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A alimentação pode afetar a pele?

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De acordo com as evidências disponíveis, podemos afirmar que a alimentação pode afetar a pele de várias maneiras. Em alguns casos, a dieta facilita ou aumenta alguns problemas cutâneos; em outros, a alimentação ajuda a prevenir a deterioração da pele e certas patologias.
A alimentação pode afetar a pele?
Escrito por Edith Sánchez
Última atualização: 09 agosto, 2022

Há quem se pergunte se é verdade que a alimentação pode afetar a pele. A resposta é afirmativa. A influência não é tão grande quanto às vezes se aponta, mas, sem dúvida, a nutrição afeta tanto a saúde da pele quanto a da maioria dos órgãos.

Em relação a esse assunto, existem vários mitos e preconceitos, mas também estudos científicos. Eles evidenciam o fato de que a alimentação pode afetar a pele. Alguns alimentos fortalecem esse órgão, enquanto a deficiência de certos nutrientes leva a problemas dermatológicos.

Assim como a alimentação pode afetar a epiderme de forma negativa, os nutrientes também ajudam a prevenir ou tratar certas patologias ou formas de desgaste da pele. Em alguns tratamentos, é essencial que sejam feitas modificações na dieta para obter resultados.

A alimentação pode afetar a pele?

A pele é o maior órgão do corpo, de acordo com uma pesquisa publicada em 2019. Ela representa cerca de um sexto do peso corporal. Possui múltiplas e importantes funções que incluem, entre outras:

  • Proteção contra agentes externos.
  • Termorregulação.
  • Absorção de raios ultravioleta.
  • Produção de vitamina D.
  • Manutenção do equilíbrio hídrico.
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Assim como acontece com outros órgãos, a alimentação interfere na saúde da pele. Portanto, é importante garantir o consumo de alguns nutrientes essenciais.

Existem várias patologias que se refletem na pele e que têm a ver com a nutrição. É o caso do marasmo e da pelagra, duas doenças causadas pela deficiência de vitamina C ou de proteínas. Da mesma forma, as dietas com baixo teor de ferro estão associadas à alopecia, enquanto o consumo de álcool aumenta os sintomas de psoríase e rosácea.

Em contraste, não há evidências científicas de que os alimentos ricos em gordura estejam associados à acne ou a outros problemas semelhantes. Também não foi evidenciada a influência do chocolate na boa saúde da pele, como geralmente se acredita.

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Envelhecimento e nutrição

O envelhecimento é um dos processos em que fica evidente como a alimentação pode afetar a pele. É preciso dizer que esse fenômeno tem dois componentes principais. O primeiro é o envelhecimento extrínseco, causado por fatores ambientais, principalmente a radiação solar.

O segundo é o envelhecimento intrínseco, que é causado por determinações genéticas e pelo estilo de vida. Dentro deste último ponto está incluída a alimentação. A ciência foi capaz de estabelecer que o dano oxidativo acumulado, juntamente com a diminuição da função metabólica, causa a inflamação da pele e leva ao envelhecimento cutâneo. Essa associação se refletiu em um artigo publicado na revista Anais Brasileiros de Dermatologia.

Também foi demonstrado que os alimentos ricos em antioxidantes são úteis para reduzir o efeito dos radicais livres e, portanto, para retardar o envelhecimento da pele. O mais adequado é comer frutas e vegetais em abundância.

Alimentação, acne e danos causados ​​pelo sol

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As evidências sugerem que alguns alimentos podem piorar os sintomas de problemas como a acne.

Alguns estudos indicam que os laticínios, assim como os alimentos ricos em açúcar, pioram as peles com acne. Este grupo inclui os suplementos à base de lactose. O chocolate tem efeitos prejudiciais apenas se houver açúcar na sua composição. O cacau em si não afeta a acne.

Por outro lado, sabe-se que os alimentos ricos em betacaroteno ajudam a proteger a pele dos danos do sol. Eles também protegem o sistema imunológico dos efeitos dos raios ultravioleta. Em outras palavras, uma alimentação rica em betacaroteno previne o fotoenvelhecimento e o câncer de pele.

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Alterações cutâneas e alimentação

Foi feita uma classificação dos problemas de pele associados à alimentação, dividindo-os em quatro grupos. O primeiro corresponde às alterações de pele intimamente relacionadas à dieta. A mais proeminente delas é a dermatite herpetiforme. Essa condição está diretamente associada ao consumo de glúten.

O segundo grupo é o de alterações cutâneas que provavelmente estão relacionadas à alimentação. Estas seriam a dermatite atópica, a acne, a psoríase, o pênfigo, a urticária e a dermatite de contato. Essas anomalias frequentemente estão relacionadas a alérgenos alimentares que, em 90% dos casos, correspondem a trigo, leite, soja, peixes, ovos e amendoim.

No terceiro grupo estão as anomalias relacionadas ao déficit nutricional, entre as quais se encontram: kwashiorkor, pelagra, escorbuto e marasmo. As deficiências alimentares levam a essas doenças. Por fim, existe o grupo das alterações cutâneas relacionadas ao excedente nutricional.

Neste último caso, as doenças associadas são obesidade, carotenemia e licopenemia. Existem diversas condições que aparecem com mais frequência em pessoas obesas, tais como intertrigo candidiásico, estrias e assim por diante.

A carotenemia é causada pelo consumo excessivo de carotenos e a licopenemia pelo consumo excessivo de frutas com alto teor de carotenoides.

A má alimentação se reflete na pele

Como você pode ver, a alimentação inadequada pode se refletir na saúde e na qualidade da pele. Existem doenças dermatológicas ligadas a deficiências nutricionais ou ao consumo excessivo de substâncias com capacidade inflamatória e oxidativa.

Por isso, é importante manter uma alimentação variada e equilibrada, priorizando a ingestão de alimentos frescos ao invés dos ultraprocessados.


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