Que ensinamentos O Mágico de Oz deixa?

Revisado e aprovado por a psicóloga Elena Sanz

Escrito por Maria Fernanda Ramirez Ramos

Última atualização: 15 maio, 2023

O Mágico de Oz é um clássico da literatura escrito por Frank Baum em 1900. Desde então, tornou-se uma história que conquistou muitas gerações e ainda é relevante hoje. Em 1939, esse livro infantil foi adaptado para a tela grande e se tornou um sucesso de Hollywood. Neste artigo falaremos sobre os ensinamentos de O Mágico de Oz e porque você deve vê-lo.

O filme musical O Mágico de Oz, produzido pela Metro-Goldwyn Mayer, estrelou as renomadas Judy Garland, Frank Morgan, Margaret Hamilton e Ray Bolger. Seu sucesso foi tal que superou o livro em reconhecimento.

Desde então, essa história foi adaptada para diferentes formatos, como musicais, peças de teatro, quadrinhos e canções. É uma das narrativas mais importantes da cultura popular.

Quais são os ensinamentos do Mágico de Oz?

Este filme conta a história de Dorothy, uma garota dos Estados Unidos que é levada para um mundo fantástico por um tornado no Kansas. Nesse lugar vivem seres extraordinários e maravilhosos, como homens de lata, bruxas boas e bruxas más, espantalhos e animais falantes.

Quando Dorothy é levada para essa terra fantástica, ela se vê em uma série de perigos e dificuldades. Por isso, ela decide fazer uma viagem à Cidade das Esmeraldas, onde se encontra o Mágico de Oz, para realizar seu desejo de retornar ao Kansas.

Ao longo do caminho, ela conhece um grupo de personagens que lhe ensinam muitas lições de vida, como um homem de lata que anseia por um coração para sentir, um leão covarde que aparenta ser muito feroz e um espantalho que anseia por um cérebro.

Essa produção recebeu 6 indicações ao Oscar e obteve duas: Melhor trilha sonora e Melhor canção. Da mesma forma, é reconhecido pelo American Film Institute nas listas dos 25 melhores musicais e dos 100 melhores filmes americanos de todos os tempos. Seus ensinamentos são tão belos que não perdem a validade e se tornaram um clássico cult.

Devemos equilibrar sentimentos e razão

O eterno debate sobre ouvir a cabeça ou o coração é um dilema que enfrentamos todos os dias. No entanto, pode-se pensar que o mais adequado é encontrar um equilíbrio entre essas duas áreas.

Os ensinamentos do Mágico de Oz mostram isso. O Espantalho e o Homem de Lata discutem ao longo do caminho se é mais conveniente ter um cérebro ou um coração, já que um anseia pela capacidade de pensar, enquanto o outro pela capacidade de sentir.

Nesse sentido, o filme permite refletir sobre a grande sorte que é ter as duas capacidades. Como seres humanos, temos razão e sentimento. O importante é que ambos estejam equilibrados.

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Nem tudo o que reluz é ouro

Ao final do filme é possível perceber como as aparências enganam. Na verdade, a vida pode ser cheia de decepções e nem sempre você pode acreditar em tudo que ouve. Desta forma, a história nos ensina que devemos ter nossos próprios critérios e não nos deixar enganar por estranhos ou pessoas mal-intencionadas.

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Devemos ser autênticos

Assim como nos mostra que as aparências enganam, também é possível deduzir que O Mágico de Oz aponta para a importância da autenticidade. Esta história mostra que é importante agir com sinceridade, sendo fiéis a nós mesmos e não fingindo ser algo que realmente não somos.

Não há nada como o lar

Ao final das aventuras, a corajosa Dorothy percebe que não há nada como o lar. Dessa forma, o filme deixa uma mensagem sobre a importância de valorizar as relações familiares e agradecer o que se tem.

Apesar de ser órfã, ela é amada por seus tios e pelas pessoas ao seu redor. Além disso, mostra que mesmo que às vezes nos sintamos perdidos, sempre há maneiras de voltar para casa.

Quem persevera, alcança

Dorothy e seus amigos passam por uma série de contratempos em sua jornada para a Cidade das Esmeraldas. No entanto, essa garota e seus companheiros não se deixam derrotar. Ela nos mostra o valor da perseverança e da tomada de decisões que nos permitem avançar em direção aos nossos objetivos.

Não julgue um livro pela capa

No dia a dia, é comum termos muitos preconceitos sobre as pessoas e nos deixarmos enganar pela primeira impressão que elas nos causam. Porém, cada pessoa vive processos diferentes com sonhos, medos, qualidades e defeitos. Por isso, é importante não ser preconceituoso ou se deixar levar por estereótipos.

No filme, o que parecia um leão bravo e valente, acabou sendo um leão assustado. Cada pessoa é única e devemos dedicar um tempo para conhecê-la e entender seu jeito de ser.

Cuide de seus amigos

Um dos ensinamentos mais interessantes e valiosos de O Mágico de Oz é a importância dos amigos. A jornada e as aventuras de Dorothy são marcadas pelos personagens que ela conheceu pelo caminho.

Eles se tornaram seus amigos e todos se ajudaram. Dessa forma, o filme ensina sobre o valor da amizade e a importância de cultivar tais relacionamentos.

O poder está dentro de você

Uma conclusão geral que se pode tirar desse lindo filme é que todos possuem um grande potencial interior. Tanto o espantalho quanto o leão e o homem de lata não têm a melhor autoestima. Além disso, procuram outra pessoa para resolver seus problemas: o mágico.

No entanto, a história nos mostra como o poder de vencer e realizar seus desejos reside dentro de cada pessoa. Às vezes é preciso acreditar um pouco em você e melhorar sua autoestima para enxergar as soluções. Hoje também poderia ser feita uma analogia com a importância de cuidar da saúde mental.

É uma história feminista

Agora que você conhece mais sobre os ensinamentos de O Mágico de Oz, com certeza vai querer curtir esse filme com sua família. Além da moral que já apontamos, a história é muito interessante porque para a época era progressiva.

Embora hoje o feminismo tenha conquistado muitos direitos para as mulheres e cada vez mais se avance no caminho da igualdade, esse tem sido um processo lento. Para a época, a narrativa quebrou bastante com as tradições e colocou uma menina como protagonista.

Da mesma forma, deu a ela qualidades como coragem e capacidade de decidir por si mesma, mostrando uma Dorothy forte e determinada, não dependente de um homem para alcançar seus sonhos. Isso tudo porque Baum, o escritor dos contos, era um defensor do sufrágio feminino e dos direitos das mulheres.