O que acontece quando a saliva é espessa?

A saliva pode ficar mais espessa devido a algumas doenças. Também pode ser modificada por alterações hormonais ou como resultado do consumo de certos medicamentos.
O que acontece quando a saliva é espessa?

Última atualização: 23 agosto, 2022

A saliva é essencial na cavidade oral, pois mantém os tecidos úmidos e ajuda a limpar a boca. A saliva espessa, resultado de alterações no organismo, produz variações no equilíbrio oral que, por sua vez, geram um desequilíbrio da flora.

As glândulas salivares são responsáveis ​​pela produção de saliva. Quando essas glândulas são alteradas por diferentes razões, como quimioterapia ou radiação, por exemplo, elas podem causar várias modificações morfológicas na saliva.

O aumento da espessura da saliva a torna mais pegajosa e viscosa. Além disso, além do inconveniente para o paciente, pode causar problemas como dificuldade para falar, comer, engolir e até respirar corretamente. O que podemos fazer para resolver esse problema?

Causas da saliva espessa

A saliva espessa pode se originar devido a diferentes patologias, por exemplo:

  • Hipertensão arterial
  • Diabetes
  • Problemas renais
  • Pedras ou obstruções do ducto salivar
  • Diferentes tipos de câncer
  • Parkinson
  • HIV
  • Infecções na boca
  • Acidente vascular cerebral

Também pode ocorrer devido a irritação ou boca seca devido a alterações hormonais, especialmente em mulheres a partir dos 40 anos. O envelhecimento também pode ser uma causa.

Outra causa muito comum são os efeitos adversos de medicamentos, como os utilizados para quimioterapia, anti-histamínicos, antidepressivos, diuréticos ou analgésicos.

Controle da saliva espessa

Que problemas isso pode causar?

Se a saliva engrossar demais, a maneira de engolir pode mudar, fazendo com que o paciente aspire em vez de engolir devido a esse problema. Com o tempo, isso pode ocasionar pneumonia por aspiração.

Há uma sensação na boca seca e viscosa que produz mau hálito, dificuldade para engolir, mastigar e falar. Além disso, há um aumento de cáries e de doença periodontal nas gengivas.

Por outro lado, a língua pode secar, mudando a sensação do paladar e criando fissuras nela. Feridas na boca e lábios rachados também são muito comuns.

Diagnóstico

Existem exames para avaliar o fluxo salivar, chamado sialometria, que avalia a quantidade de saliva. Pode-se também realizar biópsias das glândulas salivares, a fim de analisá-las e observar seus problemas patológicos.

Como podemos resolver o problema da saliva espessa?

Se as glândulas salivares estão danificadas, não há tratamento para isso. No entanto, podemos realizar diferentes procedimentos para tentar fazer com que a saliva se torne mais fluida:

  • Aumente a quantidade de água ingerida.
  • Umedeça as refeições com molhos, caldos, etc.
  • Use um umidificador de ambiente.
  • Durma com a cabeça mais alta.
  • Escove os dentes com frequentemente.
  • Faça gargarejos.
  • Masque chicletes com frequência.
  • Limite o consumo de álcool e tabaco.
  • Diminua a ingestão de alimentos picantes.

Quer saber mais? Então leia: O que são as cáries e como elas se formam?

Tratamento odontológico contra saliva espessa

É essencial considerar as patologias e medicamentos que os pacientes estão tomando, bem como fatores psicológicos. O profissional pode recomendar estimulantes da produção salivar ou substitutos salivares, por exemplo:

  • Xilitol
  • Aloe Vera
  • Flúor, como parte essencial da higiene diária.
É importante uma boa escovação

O xilitol tem efeitos remineralizantes e anticáries. Além disso, é também hidratante. Por outro lado, o aloe vera é cicatrizante e evita feridas e fissuras, tanto na língua quanto nos lábios, melhorando assim a sintomatologia.

A higiene bucal é essencial, portanto, uma boa escovação com uma escova de filamentos médios, pastas e enxaguantes com flúor e géis hidratantes são uma ótima ajuda para os pacientes com essa patologia.


Todas as fontes citadas foram minuciosamente revisadas por nossa equipe para garantir sua qualidade, confiabilidade, atualidade e validade. A bibliografia deste artigo foi considerada confiável e precisa academicamente ou cientificamente.


  • Falcão, D. P., da Mota, L. M. H., Pires, A. L., & Bezerra, A. C. B. (2013). Sialometry: Aspects of clinical interest. Revista Brasileira de Reumatologia. Elsevier Editora Ltda. https://doi.org/10.1016/j.rbr.2013.03.001.
  • Nayak PA, Nayak UA, Khandelwal V. The effect of xylitol on dental caries and oral flora. Clin Cosmet Investig Dent. 2014;6:89–94. Published 2014 Nov 10. doi:10.2147/CCIDE.S55761.
  • Rudney, J. D. (2000). Saliva and dental plaque. Advances in Dental Research. https://doi.org/10.1177/08959374000140010401.
  • Ligtenberg, A., Liem, E., Brand, H., & Veerman, E. (2016). The Effect of Exercise on Salivary Viscosity. Diagnostics6(4), 40. https://doi.org/10.3390/diagnostics6040040.
  • Petrušić, N., Posavec, M., Sabol, I., & Mravak Stipetić, M. (2015). The Effect of Tobacco Smoking on Salivation. Acta Stomatologica Croatica49(4), 309–315. https://doi.org/10.15644/asc49/4/6.
  • Rebolledo C, et al. Sialolitos en conductos y glándulas salivales. Revisión de literatura. Avances en Odontoestomatología 2009;25(6):311-317. Disponible en: https://scielo.isciii.es/pdf/odonto/v25n6/original1.pdf.
  • Cersosimo MG, Raina GB, Calandra CR, Pellene A, Gutiérrez C, Micheli FE, Benarroch EE. Dry mouth: an overlooked autonomic symptom of Parkinson’s disease. J Parkinsons Dis. 2011;1(2):169-73. doi: 10.3233/JPD-2011-11021. PMID: 23939300.
  • Schiødt M, Dodd CL, Greenspan D, Daniels TE, Chernoff D, Hollander H, Wara D, Greenspan JS. Natural history of HIV-associated salivary gland disease. Oral Surg Oral Med Oral Pathol. 1992 Sep;74(3):326-31. doi: 10.1016/0030-4220(92)90069-3. PMID: 1407995.
  • Maciejczyk M, Gerreth P, Zalewska A, Hojan K, Gerreth K. Salivary Gland Dysfunction in Stroke Patients Is Associated with Increased Protein Glycoxidation and Nitrosative Stress. Oxid Med Cell Longev. 2020 Dec 10;2020:6619439. doi: 10.1155/2020/6619439. PMID: 33488927; PMCID: PMC7787773.
  • Manley KJ. Saliva composition and upper gastrointestinal symptoms in chronic kidney disease. J Ren Care. 2014 Sep;40(3):172-9. doi: 10.1111/jorc.12062. Epub 2014 Mar 20. PMID: 24650153.
  • Chimenos Küstner, E., (2014).Boca seca y boca ardiente. Avances en Odontoestomatología.
    Disponible en: https://scielo.isciii.es/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0213-12852014000300003
  • Mayo Clinic. Síndrome de Sjögren. (2022).
  • sreebny, L., Et al., (1992). Xerostomia in Diabetes Mellitus. American Diabetes Association. Disponible en: https://diabetesjournals.org/care/article/15/7/900/17639/Xerostomia-in-Diabetes-Mellitus
  • Kawamoto, Makiko, Et al. (2021). Relationship between dry mouth and hypertension. Clinical Oral Investigations. Disponible en:https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/33594468/

Este texto é fornecido apenas para fins informativos e não substitui a consulta com um profissional. Em caso de dúvida, consulte o seu especialista.