Pâncreas inflamado: sintomas que você deve conhecer

Um sintoma claro do pâncreas inflamado é quando sentimos intensa dor logo depois de comer, durante a digestão, ou quando nos deitamos de barriga para cima.
Pâncreas inflamado: sintomas que você deve conhecer

Última atualização: 29 setembro, 2018

Pancreatite é o nome oficial da doença que caracteriza o pâncreas inflamado.

Este órgão é fundamental para o bom funcionamento do organismo. Por isso, qualquer inflamação identificada no pâncreas deve ser tratada com a devida atenção.

O pâncreas está localizado na parte superior da região abdominal, atrás do estômago e do intestino delgado. Ele é responsável pela produção de enzimas utilizadas na digestão dos alimentos.

Estas enzimas são produzidas nas células pancreáticas e transportadas por pequenos dutos até o duodeno, parte do intestino localizada logo após o estômago.

Elas se mantêm inativas quando ainda estão no pâncreas e são ativadas ao chegar ao duodeno para iniciar a digestão.

Outro duto transporta a bile do fígado para o intestino e é ligado ao duto pancreático logo antes da chegada ao duodeno.

Tipos de pancreatite

A inflamação no pâncreas pode ser aguda ou crônica.

A pancreatite aguda ocorre quando a inflamação se desenvolve rapidamente, em um período de poucos dias.

Ela pode ser severa, mas, em muitos casos, costuma ser eliminada completamente e não causar danos permanentes.

A pancreatite crônica é uma inflamação recorrente e pode causar danos permanentes e severos ao pâncreas.

A inflamação cria tecidos cicatriciais que, em excesso, podem fazer com que o órgão pare de produzir a quantidade normal de enzimas digestivas. Assim, o organismo terá dificuldades para digerir as gorduras que ingerimos.

Causas da pancreatite

pâncreas inflamado

As duas causas principais da pancreatite, que são responsáveis por cerca de 85% dos casos, são o consumo exagerado de álcool e os cálculos biliares.

Os casos relacionados ao álcool ocorrem, principalmente, em indivíduos que têm um histórico de alcoolismo por um período entre 5 e 7 anos.

Por outro lado, as situações causadas por cálculos biliares ocorrem com mais frequência em mulheres com mais de 50 anos.

Os cálculos biliares podem bloquear o duto pancreático, fazendo com que as enzimas e os sucos digestivos fiquem presos dentro do pâncreas.

Se forem ativadas lá, as enzimas podem começar a “digerir” o pâncreas, causando a inflamação.

O restante dos casos podem ocorrer devido aos seguintes fatores:

  • Medicação
  • Doença hereditária
  • Trauma abdominal decorrente de queda forte ou acidente de carro
  • Cirurgia abdominal
  • Tabagismo
  • Fibrose cística
  • Alto nível de triglicérides no sangue

Sintomas do pâncreas inflamado

A inflamação no pâncreas pode evoluir para condições mais sérias e até se tornar fatal. Por isso, é importante ficar atento aos possíveis sintomas e procurar um médico se começar a sentir alguns deles.

A dor abdominal é o principal sintoma da pancreatite e ocorre na parte superior do abdômen.

Ela pode se espalhar pelo lado esquerdo chegando até as costas. Geralmente, piora quando comemos, principalmente se ingerirmos alimentos gordurosos.

Ela pode ser uma dor aguda que ocorre de forma repentina ou uma dor inicialmente leve que vai evoluindo até chegar a níveis insuportáveis.

pâncreas inflamado

Os outros principais sintomas do pâncreas inflamado são os seguintes:

  • Inchaço e distensão na região abdominal, que se torna muito sensível ao toque
  • Febre e calafrios
  • Náusea e vômitos, sendo que o vômito não causa alívio nem atenua a dor
  • Indigestão
  • Aumento dos batimentos cardíacos
  • Tontura e fraqueza, que podem evoluir para um desmaio
  • Perda de peso involuntária, causada pela má absorção de nutrientes
  • Mudança nas fezes, que se tornam mais oleosas e gordurosas devido à má absorção de gordura

Tratamento para o pâncreas inflamado

O tratamento do pâncreas inflamado, geralmente, envolve hospitalização e prescrição de antibióticos, cujo período pode variar dependendo da intensidade da doença.

Como o pâncreas precisa descansar para se recuperar, o primeiro passo é iniciar um jejum. 

Dessa forma, o paciente irá se alimentar através de fluídos e nutrientes administrados via intravenosa ou por um tubo conectado ao estômago.

Após receber alta, o paciente deve manter uma dieta majoritariamente líquida, com caldos, sopas e gelatinas, para estressar o mínimo possível o sistema digestivo.

O médico irá dar as recomendações específicas para a dieta. Além disso, irá prescrever suplementos vitamínicos para garantir a ingestão dos nutrientes necessários para o bom funcionamento do organismo.

Para curar a doença e prevenir seu reaparecimento, portanto, é fundamental realizar uma mudança no estilo de vida e nos hábitos alimentares.

Assim, cortar o consumo de álcool e o hábito de fumar são ações cruciais para a recuperação total.

Além disso, é importante manter uma dieta balanceada e pobre em gordura. Dessa forma, não prejudicamos novamente as funções pancreáticas que já foram comprometidas.


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