Sintomas da caxumba e formas de prevenção

A melhor maneira de prevenir a caxumba é, sem dúvida, a vacina MMR. Esta vacina combina doses para prevenir sarampo, caxumba e rubéola. Trata-se de uma proteção individual e coletiva.
Sintomas da caxumba e formas de prevenção

Escrito por Equipe Editorial

Última atualização: 15 janeiro, 2023

Hoje falaremos sobre os sintomas da caxumba, também conhecida como papeira, uma doença contagiosa que pode ser aguda ou crônica. Afeta uma ou ambas as glândulas parótidas, responsáveis pela produção de saliva. Essas glândulas são encontradas atrás dos ramos ascendentes da mandíbula.

Esta doença é causada por um vírus do gênero Paramyxoviridae e costuma ser comum em crianças e adolescentes, embora também possa causar infecções em adultos sensíveis.

A caxumba também pode afetar outras glândulas do corpo, o sistema nervoso e os testículos.

Antes da introdução da vacinação universal, a caxumba era uma doença endêmica em todo o mundo. Afetou a maioria das crianças com idades entre 2 e 15 anos.

Desde a introdução da vacina, a incidência diminuiu acentuadamente, com surtos ocasionais da doença na América Latina. A caxumba costuma ser transmitida entre dois dias antes da inflamação das parótidas a até 7 ou 9 dias depois.

Por ser um vírus respiratório, a transmissão ocorre através de gotículas que são liberadas por espirros, tosse ou durante as conversas.

Quais são os sintomas da caxumba?

Menina com caxumba

Algumas pessoas infectadas com o vírus da caxumba não apresentam sinais, ou estes são muito leves. Quando sintomas aparecem, eles geralmente surgem cerca de duas ou três semanas após a exposição ao vírus.

O principal sintoma da caxumba é a inflamação das glândulas salivares, que faz com que as bochechas inchem. Além dessa inflamação característica, os pacientes também podem ter:

  • Dor nas glândulas salivares inflamadas, em um ou nos dois lados do rosto.
  • Dor ao mastigar ou engolir.
  • Febre.
  • Dor de cabeça e dores musculares.
  • Fraqueza e fadiga.
  • Perda de apetite.

Complicações

As complicações da caxumba costumam ser raras. Algumas delas são:

  • Perda auditiva.
  • Abortos espontâneos em mulheres grávidas.
  • Anormalidades no batimento cardíaco.

Embora não sejam muito frequentes, podem ser potencialmente graves. A maioria envolve inflamação de alguma parte do corpo.

Além das glândulas salivares, cerca de um terço dos homens com caxumba também desenvolvem inflamação de um ou ambos os testículos. Essa complicação é conhecida como orquite e pode causar esterilidade, embora seja rara.

Outra complicação que pode surgir da infecção pela caxumba é a inflamação dos ovários no caso das meninas, embora seja menos frequente.

Em raras ocasiões, o sistema nervoso central também pode sofrer uma inflamação e levar a uma meningite ou encefalite se o cérebro for afetado.

Prevenção da caxumba

Dor provocada pela caxumba

A melhor maneira de prevenir a caxumba é, sem dúvida, a vacina MMR, ou tríplice viral. Esta vacina combina doses para prevenir sarampo, caxumba e rubéola. É uma proteção individual e coletiva.

A vacina MMR está incluída no cronograma de vacinação infantil. Nesse ponto, deve-se lembrar que as vacinas não protegem 100%, portanto, alguns casos isolados podem ocorrer.

Nesse caso, cabe destacar que no ano de 2019 houve um surto de caxumba em países europeus porque, embora a proteção da vacina tenha uma eficácia acima de 95%, houve um problema com certas doses da MMR.

Os vacinados durante os anos de 1995 a 1998 e entre 1985 e 1988 têm uma proteção menor.

Como os sintomas da caxumba podem ser tratados?

Como a caxumba é uma infecção viral, o tratamento é focado na redução dos sintomas. Baseia-se na administração de AINEs (anti-inflamatórios não esteroides), além de repouso.

Os antibióticos não devem ser administrados, pois são eficazes apenas contra infecções bacterianas, e não virais. Na ocorrência de um surto da doença, aconselha-se revisar cada caso para revacinar se houver necessidade.

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Por último, vale lembrar que a dieta é outro fator importante a ser considerado. Dependendo das condições da pessoa infectada, ela pode ter dificuldades para comer, e geralmente sua dieta é reduzida a alimentos macios. No entanto, se a ingestão for possível, não será necessário fazer qualquer limitação.


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