Tendinite da pata de ganso: sintomas e tratamento
Escrito e verificado por a médica Elisa Martin Cano
A tendinite da pata de ganso é uma inflamação dos tendões que fazem parte de uma estrutura anatômica de mesmo nome. Está localizada no interior do joelho, um pouco abaixo dele.
Os corredores são o grupo populacional que mais sofre com essa condição. Você pratica corrida e isso já aconteceu com você? Descubra neste artigo como o problema ocorre e o que pode ser feito para tratá-lo.
O que é a tendinite da pata de ganso?
O termo tendinite se refere à inflamação dos tendões. Por sua vez, a pata de ganso é uma estrutura anatômica da face interna do joelho, abaixo da articulação. É formada pela inserção de três músculos que vêm de baixo, constituindo parte da perna. Estes músculos são os seguintes:
- Semitendinoso: faz parte da parte de trás da coxa. Participa da flexão e extensão do joelho.
- Reto interno: localizado na face interna da coxa. É responsável pela aproximação da perna e pela flexão do membro.
- Sartório: este músculo recebe este nome porque começa no quadril, passa por cima do joelho e atinge a tíbia. Também participa da mobilidade da articulação do quadril.
Em suma, a tendinite da pata de ganso envolve irritação e inflamação dos tendões desses três músculos e sua área de inserção. Claramente, é uma doença da articulação do joelho.
Você pode estar interessado: Remédios naturais para o alívio das dores nas articulações
Quem costuma ser afetado?
Embora essa patologia possa ocorrer em qualquer pessoa, existem certos grupos populacionais que possuem características ou hábitos que os tornam mais suscetíveis a desenvolvê-la. Algumas das pessoas mais afetadas incluem:
- Corredores: as pessoas que correm com frequência tendem a desenvolver esses tipos de patologias. Isso acontece porque correr é um esporte que tem um alto impacto nas articulações. Os esforços irritam a cartilagem e os tendões, assim como os próprios músculos.
- Pessoas com excesso de peso: neste caso, as articulações estão sempre fazendo esforço extra, especialmente as dos membros inferiores. Cada movimento se sobrecarrega com todo o peso da pessoa, o que acaba danificando os pontos de apoio muscular esquelético. Além dos joelhos, eles não estão isentos de ferir os tornozelos e quadris.
- Portadores de problemas anatômicos: aqui nos referimos a pés chatos, malformações na pelve ou proeminências em algum osso. Essas características resultam no fato da articulação do joelho não ser capaz de realizar seu movimento natural. O resultado é o desgaste do tendão.
Além disso, certos maus hábitos, como não alongar no final do exercício ou usar calçados inadequados, levam os músculos a não relaxarem como deveriam no final da atividade. Ao ficarem tensos, aumenta o risco de feridas.
Sintomas da tendinite da pata de ganso
O sintoma mais comum é a dor. Ela é causada pela inflamação dos tendões em um espaço reduzido. Como não há espaço para expansão, o fluido que se acumula pela lesão não tem escapatória, e faz pressão expressando-se como desconforto.
As características da dor variam de pessoa para pessoa, tanto em intensidade quanto em duração. Os momentos em que ela aparece também são variáveis. O mais comum, no entanto, é que seja uma dor contínua e difícil de aliviar. Ela pode até estar presente à noite.
Às vezes, se a pessoa afetada fizer exercícios e aquecer seus músculos, sua dor pode melhorar. Ainda assim, no final da atividade, a dor reaparece. Isso está relacionado ao metabolismo muscular e a como os produtos químicos são distribuídos dentro das células.
Leia também: 5 exercícios que não afetarão as suas articulações
Qual é o seu tratamento?
O tratamento adequado desses tipos de lesão é importante, pois as complicações podem levar a uma cronologia da patologia. O primeiro passo, como sempre, será ir ao especialista para confirmar que se trata desse tipo de tendinite. Depois, o tratamento será baseado em uma combinação de diferentes medidas:
- Descanso: as outras partes da articulação e dos músculos são essenciais para a irritação e a inflamação se resolverem. É aconselhável manter a perna elevada e com uma almofada sob o joelho, sempre que possível, para que ela repouse.
- Frio e anti-inflamatórios: massagens com gelo são benéficas para reduzir a inflamação. Além disso, em tempos de dor muito aguda, é possível fazer uso da ingestão de anti-inflamatórios.
- Fisioterapia: o fisioterapeuta será o responsável por escolher o tratamento mais correto em cada caso. Na maioria das vezes, eles se baseiam na combinação de diferentes modalidades, como massagens, crioterapia, ultrassom ou bandagens musculares.
Não negligencie as dores no joelho
A tendinite da pata de ganso é uma patologia comum que pode afetar qualquer pessoa. Ainda assim, aqueles que estão acima do peso e os corredores são os mais expostos ao desenvolvimento dessa lesão.
Manter bons hábitos de exercício, com os alongamentos e equipamentos necessários, é essencial para evitar que ela apareça. Por outro lado, pessoas com excesso de peso precisarão mudar seu estilo de vida para controlar esse fator de risco.
Todas as fontes citadas foram minuciosamente revisadas por nossa equipe para garantir sua qualidade, confiabilidade, atualidade e validade. A bibliografia deste artigo foi considerada confiável e precisa academicamente ou cientificamente.
- Carrillo-Esper, R., Denise Zepeda-Mendoza, A., Pérez-Calatayud, A., Díaz-Carrillo, A., Peña-Pérez, C., & Arturo Rivero-Martínez, J. (2014). Bursitis anserina CASO PROBLEMA. In Rev Invest Med Sur Mex (Vol. 21, Issue 2).
- Tendinitis y bursitis de la pata de ganso. (n.d.). Retrieved June 19, 2020, from https://www.medigraphic.com/cgi-bin/new/resumen.cgi?IDARTICULO=53151
- Naba, Eliana. “Tendinitis de Aquiles en corredores.” (2012).
- Silván, Hernán. “Manual de lesiones del corredor.” Prevención y tratamiento Grupo Arthax. Madrid (2001).
- Ugalde, Priscilla Bonilla, Melany Chavarría Briceño, and Cesia Grajales Navarrete. “Tendinitis rotuliana (rodilla del saltador).” Revista Médica de Costa Rica y Centroamérica 73.620 (2016): 519-523.
- Rosa, Andrés. “Fisiologia en el entrenamiento de la aptitud física muscular.” Efdeportes. com 1 (2015).
- Gómez, Jaime Gutiérrez, Mariano Fernández Fairén, and Santiago Sandoval Haro. “Tendinitis y bursitis de la pata de ganso.” Ortho-tips 10.3 (2014): 163-178.
- de la Hera Cremades, B., L. Escribano Rueda, and A. Lara Rubio. “Rodilla en resorte interno por engrosamiento de la pata de ganso.” Revista Española de Cirugía Ortopédica y Traumatología 61.3 (2017): 200-202.
Este texto é fornecido apenas para fins informativos e não substitui a consulta com um profissional. Em caso de dúvida, consulte o seu especialista.