O que é o muco e qual é a sua função?

O muco é um sinal de que o corpo está funcionando corretamente. Essa substância viscosa e pegajosa, de diferentes cores, desempenha um papel muito importante na proteção do organismo.
O que é o muco e qual é a sua função?

Escrito por Edith Sánchez

Última atualização: 09 agosto, 2022

Todos conhecem o muco, mas poucos sabem o que ele realmente é e qual é a sua função. Embora possa parecer inacreditável, todos os dias um adulto produz cerca de um litro dessa substância pelo nariz e mais um litro pela garganta.

O muco pode ter diferentes texturas e cores. Pode ser líquido ou duro, preto, branco, verde ou amarelo. Em geral, costuma ser relacionado à sujeira, mas a sua função principal é evitar que muitas partículas indesejáveis ​​entrem no sistema respiratório.

De qualquer forma, esse fluido indica se o nariz está funcionando como deveria ou não. Embora o hábito de cutucar as narinas para extrair essa substância pegajosa seja muito comum, é melhor limpá-las com um lenço de papel.

O que é o muco nasal?

O termo muco é usado para se referir ao fluido que sai do nariz. Essa não é a única secreção de muco que o corpo produz, mas esse nome se tornou popular. As secreções brônquicas geralmente são chamadas de catarro ou expectoração.

Assim, o muco é um líquido viscoso secretado pelas células epiteliais do nariz e de outros órgãos. Essas células têm cílios, que são um tipo de pelo. Eles movem o muco em direção às narinas.

O muco tem diversas funções, e as mais importantes são as seguintes:

  • Atua como um lubrificante: ajuda a manter o nariz e os seios paranasais úmidos. Isso protege contra a irritação causada pelo atrito com algum objeto ou partícula.
  • É um escudo protetor: o tecido das narinas e dos seios paranasais é bastante fino e delicado. O muco ajuda a protegê-lo.
  • Forma uma barreira: ajuda a reter e expelir as partículas estranhas que entram no nariz, tais como poeira, pólen, bactérias e vírus.

A função do muco pode ser sintetizada dizendo que este é um mecanismo de defesa e proteção contra agentes externos que podem entrar no corpo através do nariz. Ele é fundamental para combater alergias e resfriados.

Mulher com sinusite
A sinusite é o acúmulo de muco nos seios paranasais, com a inflamação da mucosa que reveste essas cavidades.

Como o muco é formado?

Esse fluido é produzido dentro do nariz e, a princípio, é uma substância que contém água, proteínas, alguns compostos químicos e sal. Tem uma textura viscosa e pegajosa, o que permite reter substâncias nocivas do ambiente.

A maior parte do muco produzido pelo nariz e pela garganta se mistura à saliva e é engolida. Uma parte fica no nariz. Quando ocorre um espirro ou a pessoa assoa o nariz, ele é expelido. Caso contrário, permanece no nariz e seca.

Se uma pessoa pega um resfriado, o corpo produz mais histamina. Esta é uma substância que faz com que as membranas do nariz fiquem inflamadas e produzam mais muco. Assim, forma-se uma espessa camada de muco que reforça a proteção do tecido nasal.

Quando há mais muco, ele deve ser expelido com maior frequência, seja porque as pessoas assoam o nariz mais vezes ou porque espirram mais. Isso ajuda a expulsar o agente infeccioso. Algo semelhante acontece com as alergias.

O que o muco não é?

Existem muitos mitos populares em torno do muco. Como mitos que são, eles não correspondem à realidade. Diz-se, por exemplo, que ele seria formado por células cerebrais que descem do crânio e chegam ao nariz, o que é falso.

Da mesma forma, alguns afirmam que ele possui vestígios de líquido cefalorraquidiano. Também se diz que o muco verde implica uma infecção grave ou que não ter muco no nariz significa estar mais limpo. Porém, nada disso tem fundamento.

Por que o muco muda de cor?

Um dos aspectos que mais chama a atenção em relação ao muco é o fato de que ele muda de cor. De modo geral, isso ocorre por causa das substâncias que entram em contato com ele. A partir desse ponto de vista, podemos encontrar diferentes tons.

Transparente

É o tom usual e considerado normal. No entanto, se estiver escorrendo demais, este pode ser um sinal de resfriado ou rinite alérgica. Portanto, a ausência de cor nem sempre é um sinal de que não há um problema de saúde.

Amarelado ou esverdeado

O muco amarelado ou esverdeado é um sinal de infecção que não necessariamente precisa ser grave. Ele assume essa tonalidade porque o sistema imunológico aumenta a produção de células de defesa chamadas de neutrófilos.

Essas células secretam enzimas para matar o agente infeccioso. Uma dessas enzimas, a peroxidase, dá esse tom ao muco. O normal é que ele mude de cor aos poucos: passa de transparente para amarelo e depois para verde.

Vermelho ou marrom

Essa cor significa que há um componente do sangue no muco. É possível que alguns dos pequenos vasos sanguíneos presentes na membrana do nariz tenham se rompido ou que uma pequena lesão tenha sido causada por causa dos espirros ou por assoar o nariz com muita frequência. Esta cor não deve nos alarmar a princípio.

Mulher espirrando no inverno
Assoar o nariz repetidamente pode lesionar as membranas mucosas, adicionando sangue ao muco.

Preto

Não é muito comum que o muco tenha essa cor. O normal é que ele adquira esse tom porque foi inalada fumaça ou fuligem. Também pode ser um sinal de ter respirado em um ambiente altamente poluído.

O muco é algo natural

Embora possa ser repulsivo, na verdade, o muco é um sinal de que tudo está funcionando bem no nariz. Mesmo assim, o mais aconselhável é ensinar as crianças a não comê-lo. Não é que se trate de algo tóxico, mas, de qualquer forma, este é um resíduo do corpo.

Também é importante que nem crianças nem adultos cutuquem o nariz, pois podem lesionar os tecidos com facilidade. O mais recomendável é assoar o nariz suavemente ou fazer uma lavagem nasal para limpá-lo.


Todas as fontes citadas foram minuciosamente revisadas por nossa equipe para garantir sua qualidade, confiabilidade, atualidade e validade. A bibliografia deste artigo foi considerada confiável e precisa academicamente ou cientificamente.


  • García-Moreno, J. M. (2005). El estornudo: Revisión de su etiología y fisiopatología. Revista de neurología, 41(10), 615-621.
  • Ramos-Jiménez J, Garduño-Torres B, Arias-Montaño JA. Histamina y comunicación intercelular: 99 años de historia. Rev Biomed. 2009;20(2):100-126.
  • Ripoll, J. (2001). Mocos y tos, el problema de cada día. Infancia: educar de 0 a 6 años, (65), 35-39.

Este texto é fornecido apenas para fins informativos e não substitui a consulta com um profissional. Em caso de dúvida, consulte o seu especialista.