Quais são os sintomas da deficiência de magnésio?
Revisado e aprovado por o médico José Gerardo Rosciano Paganelli
É difícil diagnosticar a deficiência de magnésio, uma vez que não aparece nos exames de sangue e apenas 1% deste nutriente se armazena no fluxo sanguíneo. Além disso, os médicos nem sequer incluem sua análise nos testes.
Muitas pessoas nos países desenvolvidos, como os Estados Unidos, carecem de magnésio, mas poucas sabem. Esta falta pode causar muitas doenças.
Deficiência de magnésio: o que precisamos saber?
O magnésio é um dos minerais mais importantes do organismo após a água, o oxigênio e os alimentos básicos. Ademais, é fundamental para o nosso crescimento, regula e é mais relevante do que o cálcio, o sódio e o potássio.
O excesso de sede, mesmo após grande consumo de água, indica a sua falta no organismo, o qual sinaliza a insuficiência de nutrientes recebidos através dos alimentos; bem como pede hidratação.
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A deficiência de magnésio perturba os ciclos de sono, aumenta o estresse ou reduz o desempenho desportivo de uma pessoa, além de afetar a sua qualidade de vida.
Os primeiros sintomas são sutis e leves, intensificam-se, como câimbras nas pernas, dores nos pés ou “tiques” de músculos sem exercício.
Podendo ficar piores, como:
- Dormência.
- Convulsões.
- Formigamento frequente.
E, em casos agudos:
- Espasmos coronários agudos.
- Mudanças de personalidade.
- Ritmos cardíacos anormais.
A falta de magnésio afeta principalmente os músculos, daí a intensa dor, tensões, câimbras e espasmos. Podem ocorrer transtornos na articulação mandibular, enxaquecas ou aperto no peito – impedindo a respiração profunda.
Ainda mais, os músculos se contraem, causando prisão de ventre, cólicas menstruais, espasmos urinários, dificuldade de ingestão, “nós” na garganta, fotofobia, alta sensibilidade ao ruído, sistema nervoso afetado, insônia, ansiedade, ataques de pânico, hiperatividade, agorafobia, tensão pré-menstrual, formigamento ou dormência e instabilidade.
Além disso, no âmbito cardiovascular, a falta de magnésio pode provocar arritmias, palpitações, angina torácica, espasmos nas artérias, hipertensão arterial e prolapso da válvula mitral.
Por que o magnésio é tão importante?
O corpo precisa do magnésio para todas as suas funções. Esse dá vida às células, regula o trabalho das enzimas, sintetiza proteínas, carboidratos e gorduras; além de produzir energia para o corpo.
Por isso, beber água com alto teor de magnésio pode prevenir sua deficiência.
Além disso, a falta deste mineral pode desencadear o diabetes. De acordo com estudos, pacientes que sofreram deficiência de magnésio eram mais propensos a terem problemas após a ingestão de açúcar.
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Como acrescentar magnésio na dieta diária?
A dose recomendada de magnésio é de 300 mg para homens e 280 mg para mulheres. As gestantes devem consumir 350 mg.
Ainda mais, o mineral é encontrado principalmente em frutos secos (amêndoas, castanhas de caju ou nozes) e leguminosas (ervilha ou feijão). Uma dieta diária rica em magnésio pode ser composta, por exemplo:
- Café da manhã: chá com leite desnatado com duas torradas de pão multicereais.
- Meio da manhã: 10 nozes ou 10 amêndoas.
- Almoço: uma xícara de espinafre cru, 120 gramas de atum ao natural e 1 xícara de arroz integral cozido. Para sobremesa, um pudim leve com duas nozes picadas.
- Lanche: um iogurte desnatado com cereais e uma maçã.
- Meio da tarde: 2 bolachas de arroz ou aveia com um punhado de uvas passas.
- Ceia: um peito de frango e creme de acelga e uma salada de tomate e pepino. Para sobremesa, meia xícara de morangos.
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