Drogas e disfunção erétil: existe uma relação?
Quando um paciente vai até o médico porque ele é incapaz de manter uma ereção completa durante o sexo, ele é submetido a um exame físico e também psicológico para descartar a possibilidade de que um período de estresse ou ansiedade esteja causando a disfunção erétil.
Depois dos testes que o médico considerar apropriados, se o diagnóstico for de que o paciente sofre de disfunção erétil, ela será classificada de acordo com sua etiologia: causas neurogênicas, endocrinológicas, vasculogênicas ou induzidas por drogas, entre outras.
Os efeitos negativos das drogas
Quando falamos sobre a relação entre drogas e disfunção erétil, é possível que as drogas que são coloquialmente conhecidas como ilegais venham à mente. Por exemplo, heroína ou cocaína. No entanto, há outra série de “drogas” que, muitas vezes, não consideramos como tal e que afetam a sexualidade.
Por exemplo, o álcool e o tabaco são drogas que afetam negativamente a nossa saúde e podem se manifestar no momento da relação sexual. Da mesma forma, antidepressivos, medicamentos hormonais ou aqueles com ação cardiovascular também podem estar relacionados à disfunção erétil.
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Drogas e disfunção erétil
A seguir, veremos a estreita relação entre drogas e disfunção erétil, de acordo com os resultados apresentados no artigo Drogas e sexualidade: grandes inimigos. Além disso, será feita uma menção especial àquelas drogas que são bastante usadas no sexo e que podem influenciar negativamente.
- Tranquilizantes: os medicamentos mais utilizados para acalmar estados de ansiedade ou estresse são os benzodiazepínicos, como o Diazepam. Eles podem reduzir a excitação ou impedir o orgasmo, principalmente se as doses necessárias forem muito altas.
- Hormônios sintéticos: devem sempre ser administrados sob supervisão médica. Caso contrário, é muito provável que afete a ereção durante a relação sexual.
- Antidepressivos: em doses baixas pode ajudar a melhorar a resposta sexual de uma pessoa que tem depressão. No entanto, em muitos casos, são necessárias doses mais altas que podem afetar a sexualidade, anulando a excitação. Eles também podem causar impotência.
Drogas e sexo
Muitas das drogas que não mencionamos na seção anterior estão relacionadas ao sexo. Todos nos lembramos de um filme em que, depois de terminar o ato sexual, o casal acende um cigarro. Isso parece um ato inofensivo, mas pode ter um impacto importante sobre a manifestação da disfunção erétil.
- Tabaco: nos jovens, esse tipo de droga pode afetar a ereção durante o ato sexual, caso não haja outras causas (depressão, ansiedade…). Abandonar esse hábito pode produzir uma melhora notável.
- Heroína: essa droga é considerada uma das maiores drogas ilegais e tem um efeito depressivo no sistema nervoso. Portanto, causa impotência sexual e, inclusive, o vício pode derivar em um completo desinteresse pelo sexo.
- Maconha: seu consumo excessivo pode levar a um desinteresse pelo sexo, como no caso anterior. Seus efeitos impedem atividades de concentração e coordenação motora, podendo causar dificuldades para fazer sexo.
- Esteroides: seu consumo prolongado ao longo do tempo acaba aumentando o tamanho da próstata, diminuindo os testículos e causando problemas de ereção.
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Conclusões sobre as drogas e a disfunção erétil
Esses são apenas alguns exemplos dos tipos de drogas que podem causar a disfunção erétil, embora já possamos ter uma ideia de que elas são prejudiciais à nossa saúde e à nossa sexualidade. Portanto, adquirir hábitos saudáveis e ir à terapia para cuidar da nossa saúde mental é necessário para evitá-la.
Muitas vezes, consumimos maconha para fugir da realidade ou esteroides porque temos algum problema de autoestima. Em outras situações, acabamos sofrendo de depressão e isso exige uma medicação que, por um tempo, pode causar a disfunção erétil.
O importante é detectar onde está o problema do uso e abuso de certas drogas que estão tendo um efeito prejudicial em nossa saúde. Alguma vez você já relacionou a disfunção erétil com o uso de drogas?
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