenidrinato (Biodramina), que pode ser repetido a cada 6 ou 8 horas.
  • Crianças: a dose deve ser ajustada de acordo com a bula informativa de cada medicamento. Entretanto, a utilização de tietilperazina não é recomendada.

Conclusão

Felizmente, atualmente temos uma ampla gama terapêutica para prevenir náuseas e vômitos dependendo da sua origem. Entretanto, como sempre indicamos, consulte o seu médico ou farmacêutico se você tiver alguma dúvida sobre esses medicamentos para melhorar a eficácia terapêutica que esses antieméticos oferecem.


Todas as fontes citadas foram minuciosamente revisadas por nossa equipe para garantir sua qualidade, confiabilidade, atualidade e validade. A bibliografia deste artigo foi considerada confiável e precisa academicamente ou cientificamente.


  • Madridejos Mora, R., & Hernández Corredoira, V. (2005). Antieméticos. FMC – Formación Médica Continuada En Atención Primaria. https://doi.org/10.1016/s1134-2072(05)71267-6
  • Castro, M. C., Araújo, S. A. de, Mendes, T. R., Vilarinho, G. S., & Mendonça, M. A. O. (2014). Effectiveness of antiemetics in control of antineoplastic chemotherapy-induced emesis at home. Acta Paulista de Enfermagem. https://doi.org/10.1590/1982-0194201400069
  • Bhardwaj, N., Bala, I., Kaur, C., & Chari, P. (2004). Comparison of Ondasetron with Ondansetron Plus Dexamethasone for Antiemetic Prophylaxis in Children Undergoing Strabismus Surgery. Journal of Pediatric Ophthalmology and Strabismus.

Este texto é fornecido apenas para fins informativos e não substitui a consulta com um profissional. Em caso de dúvida, consulte o seu especialista.