Displasia fibromuscular: diagnóstico e tratamento

Um problema ao diagnosticar a displasia fibromuscular é que existem muitos pacientes que não apresentam sinais ou sintomas. Contaremos tudo sobre esta doença a seguir.
Displasia fibromuscular: diagnóstico e tratamento
Alejandro Duarte

Revisado e aprovado por o biotecnólogo Alejandro Duarte.

Escrito por Equipe Editorial

Última atualização: 16 janeiro, 2023

A displasia fibromuscular é uma doença que causa o desenvolvimento anormal de uma ou mais artérias do corpo, afetando as paredes dos grandes vasos. Como resultado, podem ocorrer estreitamentos, conhecidos como estenoses, aneurismas ou derrames (dissecções arteriais).

Se um estreitamento ou ruptura causar uma diminuição no suprimento sanguíneo para a artéria, uma série de sintomas poderá ser desencadeada, o que veremos mais detalhadamente ao longo desse artigo. A displasia fibromuscular afeta principalmente as artérias que suprem os rins e o cérebro.

Cabe destacar que esta doença afeta muito mais as mulheres do que os homens, embora eles e algumas crianças também possam ser afetados.

Além disso, é difícil determinar quão comum é esta doença na população em geral. A razão para tal é que pacientes com displasia fibromuscular leve geralmente não apresentam sintomas, fazendo com que a doença não seja detectada.

Causas da displasia fibromuscular

Sistema circulatório
A displasia fibromuscular é uma doença que afeta a parede dos grandes vasos sanguíneos, e pode representar um grande risco para a saúde do paciente.

Atualmente, a causa que desencadeia a displasia fibromuscular é desconhecida. Apesar disso, várias teorias foram sugeridas:

Por um lado, acredita-se que possa haver uma causa genética. No entanto, as pessoas de uma mesma família podem ter efeitos diferentes nas artérias, diferentes graus de gravidade da doença ou não desenvolvê-la.

Por outro lado, como a doença é muito mais comum em mulheres do que em homens, acredita-se que os hormônios possam ter um papel fundamental em seu desenvolvimento. Apesar disso, alguns estudos sugerem que o uso de pílulas anticoncepcionais não está relacionado à displasia. Outras possíveis causas incluem:

  • Desenvolvimento anormal das artérias que suprem as paredes dos vasos sanguíneos, resultando em uma falta de oxigênio.
  • Posição anatômica ou movimento da artéria no corpo.
  • Certos medicamentos.
  • Hábito de fumar.

Sintomas

Um problema ao diagnosticar esta doença é que existem muitos pacientes que não apresentam sinais ou sintomas no exame físico. Entre aqueles que apresentam sintomas, estes dependerão das artérias afetadas e da presença de evidências de estreitamento, derrame ou aneurisma.

Qualquer dor ou sinal clínico relacionado à doença provém do órgão irrigado por essa artéria. Alguns possíveis sintomas da displasia fibromuscular são:

  • Pressão arterial alta.
  • Função renal anormal detectada em exames de sangue.
  • Sopro que pode ser ouvido no pescoço com um estetoscópio.
  • Zumbido nos ouvidos.
  • Dores.
  • Sangramento intracraniano.

Deve-se ter em mente que, como dissemos, esses sintomas e muitos outros que um paciente com esta doença pode vir a sofrer dependerão da artéria afetada.

Como a displasia fibromuscular pode ser diagnosticada?

Arteriograma
Atualmente, uma das técnicas mais utilizadas para o diagnóstico é o arteriograma.

O diagnóstico de displasia fibromuscular envolve imagens dos vasos sanguíneos. Atualmente, dispomos de muitas técnicas que nos permitem realizar esse teste de diagnóstico. Algumas delas são:

  • Duplex scan: é uma técnica especializada de ultrassom dos vasos sanguíneos.
  • Angio TAC: obtido ao aplicar um contraste através das veias.
  • Um tipo especial de ressonância magnética.

Em muitos casos, o diagnóstico desta doença requer um procedimento conhecido como arteriograma ou arteriografia. Trata-se de um procedimento realizado por um radiologista, cirurgião vascular, cardiologista ou especialista em medicina vascular.

Tratamento

Atualmente, não há cura para a displasia fibromuscular. Por esse motivo, os tratamentos aos quais os pacientes se submetem baseiam-se no alívio dos sintomas e nas complicações da doença.

Alguns medicamentos usados ​​para esse fim são:

  • Antiplaquetários: como a aspirina.
  • Anti-hipertensivos.
  • AINEs: para tratar as dores de cabeça que esses pacientes costumam ter.

Por outro lado, deve-se mencionar que, em alguns casos, uma tentativa deve ser feita para melhorar o fluxo sanguíneo através dos vasos estreitados. Para isso, procedimentos como angioplastia com balão ou angioplastia transluminal percutânea costumam ser utilizados.

No entanto, esses procedimentos serão escolhidos com base nas artérias afetadas e na presença e gravidade dos sintomas.


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