Tipos de proteínas e suas funções

As proteínas podem ser de dois tipos. Em geral, elas desempenham funções muito diversas dentro do corpo, motivo pelo qual são nutrientes essenciais. Por que elas são tão importantes?
Tipos de proteínas e suas funções

Última atualização: 16 abril, 2021

Você conhece os diferentes tipos de proteínas? A proteína é um macronutriente essencial para os seres humanos. Deve estar presente na dieta e é composta por elementos menores chamados de aminoácidos.

Entre todos os aminoácidos que compõem uma proteína, encontramos os não essenciais (que podem ser sintetizados pelo próprio corpo) e os essenciais (que devem ser ingeridos através dos alimentos).

Desta forma, podemos afirmar que a ingestão regular de proteínas é essencial para a vida. Os artigos científicos mais recentes asseguram que o consumo desse nutriente é capaz de prevenir o desenvolvimento de doenças como a sarcopenia. No entanto, existem vários tipos de proteínas de acordo com a sua origem e função.

Tipos de proteínas: 2 fontes possíveis

Podemos distinguir entre proteínas de origem animal e de origem vegetal. As primeiras são caracterizadas por serem de melhor qualidade do que as segundas. São chamadas de proteínas de alto valor biológico pois possuem, em sua composição, os 9 aminoácidos essenciais para o homem.

Além disso, possuem uma alta digestibilidade, o que facilita a sua absorção e a sua utilização a serviço do metabolismo humano. A proteína mais perfeita conhecida no mundo animal é a proteína do ovo.

No entanto, existem outras proteínas, como leite ou carne, de altíssima qualidade. Na verdade, os suplementos proteicos geralmente são baseados em versões isoladas da proteína do soro de leite, que permitem um alto suprimento desse macronutriente. Seu uso é recomendado principalmente em situações de exercício intenso, de acordo com pesquisas publicadas na revista Nutrients.

Fontes de proteína
Podemos encontrar proteínas de alto valor biológico em alimentos de origem animal. No entanto, também existem alimentos vegetais que podem nos fornecer esse macronutriente, embora de forma incompleta.

Por outro lado, temos a proteína vegetal, que normalmente é incompleta. Isso significa que ela é deficiente em pelo menos um aminoácido essencial. Portanto, é importante combinar diferentes tipos de proteínas vegetais para obter um correto fornecimento de aminoácidos.

Porém, mesmo conseguindo otimizar essa contribuição, a digestibilidade da proteína vegetal é bem menor. Isso significa que a sua absorção e biodisponibilidade são menores do que as proteínas do mundo animal. Em dietas balanceadas, recomenda-se que pelo menos 50% da ingestão de proteínas seja proveniente de fontes animais.

Funções das proteínas

A proteína é um macronutriente que tem várias funções no corpo. Uma das principais, e pela qual ela é mais conhecida, é a capacidade estrutural de construir e reparar ossos, músculos e outros tecidos. No entanto, suas funções vão muito além:

  • Funcionam como anticorpos para nos defender de organismos estranhos.
  • São enzimas que aceleram ou permitem as reações fisiológicas que ocorrem no corpo.
  • Permitem o equilíbrio do pH interno.
  • Têm funções na contração muscular.
  • Conferem elasticidade e resistência aos órgãos e tecidos.
  • Estão envolvidas no funcionamento adequado do sistema nervoso.
  • Podem ser um reservatório de energia.
  • Transportam oxigênio pelo sangue.

Portanto, fica claro que as proteínas podem desempenhar funções enzimáticas, estruturais, defensivas, de armazenamento, transportadoras, receptoras e motoras.

Um macronutriente essencial

Por todas essas razões, as proteínas são um macronutriente essencial para a nutrição humana. Apesar disso, a ingestão de proteína na dieta atual tende a ser maior do que o recomendado.

Enquanto a bibliografia científica recomenda o consumo de 1,2 a 1,6 g de proteína por kg de peso para pessoas sedentárias, valores em torno de 2 g estão sendo alcançados.

Esses valores podem fazer sentido para atletas de força ou de alta intensidade. É o que afirma um estudo realizado em 2015. No entanto, em adultos sedentários eles podem causar um estresse excessivo no fígado e nos rins, e não oferecem muitas vantagens em relação à composição corporal.

Shake de proteínas
Muitas pessoas mantêm uma dieta com uma quantidade excessiva e desnecessária de proteínas. Em alguns casos, isso é motivado pela venda de suplementos dietéticos.

Assim, recomenda-se reduzir ligeiramente o consumo de proteínas, exceto em casos de necessidades especiais. A combinação de proteínas animais com vegetais costuma ser um sucesso na dieta. É interessante escolher alimentos do reino vegetal com alto teor protéico, como as oleaginosas.

Outra opção interessante são as leguminosas, mas neste caso recomenda-se combiná-las com cereais para completar o aporte de aminoácidos essenciais.

Inclua diferentes tipos de proteínas na dieta

As proteínas, junto com as gorduras, são os macronutrientes com mais funções no corpo. Por isso, sua ingestão é imprescindível no âmbito de uma alimentação variada. Apesar disso, a sociedade atual tende a consumir proteínas em excesso, principalmente com a venda de suplementos proteicos. Antes de consumir esse tipo de suplemento, é interessante consultar um nutricionista para avaliar se é necessário ou não.

Em qualquer caso, a dieta de uma pessoa sedentária deve ser marcada pela variedade e pelas porções adequadas. Reduzir o consumo de carne e aumentar o de peixe, bem como introduzir proteínas do mundo vegetal, são hábitos muito saudáveis.


Todas as fontes citadas foram minuciosamente revisadas por nossa equipe para garantir sua qualidade, confiabilidade, atualidade e validade. A bibliografia deste artigo foi considerada confiável e precisa academicamente ou cientificamente.


  • Ten Haaf DSM., Regt MF., Visser M., Witteman BJM., et al., Insufficient protein intakes is highly prevalent among physically active elderly. J Nutr Health Aging, 2018. 22 (9): 1112-1114.
  • West DWD., Sawan SA., Mazzulla M., Williamson W., Moore DR., Whey protein supplementation enhances whole body protein metabolism and performance recovery after resistance exercise: a double blind crossover study. Nutrients, 2017.
  • Spendlove J., Mitchell L., Gifford J., Hackett D., et al., Dietary intake of competitive bodybuilders. Sports Med, 2015. 45 (7): 1041-63.

Este texto é fornecido apenas para fins informativos e não substitui a consulta com um profissional. Em caso de dúvida, consulte o seu especialista.