O que fazer se meu filho tiver um amigo imaginário

Muitas crianças podem criar amigos imaginários. São personagens que ativam a criatividade e ajudam a expressar emoções. Não há motivos para se preocupar se seu filho tiver um amigo imaginário. É normal e comum que apareçam. 
O que fazer se meu filho tiver um amigo imaginário

Escrito por Thady Carabaño

Última atualização: 23 agosto, 2022

Sem dúvida alguma, muitas crianças têm amigos imaginários, personagens que estimulam sua criatividade e ajudam a expressar suas emoções. No entanto, para os pais estes podem se tornar uma preocupação. Neste artigo, explicaremos o que fazer se seu filho tiver um amigo imaginário.

Por que as crianças inventam amigos imaginários?

Por que as crianças inventam amigos imaginários?

Esses seres criados pela mente vibrante e fantasiosa das crianças podem surgir a partir dos 2 anos, quando a criança começa a aprender a língua e a compreender o ambiente em que vive. Sua existência se deve a vários motivos, e geralmente assim como aparecem, se vão.

Certamente, os pais ficam surpresos ao ver seus filhos brincando e conversando sozinhos. Quando perguntam à criança do que se trata, esta responde calmamente que é seu novo amigo. Embora possam ser uma fonte de preocupação para os pais, os amigos imaginários fazem parte do desenvolvimento emocional da criança. Às vezes tais amigos estão relacionados a mentes altamente criativas e sensíveis.

Um estudo com 152 crianças entre 3 e 4 anos de idade, liderado pelas pesquisadoras Marjorie Taylor e Stephanie Carlson, das universidades de Oregon e Washington, descobriu que 2 de 3 crianças tinham amigos imaginários. 70% da amostra eram primogênitos ou filhos únicos. No entanto, sugere-se que não há necessariamente uma relação direta entre a solidão e o amigo imaginário. Dessa forma, entende-se que o amigo imaginário ajuda a criança a expressar seus sentimentos, e a melhorar suas habilidades de comunicação.

No entanto, não podemos descartá-los como sinais de privação emocional ou traumas. São aliados que podem ajudá-los a enfrentar dificuldades como o divórcio dos pais, a chegada de um novo irmão, uma mudança de escola, ou uma mudança de cidade ou país.

Meu filho tem um amigo imaginário! Que faço?

Em primeiro lugar, quando uma criança tem um amigo imaginário é manter a tranquilidade. Até 8 anos de idade é normal que uma criança tenha um parceiro imaginário. Nós apenas temos que aprender a lidar com ele com respeito e carinho.

Agir naturalmente

Evite ignorar ou negar o amigo imaginário do seu filho. Trate a situação naturalmente, sem encorajar o relacionamento ou proibi-lo. Lembre-se, para a criança o amigo faz parte de sua vida.

Conheça o amigo imaginário

Recomenda-se que os pais conheçam o novo amigo de seus filhos, como fariam com uma amizade normal. Ao pedir detalhes sobre ele, você aprenderá o que o amigo significa para seu filho, e como lidar melhor com isso.

O amigo imaginário não é uma desculpa ou justificativa

Se seu filho o usa para quebrar uma regra ou fazer uma travessura, não permita. Ensine-o a aceitar responsabilidades e a aprender o que é disciplina, independentemente de que exista ou não esse personagem.

Promova encontros com crianças reais

Se seu filho tiver um amigo imaginário promova encontros com crianças reais

Embora a atitude em relação a esses companheiros imaginários deva ser de respeito e tolerância, isso os encoraja a conhecer outras crianças para brincar e compartilhar. Desta forma você estimulará suas habilidades psicossociais. O mais provável é que os amigos imaginários comecem a desaparecer.

Quando você deve se preocupar?

Em geral, quando uma criança tem um amigo imaginário não há nada com que se preocupar. No entanto, se qualquer uma das seguintes situações ocorrer, a assistência de um psicólogo ou terapeuta é recomendada.

  • A criança se isola e prefere brincar com o amigo imaginário, e não com amigos reais.
  • Excitação, perda de controle, confusão mental, ou irritabilidade quando o personagem aparece.
  • A personalidade do amigo imaginário causa desconforto ou medo ao seu filho.

Em conclusão, como sempre dizemos, o tempo e a atenção que você dá ao seu filho são fundamentais para detectar quaisquer problemas reais.

 


Este texto é fornecido apenas para fins informativos e não substitui a consulta com um profissional. Em caso de dúvida, consulte o seu especialista.