3 conselhos para lidar com a síndrome da fadiga crônica
Revisado e aprovado por bióloga, médica María Belén del Río
A síndrome da fadiga crônica é uma doença que se caracteriza por uma ampla variedade de sintomas. No entanto, o mais comum é uma exaustão intensa e prolongada que afeta em grande medida a qualidade de vida de quem sente esse sintoma. Então como lidar essa síndrome?
Não existe uma única cura. No entanto, há algumas opções de tratamento que contribuem para aliviar os sintomas. Por isso, neste artigo vamos nos focar em alguns conselhos efetivos para ajudar a lidar com essa doença.
A síndrome da fadiga crônica: causas e sintomas
Para começar, a síndrome da fadiga crônica não tem uma causa conhecida. No entanto, ela está relacionada a possíveis infecções virais ou a períodos prolongados de grande estresse psicológico.
O que se conhece são seus sintomas, os quais são muito variados e podem afetar cada pessoa de maneira muito diferente. Os mais frequentes são os seguintes:
- Fadiga e exaustão intensa e constante, especialmente depois de qualquer esforço físico ou mental.
- Dor muscular ou articular e outras dores como, por exemplo, de cabeça ou de garganta.
- Problemas de memória e dificuldade para se concentrar.
- Dor de garganta.
- Nódulos linfáticos aumentados.
- Dificuldade para descansar à noite.
- Tonturas.
- Baixo estado de ânimo.
- Transtornos gastrointestinais.
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3 conselhos para lidar com a síndrome da fadiga crônica
1. Melhorar a dieta
Em primeiro lugar, podemos nos focar na dieta para procurar uma melhoria no estado de saúde de quem tem a síndrome da fadiga crônica. Uma alimentação completa e equilibrada pode ajudar a superar algumas carências nutricionais habituais nessa doença, o que levaria a uma melhoria dos sintomas.
Além disso, os estudos demonstram que uma boa dieta nos leva a melhorar a microbiota intestinal. E isso repercutiria de maneira positiva na inflamação, na função neurocognitiva e na ansiedade. Para isso, uma boa opção é o consumo de fermentados (kefir, kombucha, chucrute, etc.).
Ademais, recomenda-se o consumo de alimentos ricos em antioxidantes, como, por exemplo, o cacau e o pólen. Em contrapartida, é necessário abrir mão de outros que poderiam ser prejudiciais, como o álcool, a cafeína, alguns tipos de gorduras, os laticínios ou o glúten. O médico será o responsável por detectar possíveis intolerâncias alimentares.
2. Frequentar terapias de apoio
Há diferentes tipos de terapia que podem funcionar como um grande suporte físico e emocional para lidar com a síndrome da fadiga crônica. Por exemplo, a terapia cognitivo-comportamental ou a terapia de exercício gradual.
As terapias englobam três âmbitos:
- Cognitiva: Propõe estratégias para combater os sintomas da síndrome.
- Terapia física: Um fisioterapeuta pode ajudar a aumentar a atividade física de maneira personalizada e gradual.
- Terapia psicológica: Oferece apoio emocional para combater a ansiedade e a depressão.
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3. Recorrer a suplementos nutricionais
Por fim, alguns suplementos nutricionais demonstraram sua efetividade na hora de aliviar os sintomas da síndrome da fadiga crônica. Eles ajudam a combater algumas carências comuns em pessoas que sofrem dessa doença.
O mais recomendável é procurar um médico para realizar exames de rotina. Desse modo, podemos descobrir quais nutrientes estão em falta, o que pode nos ajudar a definir um tratamento complementar personalizado.
Os suplementos mais adequados para a síndrome da fadiga crônica são os seguintes:
- Acetil-L-Carnitina: esse aminoácido pode melhorar o estado cognitivo e também a função física.
- Ácidos graxos essenciais: Podem ser benéficos para aliviar alguns sintomas como o cansaço, a dor muscular, a falta de concentração e a depressão.
- Magnésio: esse mineral é um suplemento efetivo para múltiplos transtornos e pode aliviar as dores, melhorar a saúde muscular e o sistema nervoso.
- Vitamina B12: essa vitamina pode ser útil para combater a fadiga crônica, mas requer exames prévios. Sua deficiência está relacionada à fadiga, às mudanças neurológicas e aos transtornos gastrointestinais, entre outros.
- Antioxidantes: por exemplo, o ácido lipoico, a vitamina C e a vitamina E, que ajudam a proteger as células de lesões por estresse oxidativo e também melhoram a função mitocondrial.
- Coenzima Q10: as pessoas com fadiga crônica costumam ter déficits desse nutriente.
Em conclusão…
Esses três conselhos são estratégias que podem ser muito úteis para ajudar em caso de sofrer de síndrome da fadiga crônica. Com o acompanhamento médico adequado, podemos verificar como a dieta, a terapia e os suplementos podem nos ajudar na hora de aliviar os sintomas.
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