Titan sofreu uma "implosão catastrófica": por que isso aconteceu?

Após dias de buscas angustiadas e tensão constante, o pior cenário foi confirmado: a morte dos cinco tripulantes que estavam a bordo do Titan, propriedade da OceanGate ®. O submarino estava indo em direção aos destroços do Titanic.

As autoridades dos Estados Unidos relataram uma possível “implosão catastrófica” após a descoberta de novos destroços perto da área de busca. Embora as investigações tenham começado para determinar as causas exatas da morte dos tripulantes e a busca pelos corpos esteja em andamento, é importante entender em que consiste uma implosão e o que poderia tê-la causado. Continue lendo para entender.

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O que é uma implosão catastrófica?

Neste momento, uma das perguntas mais comuns é o que implica uma implosão, o processo que levou ao desaparecimento do Titan e à trágica morte de:

• Stockton Rush, fundador da OceanGate Expeditions ®,
• Hamish Harding, empresário britânico,
• Paul Henri Nargeolet, explorador francês,
• Shahzada Dawood, empresário paquistanês,
• e seu filho Suleman Dawood.

Nossos corações estão com essas cinco almas e cada membro de suas famílias neste momento trágico. Lamentamos a perda de suas vidas e a alegria que trouxeram a todos que conheceram eles.

Uma implosão é um fenômeno físico desencadeado por pressão. No caso de um submarino, apesar da pressão externa ser elevada, deve-se manter no seu interior uma pressão semelhante à atmosférica para garantir a sobrevivência da tripulação.

Porém, se a estrutura do submersível não for sólida ou sofrer algum tipo de deterioração, o casco pode ceder sob a enorme carga que suporta. Isso resulta em destruição completa.

Deve-se notar que em uma implosão, ao contrário de uma explosão, o colapso ocorre para dentro, e não para fora. Esse processo é extremamente rápido, ocorrendo em apenas 20 a 40 milissegundos.

Saiba mais sobre as razões pelas quais o OceanGate ® Titan colapsou

Durante a descida em busca dos restos do Titanic, o submarino OceanGate Expeditions® enfrentou uma enorme pressão gerada pela imensa quantidade de água que o cercava e estava acima dele. Nessas profundidades, a pressão chega a 5.600 libras por polegada quadrada.

Esse valor é centenas de vezes maior do que a pressão que experimentamos na superfície.

Levando em consideração essas informações, é possível que a pressão tenha vencido a resistência do casco do submarino Titan, causando deformações em sua estrutura. Por sua vez, causou a perda da vida da tripulação.

É importante notar que os restos do Titanic estão a quase 4.000 metros abaixo do nível do mar. E os fragmentos do submarino foram encontrados a cerca de 500 metros da proa do famoso transatlântico.

Os cinco fragmentos encontrados incluem o convés traseiro do submersível e um cone da frente.

Embora a profundidade exata em que o Titan estava no momento da implosão ainda seja desconhecida, a imensa pressão sob a qual ele estava torna qualquer vazamento fatal. Esses incidentes podem estar relacionados aos “ruídos subaquáticos” detectados pela Guarda Costeira dos Estados Unidos durante a madrugada de quarta-feira.

No entanto, o contra-almirante John Mauger, da Guarda Costeira, apontou que ainda é muito cedo para determinar o momento exato da implosão. No entanto, como é a hipótese mais forte até agora, o vídeo que recria o destino que o Titan teria sofrido já foi visto por milhões de pessoas.

O caso do Titan lembra os desafios das expedições

Em resumo, o incidente envolvendo o Titan, e a perda de vidas de sua tripulação, nos alerta para os perigos e desafios da exploração em alto mar. A implosão decorrente da intensa pressão a que o submarino foi submetido provocou o colapso de sua estrutura.

As chances de sobrevivência eram mínimas para os ocupantes a bordo. Embora a investigação continue, as duras condições do ambiente subaquático dificultam muito a recuperação dos corpos.

Este trágico acontecimento nos coloca diante da necessidade de aprender com os fatos para melhorar a segurança. Assim, poderemos proteger aqueles que se aventuram nas profundezas em busca de novas descobertas.