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Tipos de crises epilépticas

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Existem diferentes tipos de crises epilépticas. Além da variável que pode estar de acordo com cada pessoa, a epilepsia como doença tem expressões diferentes. Neste artigo, mostramos quais são os tipos de crises epilépticas que a medicina conhece.
Tipos de crises epilépticas
Leonardo Biolatto

Escrito e verificado por médico Leonardo Biolatto

Escrito por Leonardo Biolatto
Última atualização: 27 maio, 2022

As crises de epilepsia que existem e que a medicina descreveu até agora são variadas. Existem mais de cinco apresentações conhecidas e cada uma com suas próprias peculiaridades.

A epilepsia é um distúrbio neuronal onde ocorrem descargas elétricas de dentro do sistema nervoso para todo o corpo. As descargas são bruscas e acontecem repentinamente, interrompendo outras funções dos neurônios.

Como veremos mais adiante, um ataque epilético não é o mesmo que a epilepsia como uma patologia declarada. Uma pessoa pode apresentar em algum momento de sua vida uma crise sem sofrer epilepsia.

As crises epilépticas geralmente duram pouco tempo. Assim que terminam, a pessoa volta ao normal. Essa restauração é completa e não deve deixar sequelas; caso contrário, pode haver outras doenças subjacentes.

Estima-se que, independentemente dos tipos de crises de epilepsia sofridas, 1% da população já tenha tido um episódio. Dos que foram diagnosticados como epilépticos e tratados, há um quinto dos pacientes que não conseguem controlar as convulsões apesar da medicação.

Os tipos de crises epilépticas são divididos em dois grandes grupos:

  • Crises generalizadas: elas se originam porque a descarga elétrica neuronal ocorre ao mesmo tempo em grande parte do cérebro, inclusive afetando todo o órgão cerebral.
  • Crises parciais: também chamadas crises focais, porque estão localizadas ou focadas em um grupo particular e limitado de neurônios.

Tipos de crises generalizadas de epilepsia

O primeiro grande grupo de crises de epilepsia é generalizado. São tipos de crises que compartilham a descarga simultânea de neurônios cerebrais em forma massiva. Entre elas, temos:

  • Tônico-clônica: talvez seja o ataque epilético mais conhecido. O corpo do doente endurece primeiro e depois sacode ritmicamente os membros e o tronco. É comum a pessoa cair com perda de consciência e até perder o controle dos esfíncteres. Outra complicação é a mordida da língua e traumatismo craniano decorrente da queda.
  • Crise de ausência: esses tipos de crises epilépticas são contrários às anteriores. O paciente fica estático, com o olhar perdido no infinito e incapaz de responder. Há uma perda de conhecimento que não se expressa como desmaio, mas como ausência da realidade. Os epiléticos com essas crises geralmente sofrem por períodos de cerca de dez segundos.
  • Mioclônica: diferentemente da crise tônico-clônica, não há episódios de rigidez postural. Quando a descarga elétrica neuronal aparece, o paciente sacode o corpo, principalmente os membros superiores. Às vezes, a forma de apresentação é leve e é tomada como um tique nervoso, sem grande importância. Outras vezes, está associada à perda de consciência com queda e desmaio.
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Tipos de crises de epilepsia focais

Entre os tipos de crises epilépticas focais, nas quais a descarga elétrica é proveniente de neurônios pontuais, temos:

  • Parcial simples: é uma apresentação clínica sem perda de consciência. A pessoa sofre espasmos musculares de alguma parte do corpo acompanhados de sensações como formigamento. Possui subvariedades, como as crises que consistem apenas em uma sensação sentida pela pessoa sem sinais externos. Ou crises sensoriais, por exemplo, com alucinações.
  • Crise parcial complexa: esse quadro apresenta perda de consciência e se assemelha às crises de ausência. A pessoa pode ser absorvida como em uma nuvem por um momento, executando movimentos automáticos, como por exemplo, mastigar. Como perde a consciência, o paciente não se lembra do episódio.
  • Parcial com generalização: é a crise focal que evolui durante o episódio e passa de localizada para generalizada. Os sintomas finais serão os de um tipo de ataque epilético, como os descritos no início.
  • Espasmos epiléticos: É uma apresentação de crianças, especificamente aquelas com menos de um ano de idade, e raramente entre aquelas com mais de dois anos. O sinal é uma extensão do corpo ou flexão abrupta de todo o organismo por quase cinco segundos.
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Nem todas as convulsões são epilepsia

Já comentamos anteriormente: ter uma crise epiléptica não significa necessariamente ser epiléptico. Portanto, métodos neurológicos complementares devem ser realizados para chegar ao diagnóstico de epilepsia como tal.

As crises de epilepsia que às vezes afetam mulheres grávidas com eclâmpsia geralmente não escondem uma epilepsia. Precisamente, os sintomas derivam da condição de eclâmpsia e, uma vez terminada a gravidez, os episódios desaparecem.

O estudo mais frequentemente solicitado pelos médicos para descartar epilepsia ou confirmar um tipo de crise epiléptica é o eletroencefalograma. Por meio de um registro através de um aparelho, são obtidos traços de ondas cerebrais. Por outro lado, se for necessário, o estudo pode ser complementado com uma imagem do cérebro. O objetivo deste método de diagnóstico seria encontrar uma lesão cerebral que pudesse ser a causa da epilepsia, como por exemplo, um tumor.

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  • González, ME Rosa, et al. “Crisis convulsivas.” Panorama actual del medicamento 40.394 (2016): 541-546.

Este texto é fornecido apenas para fins informativos e não substitui a consulta com um profissional. Em caso de dúvida, consulte o seu especialista.