Escoliose em crianças: tudo que você precisa saber
A escoliose em crianças é um problema sério que merece atenção desde o início. Este termo caracteriza todas as deformações da coluna que aparecem em menores e que podem ter diferentes graus de severidade.
De modo geral, a escoliose em crianças tende a piorar à medida que o crescimento progride. Um aspecto enganoso dessa situação é que crianças e adolescentes costumam tolerar muito bem esse problema, mas se permitirmos que ele avance, posteriormente poderá exigir tratamentos altamente complexos.
A forma mais comum de escoliose em crianças é a chamada de “escoliose idiopática”. Esta se apresenta em 4 de cada 1000 pessoas. Nesses casos, aproximadamente 1% será grave e exigirá tratamento a longo prazo. Os menores devem ter pelo menos uma consulta ortopédica anual, especialmente quando atingem a puberdade.
O que é a escoliose em crianças?
A escoliose em crianças é definida como um problema com a curva da coluna vertebral que se apresenta na população infantil. A coluna tem uma curvatura “normal”, mas esta é mais pronunciada em algumas crianças, como se formasse uma letra “C” ou “S” . Essa anormalidade pode causar dor e dificuldade na respiração.
Quando há escoliose, a coluna se move para um lado. Esse problema pode levar os ossos a girarem. Nesse caso, um ombro ou um lado do quadril pode ser mais alto que o outro. Existem vários tipos de escoliose em menores de idade:
- Escoliose infantil. Ocorre em crianças menores de 3 anos e pode ser uma anormalidade de nascimento ou congênita, mas às vezes é causada por outros distúrbios ou causas desconhecidas.
- Escoliose idiopática da adolescência. É a forma mais comum e ocorre em crianças com mais de 10 anos; sua causa é desconhecida.
- Escoliose juvenil. Ocorre em crianças entre 3 e 10 anos e é a modalidade mais rara de todas.
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Causas e fatores de risco
Na maioria dos casos, a causa da escoliose infantil é desconhecida, embora se saiba que afeta mais as meninas do que os meninos. De acordo com a causa que a origina, a escoliose pode ser classificada da seguinte forma:
- Escoliose congênita. Aparece durante a gravidez e inclui várias anormalidades, como ausência de vértebras, malformações ou desenvolvimento incompleto.
- Idiopática. Nesses casos, a razão pela qual a escoliose ocorre é desconhecida.
- Neuromuscular. É consequência de algumas condições neurológicas, como distrofia muscular, paralisia cerebral, espinha bífida, tumores da medula, neurofibromatose ou condições paralíticas.
- Outras. Em alguns casos a escoliose em crianças resulta de infecções, lesões, tumores, pernas de diferentes comprimentos ou doenças genéticas.
Sintomas e diagnóstico da escoliose em crianças
Cada criança pode apresentar os sintomas de escoliose de maneira diferente. Mesmo assim, existem algumas manifestações que aparecem em vários casos. São as seguintes:
- A cabeça não está localizada no centro em relação ao resto do corpo.
- Cada braço fica pendurado de maneira diferente quando a criança está em pé.
- Um dos ombros, ou uma das áreas do quadril fica posicionada mais acima em relação ao outro lado.
- Se a criança se inclina para a frente, um lado das costas parece mais alto que o outro.
Na maioria dos casos a escoliose não causa dor ou outros sintomas. O diagnóstico geralmente é feito a partir da observação clínica, que costuma ser complementada por uma ressonância magnética ou uma tomografia computadorizada (TC).
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Tratamento
O tratamento da escoliose em crianças depende da idade, do estágio de crescimento em que se encontra, da causa do problema, da gravidade da curvatura e do estado de saúde do menor. O nível de tolerância aos medicamentos e terapias disponíveis também é levado em consideração.
Se a curvatura é pequena ou a criança está próxima da adolescência, o que geralmente é feito é um acompanhamento para verificar se a anormalidade não aumenta. Nesses casos, ou quando a curvatura é maior, o uso de espartilho costuma ser recomendado. Isso impede que a curvatura aumente ainda mais.
Se a curvatura for muito acentuada, o indicado é realizar uma intervenção cirúrgica para fazer a correção. Se um caso grave não for tratado, pode levar à redução da capacidade pulmonar e ao desenvolvimento de doenças pulmonares. Por tudo isso, esta é uma condição que merece toda a atenção.
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