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Lubrificantes caseiros: benefícios e riscos

5 minutos
Embora pareçam mais naturais e ecológicos, o uso de lubrificantes caseiros pode provocar reações alérgicas, irritação e, além disso, fazer com que o preservativo se rompa.
Lubrificantes caseiros: benefícios e riscos
Escrito por Virginia Martínez
Última atualização: 27 maio, 2022

Talvez você já tenha pensado em usar lubrificantes caseiros em algum momento, seja porque tem um problema de lubrificação natural ou porque acha que eles tornarão a prática sexual mais satisfatória. No entanto, antes de fazer isso, é importante conhecer os benefícios e riscos do uso desses produtos.

Lubrificantes

A secura vaginal é um problema comum que afeta muitas mulheres. As causas podem ser muitas: desde infecções como candidíase, por exemplo, a estados de estresse que impedem uma lubrificação adequada da região vaginal.

De qualquer forma, a consequência é a mesma: a relação sexual não é tão agradável quanto gostaríamos. Portanto, o uso de lubrificantes é recomendado para facilitar um encontro sexual indolor e satisfatório para ambos.

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A secura vaginal pode afetar o bem-estar da mulher e do seu parceiro; portanto, recomenda-se o uso de lubrificantes para melhorar as relações sexuais.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) estabeleceu uma série de critérios em relação às características e requisitos que esses produtos devem atender, indicando que, em geral:

  • Eles não devem afetar a integridade do preservativo.
  • Seu efeito deve ser duradouro.

Assim, os lubrificantes disponíveis no mercado atendem a esses e outros requisitos, para que seu uso seja seguro. Agora, será que acontece o mesmo com os lubrificantes caseiros?

Lubrificantes caseiros

Muitas mulheres preferem descartar os lubrificantes industrializados e optar por produtos caseiros mais acessíveis, naturais e ecológicos como, por exemplo:

  • Óleos de cozinha
  • Infusões (camomila, por exemplo)
  • Aloe vera
  • Vaselina
  • Cremes para o corpo
  • Saliva
  • Iogurtes
  • Ovos

No entanto, devemos ter em mente que, embora alguns deles possam fornecer uma lubrificação temporária que permite um sexo mais agradável, eles não estão isentos de riscos. 

Além disso, devemos lembrar que a vagina é extremamente sensível. No seu interior, há uma microflora vaginal que pode facilmente se desequilibrar, causando ainda mais problemas. Portanto, devemos ter em mente que os lubrificantes caseiros podem afetar a saúde vaginal.

Leia também: 6 perguntas que você deve fazer ao ginecologista

Riscos do uso de lubrificantes caseiros

Hidratante e lubrificante não são a mesma coisa

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A composição dos hidratantes pode afetar seriamente a pele da região íntima.

Muitas mulheres optam por usar cremes corporais hidratantes, pensando que sua textura similar à do lubrificante pode favorecer a penetração ou o sexo sem muito desconforto. No entanto, este é um erro grave.

Os hidratantes costumam ser absorvidos rapidamente pela pele, de modo que a lubrificação dura um tempo mínimo. Após esse tempo de absorção, alguma irritação pode aparecer. Além disso, dada a composição química desse tipo de produto, eles podem afetar a integridade do preservativo, prejudicando o látex e causando rupturas.

Podem causar infecções

O uso da saliva, por exemplo, pode fazer com que as bactérias da boca cheguem à área íntima se a usarmos como lubrificante.

Da mesma forma, lembre-se de que outros lubrificantes caseiros, como iogurtes, ovos ou óleo de cozinha, podem não ser completamente eliminados após a relação sexual. Apesar de cuidar da higiene subsequente, poderão restar resquícios dos produtos utilizados, que causarão infecções.

Podem romper o preservativo

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Um dos requisitos básicos que os lubrificantes devem atender é o de não alterar a estrutura do preservativo.

Os preservativos costumam ser feitos de látex, que embora seja um material bastante resistente, pode ser afetado negativamente pelo uso de outros produtos que não sejam os lubrificantes.

Assim, enquanto os lubrificantes vendidos no mercado garantem a integridade do preservativo, não podemos ter certeza sobre os lubrificantes domésticos. Por exemplo, o uso de óleo de cozinha ou de cremes corporais pode causar a deterioração do látex e o rompimento do preservativo. 

Por outro lado, a vaselina, bem conhecida e utilizada como lubrificante, apresenta inúmeros riscos. Não apenas por ser feita à base de petróleo e, portanto, poder favorecer o rompimento do preservativo, mas também pelo fato de poder causar vaginose bacteriana.

Os lubrificantes caseiros podem afetar os espermatozoides

Em geral, os lubrificantes industrializados podem afetar os espermatozoides; portanto, geralmente não são recomendados para casais que estão tentando ter filhos. De fato, sua composição e características químicas (pH, osmolaridade) podem se tornar tóxicas para os espermatozoides.

Felizmente, também existem no mercado lubrificantes específicos que promovem a sobrevivência e a vitalidade dos espermatozoides.

No caso dos lubrificantes caseiros, não podemos ter certeza de que sua composição ou características químicas não sejam contraproducentes para a concepção. Além disso, sua textura costuma ser bastante grossa, dificultando o acesso dos espermatozoides ao óvulo.

Portanto, os lubrificantes caseiros podem dificultar a fertilização, não sendo recomendados para casais que desejam ter filhos.

Recomendamos que você leia: Como melhorar a fertilidade masculina

Cuidado com as reações alérgicas

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O principal risco dos lubrificantes caseiros é que sua segurança para a região íntima não é garantida, trazendo o risco de alergias e irritações.

Dissemos anteriormente que a vagina é uma região bastante sensível. Nesse sentido, devemos ter muito cuidado antes de aplicar um produto caseiro ou natural nessa área. Podemos acabar desencadeando algum tipo de reação alérgica, causando mais desconforto e irritação. 

Por esse motivo, consulte sempre o seu médico antes de aplicar produtos desse tipo em uma área tão delicada quanto a genital.

Em resumo, pode parecer que os lubrificantes caseiros são mais baratos e mais naturais do que os industrializados. No entanto, a vagina é altamente sensível e corremos o risco de desenvolver infecções, reações alérgicas, irritações e outros desequilíbrios. Além disso, há também o risco de rompimento do preservativo.

Por todas essas razões, é melhor evitar aplicar produtos caseiros, cujos efeitos adversos são desconhecidos, em uma área tão delicada e sensível. Portanto, é sempre melhor optar por produtos cientificamente testados e aprovados.


Todas as fontes citadas foram minuciosamente revisadas por nossa equipe para garantir sua qualidade, confiabilidade, atualidade e validade. A bibliografia deste artigo foi considerada confiável e precisa academicamente ou cientificamente.



Este texto é fornecido apenas para fins informativos e não substitui a consulta com um profissional. Em caso de dúvida, consulte o seu especialista.