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O que é a nifedipina?

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Na hora de administrar a nifedipina, há que se considerar uma série de situações em que seu uso é contraindicado. Aprenda mais sobre este fármaco neste artigo.
O que é a nifedipina?
Escrito por Equipe Editorial
Última atualização: 14 dezembro, 2022

A nifedipina é um medicamento antagonista do cálcio que pertence ao grupo das dihidropiridinas. Além disso, apresenta um efeito vasodilatador periférico e hipotensor, assim como um escasso efeito inotrópico negativo.

Devido a estes efeitos, este medicamento é indicado para o tratamento da angina de peito e para o tratamento da hipertensão arterial. Por sua vez, as cápsulas de liberação rápida também são usadas para o tratamento da Síndrome de Raynaud.

Ademais, é um medicamento que pode ser administrado tanto por via oral como por via sublingual. Quando os pacientes apresentam algum problema para realizar uma correta deglutição, será melhor optar pela segunda via de administração, por exemplo nas crises hipertensivas.

No entanto, a administração pela via sublingual pode ser perigosa, por isso que não é muito recomendada. A razão para isso é que a resposta hipotensora induzida pode ser intensa e de difícil controle.

Além disso, é importante considerar que a administração conjunta de nifedipina com suco de toranja, assim como de outras substâncias inibidoras do metabolismo hepático, é perigosa. Isso se deve ao fato de a concentração do fármaco poder aumentar consideravelmente e produzir um quadro tóxico.

O que é a Síndrome de Raynaud?

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Trata-se de uma doença pouco frequente que afeta os vasos sanguíneos dos dedos da mão e do pé. Além disso, desenvolve-se com um estreitamento dos vasos quando a pessoa sente frio ou estresse.

Quando isso ocorre, o sangue não pode circular adequadamente por estas partes do corpo devido à forte vasoconstrição. Por conseguinte, as partes afetadas se tornam esbranquiçadas e azuladas.

Assim que se recupera da vasoconstrição, a pele fica vermelha e o paciente pode sentir uma sensação de palpitação e formigamento. Quando esta situação se agrava, é possível ocorrer feridas na pele e, até mesmo, morte dos tecidos.

Por outro lado, todavia não se conhecem as causas dos ataques de Raynaud. Ademais, é importante diferenciar entre Raynaud primário e secundário. Com relação ao primário, é a forma mais frequente e não é causa de uma doença associada.

Com relação ao Raynaud secundário, é causado por um problema não diagnosticado. E, apesar de ser menos frequente, costuma ser mais grave que o primário. Entre as doenças que podem desencadear esta síndrome, é possível mencionar:

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Mecanismo de ação: como a nifedipina exerce seu efeito?

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A nifedipina, como dissemos anteriormente, pertence ao grupo de fármacos antagonistas de cálcio. Este grupo terapêutico reduz a entrada do cálcio nas células do miocárdio e vasos sanguíneos, como consequência do bloqueio dos canais de cálcio dependentes de voltagem.

Além disso, a nifedipina pertence, de fato, ao grupo das dihidropiridinas. Age, principalmente, sobre a circulação periférica, relaxando a musculatura lisa vascular e produzindo vasodilatação das artérias em dois níveis:

  • Vasodilatação periférica: reduz a resistência de pós-carga. Por isso, a nifedipina é útil em pacientes com hipertensão arterial e com síndrome de Raynaud.
  • Vasodilatação coronária: aumenta o fluxo sanguíneo coronário e a oxigenação do miocárdio. Dessa forma, justifica sua eficácia no tratamento da angina de peito.

Por outro lado, também é capaz de reduzir, ainda que seja de forma leve, a contratilidade e condutividade cardíaca.

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Contraindicações e reações adversas da nifedipina

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Na hora de administrar este medicamento, há que considerar uma série de situações em que seu uso é contraindicado, pelas complicações que pode acarretar. De fato, não se deve ingerir nifedipina quando o paciente é alérgico a este fármaco.

Contudo, as mulheres grávidas ou que estejam amamentando tampouco podem consumir o fármaco, já que pode afetar o bebê. Por fim, e com base nos dados que estão disponíveis com os outros medicamentos consumidos, não se deve administrar conjuntamente com rifampicina.

Por outro lado, assim como todos os medicamentos que estão no mercado, a nifedipina pode desencadear uma série de efeitos adversos que devem ser considerados. Entre eles, pode-se mencionar os seguintes:

  • Problemas vasculares relacionados com a vasodilatação, como tonturas, cefaleias ou edema periférico.
  • Transtornos cardíacos, como palpitações, hipotensão ou insuficiência cardíaca.
  • Alterações digestivas.
  • Mudanças no sistema nervoso, como quadros de ansiedade ou insônia.

Conclusão

A nifedipina é um medicamento usado principalmente para tratar a hipertensão, a síndrome de Raynaud e a angina de peito. Devido aos efeitos muito potentes, é bom ter uma especial precaução com sua administração.

Por isso, consulte com o médico ou o farmacêutico ante qualquer dúvida e siga sempre as instruções indicadas.


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