3 problemas sexuais femininos e o que fazer para combatê-los

Muitos problemas sexuais femininos estão relacionados ao estresse, à ansiedade, ou mesmo à presença de tabus. É importante não dramatizar a situação, conhecer as causas e aprender a relaxar e desfrutar de relações sexuais plenas e agradáveis.
3 problemas sexuais femininos e o que fazer para combatê-los

Escrito por Virginia Martínez

Última atualização: 27 maio, 2022

Os problemas sexuais são muito comuns, apesar de continuarem a ser tratados como tabus. Eles podem afetar homens e mulheres, mas neste artigo vamos nos concentrar nos problemas sexuais femininos.

O importante é investigar as suas causas, enfrentá-las e superá-las da maneira mais apropriada. Aqui estão os três problemas sexuais femininos mais comuns e o que fazer em relação a eles.

Problemas sexuais femininos mais comuns

Muitos dos problemas sexuais femininos mais comuns estão relacionados a transtornos psicológicos. A pessoa afetada pode estar envolvida em um círculo vicioso de negatividade, sentindo-se culpada por não conseguir apreciar o sexo em sua totalidade ou por “desapontar” o parceiro.

Por isso, a maioria dos tratamentos envolve a terapia sexual. De fato, a impossibilidade ou dificuldade de fazer sexo pode levar a mulher a se sentir culpada, de modo que sua ansiedade aumentará significativamente, piorando o problema.

Por outro lado, o envolvimento do casal também é fundamental. A atitude dos dois em relação aos problemas sexuais da mulher é essencial para poder enfrentá-los. O parceiro nunca pode exigir ou forçar o ato sexual, é claro, e deve haver compreensão e paciência da sua parte.

Por tudo isso, a colaboração e a participação de ambos são essenciais para evitar ainda mais estresse e aprender juntos a relaxar e desfrutar do sexo.

Vaginismo

Mulher com as mãos cobrindo a região da vagina
As consequências desses problemas podem causar um círculo vicioso negativo que afeta a saúde sexual da mulher.

O vaginismo é caracterizado pela contração involuntária dos músculos da pelve que circundam a vagina. Assim, ela se fecha ou se estreita demais, causando dor ou até impossibilitando a relação sexual. Quando há dor, fala-se em dispareunia.

Suas causas podem ser físicas e psicológicas:

  • Endometriose
  • Hímen rígido
  • Estenose vaginal
  • Ansiedade diante da penetração
  • Ter sofrido um estupro ou abuso sexual anterior
  • Depressão, entre outras.

O ginecologista aconselhará o que fazer e o tratamento a seguir, mesmo que seja necessário consultar um psicólogo especializado Além disso, os exercícios de Kegel são interessantes para que a mulher possa ganhar mais controle e fortalecer o assoalho pélvico.

Anorgasmia

Como o nome indica, anorgasmia é a incapacidade de atingir o orgasmo. Pode ocorrer mesmo quando a estimulação é adequada e há desejo sexual por parte da mulher. Por isso, está altamente associada a problemas psíquicos como, por exemplo, depressão, ansiedade, preconceitos sexuais, tabus, etc.

Em geral, o tratamento da anorgasmia inclui certas tarefas de autoconhecimento. Ele envolve, por exemplo, aprender a conhecer o próprio corpo, as técnicas de excitação que mais excitam a mulher, o uso de vibradores, etc.

Por outro lado, a terapia sexual de casal também pode ser uma grande aliada quando se trata de superar esse problema.

Vale lembrar que, às vezes, a anorgasmia está relacionada a outras causas, como a menopausa. Nesses casos, o médico pode prescrever cremes tópicos com estrogênio.

Você também pode se interessar: 6 hábitos que melhorarão sua relação de casal

Transtorno do desejo sexual hipoativo (TDSH)

Problemas sexuais femininos e o que fazer para combatê-los
Diferentemente de outros transtornos, no TDSH não existe uma causa aparente que impeça a mulher de desfrutar plenamente das relações sexuais.

O transtorno de desejo sexual hipoativo é a falta prolongada de desejo sexual, uma falta de interesse no contato sexual que, em muitos casos, leva a evitá-lo completamente.

Suas causas são principalmente psicológicas. Além disso, dado que na maioria dos casos parece não haver uma razão óbvia para explicar a falta de desejo sexual, muitas mulheres se sentem duplamente frustradas.

Algumas das causas desse distúrbio podem ser:

  • Estresse
  • Ansiedade
  • Depressão
  • Problemas no relacionamento
  • Desequilíbrios hormonais
  • Problemas com álcool ou drogas
  • Menopausa, entre outras.

Como existem muitas causas que podem levar a esse transtorno, é necessário que seja realizada uma avaliação adequada para determiná-las e, assim, poder enfrentar o problema.

Se a causa for psicológica, a terapia cognitivo-comportamental é ideal para melhorar a situação. Por outro lado, a terapia sexual, de preferência em casal, também pode ajudar a superá-la com sucesso.

Liberte-se, relaxe e conheça a si mesma para acabar com os problemas sexuais femininos

Casal na cama após a relação sexual
A terapia sexual é uma ferramenta adequada para resolver os problemas associados à vida sexual do casal.

Exceto em períodos de alterações hormonais, como menopausa ou gravidez, a maioria dos problemas sexuais femininos está relacionada a condições psicológicas de estresse ou ansiedade.

Seja porque o sexo ainda é um tabu ou por outras causas, o ideal é consultar um especialista e, acima de tudo, ter a ajuda e a compreensão do parceiro.

Em nenhum caso a mulher deve ser responsabilizada pelos seus problemas sexuais. Da mesma forma, a situação nunca deve ser forçada. Isso causaria ainda mais estresse e, portanto, aumentaria os problemas.

A questão é tentar procurar as causas e, a partir daí, com paciência, percorrer o caminho do autoconhecimento sexual e da libertação dos preconceitos até, finalmente, conseguir manter uma relação sexual plena e agradável.


Todas as fontes citadas foram minuciosamente revisadas por nossa equipe para garantir sua qualidade, confiabilidade, atualidade e validade. A bibliografia deste artigo foi considerada confiável e precisa academicamente ou cientificamente.


  • Bodenmann G et al. “The association between daily stress and sexual activity”, J Fam Psychol. 2010 Jun;24(3):271-9. doi: 10.1037/a0019365.
    • Andrea Bradford y Cindy M. Meston, “The impact of anxiety on sexual arousal in women”, Behav Res Ther. 2006 Aug; 44(8): 1067–1077.
    • Endocrinol Metab Clin North Am. “Menopause and Sexuality”, Endocrinol Metab Clin North Am. 2015 Sep; 44(3): 649–661, doi: 10.1016/j.ecl.2015.05.009

Este texto é fornecido apenas para fins informativos e não substitui a consulta com um profissional. Em caso de dúvida, consulte o seu especialista.