O que é a adenomiose: sintomas e tratamento

A administração de anti-inflamatórios para controlar as cólicas e o uso da pílula contraceptiva costumam ajudar a aliviar os sintomas da adenomiose.
O que é a adenomiose: sintomas e tratamento
Diego Pereira

Revisado e aprovado por o médico Diego Pereira.

Escrito por Equipe Editorial

Última atualização: 15 dezembro, 2022

A adenomiose é uma doença que avança com um engrossamento dentro das paredes do útero. Por conseguinte, a mulher sentirá dor, sangramento e cólicas fortes, entre outros sintomas que veremos a continuação.

Esta doença se produz quando o tecido que normalmente recobre o útero, que é o tecido endometrial, se desenvolve dentro da parede muscular do útero. O tecido deslocado segue funcionando com normalidade, se engrossa, se degrada e produz sangramento durante o ciclo menstrual.

A adenomiose é um transtorno benigno e comum em mulheres que tenham dado à luz entre as idades de 35 a 50 anos. Além disso, esta afecção pode se apresentar de duas formas, levando em consideração a quantidade de tecido invadido:

  • Adenomiose difusa: nesse caso, grande parte do útero ou sua totalidade é afetado.
  • Adenomiose focal: também conhecida como adenomioma. Consiste em uma massa localizada dentro do miométrio.

Causas da adenomiose

Câncer de útero

Hoje em dia, não se conhecem as causas exatas que desencadeiam esta doença no útero. Algumas das explicações científicas são, por exemplo:

  • Traumas no útero como antecedentes de cirurgia uterina ou ginecológica. Assim como mais de uma gravidez ao longo da vida ou um parto por cesárea.
  • Crescimento de tecido invasivo. Acredita-se que possa ser o resultado da invasão direta das células endometriais do revestimento do útero no músculo; que forma a parede uterina.
  • Origens do desenvolvimento. Pensa-se que possa ser originada dentro do músculo uterino a partir do tecido endometrial que se deposita ali quando o útero se forma inicialmente no feto.

No entanto, há que se considerar que qualquer que seja a causa, o crescimento dependerá totalmente da concentração de estrogênios que a mulher tenha.

Sintomas

Aproximadamente um terço das mulheres que apresentam esta doença não apresentam nenhum sintoma. A outra porção sofrem com sintomas, sendo o principal o fluxo menstrual intenso e cólicas muito dolorosas.

Além disso, quando a mulher tem relações sexuais, pode sangrar fora do período da menstruação.

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Outros sintomas comuns da adenomiose são:

  • Dor pélvica.
  • Câimbras intensas.
  • Anemia provocada pelo sangramento abundante pode ser uma complicação dessa doença. Aparece quando os sangramentos são prolongados. Por conseguinte, a mulher se sentirá cansada e pode apresentar outros problemas de saúde.
  • Problemas de infertilidade.

Apesar de não ser uma doença nociva, a dor e o sangramento excessivo podem alterar o estilo de vida desses pacientes. Além disso, é frequente que tentem evitar realizar atividades que antes desfrutavam pela intensa dor ou pela preocupação de começar a sangrar.

Diagnóstico

Ultrassom para detectar adenomiose

O útero pode ser visualizado mediante técnicas de ultrassom ou por ressonância magnética. A primeira técnica é a mais efetiva e a que é mais disponível para os médicos hoje em dia.

Graças aos ultrassonspode-se observar a textura uterina de maneira heterogênea sem as massas focais bem definidas que caracterizam transtornos como os miomas.

Com relação a segunda técnica, a ressonância magnética provê uma melhor capacidade diagnóstica porque tem uma melhor resolução e contrasta melhor as imagens, especialmente na diferenciação entre uma adenomiose e um mioma fibrótico. 

Por outro lado, nas mulheres sem sintomas e sem aumento de volume uterino, é possível fazer um diagnóstico com absoluta certeza somente através da avaliação do útero depois de uma histerectomia.

Tratamento da adenomiose

O único tratamento eficaz para a adenomiose é a extirpação cirúrgica do útero ou histerectomia. Como os sintomas tendem a piorar depois dos 40-45 anos de idades e desaparecem logo após a menopausa, a maioria das mulheres termina sem necessidade de recorrer a um tratamento radical.

administração de anti-inflamatórios para controlar as cólicas e o uso da pílula contraceptiva para controlar a liberação dos hormônios durante o ciclo menstrual costumam ajudar a aliviar os sintomas.

No entanto, no caso da mulher estar longe da menopausa, já tem filhos e não quer ter mais e não é capaz de reduzir os sintomas da doença; a cirurgia deve ser considerada sob indicação médica.


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