Síndrome dos ovários policísticos: dieta e nutrição recomendada
No manejo da SOP, dieta e nutrição desempenham um papel muito importante. Em particular, níveis elevados de insulina e o estado inflamatório precisam ser controlados. E embora muitos o ignorem, a alimentação contribui de forma decisiva.
O padrão alimentar mais adequado é aquele com muitos vegetais, frutas, legumes, grãos integrais, proteínas magras e laticínios com teor moderado de gordura. Seguir este tipo de dieta melhora os sintomas e algumas das condições associadas à doença.
Síndrome dos ovários policísticos: o papel da dieta e estilo de vida
A síndrome dos ovários policísticos (SOP) é mais comum do que muitos pensam. Estima-se que possa afetar uma em cada cinco mulheres em idade reprodutiva. No entanto, muitos dos afetadas não são diagnosticadas.
Ao sofrer de SOP, há uma disfunção ovulatória e uma superprodução de andrógenos de origem desconhecida. Como consequência, surgem alterações no período menstrual e outros sintomas que vão desde acne e pele oleosa até problemas de fertilidade.
No momento, não há cura, mas há medicamentos para controlar os sintomas. Além disso, especialistas apontam a importância dos hábitos de vida no manejo da doença.
Com dieta e exercícios adequados, é possível regular os níveis anormalmente elevados de glicose e insulina. Aliás, isso permite melhorar os sintomas e problemas de fertilidade. Reduz ainda o risco de doenças cardiovasculares, hipertensão e hiperlipidemia.
Síndrome dos ovários policísticos: recomendações dietéticas e nutricionais
No momento não existe um plano alimentar padrão para esta doença. No entanto, é de conhecimento geral que alguns alimentos são mais recomendados do que outros. Essas são algumas das características e orientações adequadas na dieta recomendada para SOP:
Garanta a presença de fibra
Alimentos que fornecem fibra dietética melhoram a resistência à insulina. Estes retardam a digestão, regulando assim os aumentos de glicose no sangue. Para fazer isso, muitas dessas opções podem ser incluídas diariamente:
- Leguminosas.
- Pão integral.
- Sementes variadas.
- Vegetais.
- Frutas do bosque.
- Amêndoas, amendoins, pinhões.
Fornecer alimentos anti-inflamatórios
Estudos recentes indicam que a SOP está relacionada à inflamação crônica de baixo grau. Alguns alimentos como azeite de oliva, peixes oleosos, nozes, frutas vermelhas ou vegetais de folhas verdes têm atividade anti-inflamatória que pode melhorar essa condição.
Prefira carboidratos integrais em vez de refinados
Os grãos integrais fornecem fibras, vitaminas e minerais que os cereais brancos perderam. Além disso, estas últimas acentuam a resistência à insulina e podem gerar um estado inflamatório. Isto também se aplica ao açúcar e aos alimentos com excesso de açúcares adicionados.
Adote uma dieta com alimentos ricos em nutrientes
Nesse sentido, é melhor encher a despensa com produtos frescos e evitar pratos processados, salgadinhos, doces e fast food. Pois, eles geralmente são feitos com ingredientes de baixa qualidade e contêm doses consideráveis de adição de açúcar, gorduras hidrogenadas, farinha refinada e sal.
Por outro lado, frutas, leguminosas, nozes e vegetais fornecem quantidades interessantes de vitaminas e minerais. Por isso, eles se tornam a melhor escolha tanto para refeições quanto para lanches.
Evite produtos finais de glicação avançada
Fatores ambientais parecem desempenhar um papel importante no desenvolvimento da síndrome dos ovários policísticos; entre estes encontramos produtos de glicação avançada. Eles aparecem normalmente fora e dentro do corpo. No entanto, a dieta é um dos maiores contribuintes.
Quando são encontrados em excesso, o corpo não consegue lidar com eles e tendem a causar problemas de saúde. No nível dietético, sua contribuição pode ser reduzida seguindo estas diretrizes:
- Evite cozinhar com calor seco muito forte, como a grelha ou o forno.
- Limite o consumo de alimentos com maior probabilidade de gerá-los, como ovos, batatas fritas, alimentos processados ou fast food.
Limitar fontes de glúten e laticínios
No momento, não há evidências científicas sobre a necessidade de retirar alimentos com glúten e laticínios. No entanto, em algumas ocasiões sua remoção pode melhorar o estado inflamatório.
Se não melhorar com as mudanças na dieta implementadas, pode-se tentar uma dieta sem glúten e sem laticínios. Neste caso, é aconselhável consultar um nutricionista para encontrar os substitutos adequados sem ter que recorrer a produtos processados de baixa qualidade.
Quando é necessário consultar um profissional?
Um dos problemas com o diagnóstico da síndrome dos ovários policísticos é que seus sintomas podem ser muito gerais e não muito específicos. Dessa forma, muitas mulheres podem pensar que têm outros problemas de saúde ou não os consideram graves o suficiente para discutir com seu médico.
Às vezes, só quando ocorrem problemas de concepção é que eles são percebidos. Os sinais mais comuns são os seguintes:
- Acne, pele oleosa e caspa.
- Aumento de peso.
- Crescimento de pelos no rosto, nas costas ou no peito.
- Períodos menstruais irregulares ou sangramento.
- Desconforto ou dor na região pélvica.
- Dificuldade para engravidar.
Portanto, se você sofre de um ou mais deles, é preferível consultar um profissional de saúde. Quanto mais cedo puder ser diagnosticada e tratado, mais rápido os sintomas e o bem-estar das mulheres afetadas melhoram.
Além disso, desta forma é possível evitar algumas doenças associadas à SOP. Conforme indicado pela Academia de Nutrição e Dietética dos Estados Unidos, essa condição aumenta o risco de sofrer de resistência à insulina, diabetes tipo 2, pressão alta, ansiedade e depressão.
Recomendações finais sobre a síndrome dos ovários policísticos e a dieta recomendada
A síndrome dos ovários policísticos (SOP) é uma patologia comum entre as mulheres. Isso tem diferentes implicações clínicas que incluem problemas metabólicos, reprodutivos e psicológicos.
O tratamento farmacológico deve ser acompanhado por uma mudança no estilo de vida. A aplicação de medidas dietéticas e de atividade física é fundamental para melhorar esses problemas e aumentar a qualidade de vida e a saúde emocional.
Em geral, os alimentos mais favoráveis são vegetais, frutas, nozes, grãos integrais, azeite de oliva e peixes oleosos. Além disso, é necessário limitar a presença de bebidas açucaradas, sucos, carnes processadas, doces, etc.
No entanto, antes de implementar qualquer alteração, é aconselhável consultar o médico ou um nutricionista especializado. Cada diagnóstico é diferente e cada caso pode exigir um plano alimentar com características específicas.
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