Dieta e AVC: tudo o que você precisa saber
Escrito e verificado por nutricionista Saúl Sánchez Arias
Uma alimentação saudável pode reduzir o risco de desenvolver doenças a médio e longo prazo. O AVC é uma das patologias que está relacionada, entre outras coisas, a padrões alimentares de risco. Para ajudar a preveni-la, é fundamental garantir o fornecimento de vitaminas, antioxidantes e ácidos graxos essenciais.
Se otimizarmos a dieta, o envelhecimento pode ser retardado e, com ele, as doenças ou patologias associadas a esta condição. Aquelas de tipo cardiovascular ou cerebral causam milhares de mortes a cada ano. Para ajudá-lo a evitá-las, recomendamos os nutrientes que você deve enfatizar em sua dieta regular.
Ácidos graxos ômega 3 e acidente vascular cerebral
Os lipídios são nutrientes essenciais na dieta. No entanto, nem todos têm a mesma qualidade. Enquanto os ácidos graxos do tipo trans ou ômega 6 têm caráter inflamatório, os ácidos graxos ômega 3 ajudam a reduzir a inflamação sistêmica.
O consumo deste último está positivamente associado à redução do risco de acidente vascular cerebral, como afirma um artigo publicado no International Journal of Molecular Sciences.
Para minimizar a contribuição dos lipídios inflamatórios e maximizar a contribuição dos ácidos graxos ômega 3, é necessário seguir uma série de recomendações dietéticas:
- Reduza o consumo de alimentos processados.
- Aumente a ingestão de peixes oleosos, óleos vegetais crus e nozes.
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Aumentar a ingestão de selênio
O selênio é um mineral encontrado em pequenas quantidades no corpo humano. Esse nutriente possui propriedades antioxidantes e neuroprotetoras, segundo artigo publicado na revista Cell. Por esta razão, a ingestão de alimentos ricos em selênio está associada a um risco reduzido de sofrer um AVC.
A boa notícia é que esse mineral pode ser facilmente encontrado na natureza. Peixes, mariscos e até nozes são ricos em selênio.
Priorizar a ingestão de peixe em detrimento da carne é uma estratégia saudável. Os frutos do mar são ricos em proteínas, mas também possuem maior teor de água e ácidos graxos essenciais do que a carne.
Por outro lado, os peixes costumam apresentar maiores quantidades de determinados minerais que podem ser vantajosos na redução do desenvolvimento de determinadas patologias.
Legumes devem estar presentes na dieta contra acidente vascular cerebral
Os alimentos do reino vegetal são ricos em vitaminas e antioxidantes. Ambos os nutrientes combatem o envelhecimento e o desenvolvimento de doenças a ele associadas. Aumentar seu consumo reduz a mortalidade por todas as causas. Entre elas o AVC.
Recomenda-se consumir pelo menos 5 porções de frutas e vegetais por dia. Isso seria ideal no âmbito de uma dieta variada e saudável.
Evite tóxicos
O álcool é uma das substâncias tóxicas mais socialmente aceitas. Está muito frequentemente presente na dieta. Seu consumo está relacionado a uma pior função cardiovascular e cerebral.
A ingestão dessa substância de forma recorrente prejudica o bom funcionamento dos processos fisiológicos do organismo e aumenta as chances de adoecer; também de sofrer um AVC.
Por esta razão, recomendamos que você o remova de sua dieta habitual. Se isso não for possível para você, devido à função social que cumpre, pelo menos reduza seu consumo. Tente substituir bebidas alcoólicas por água com gás.
Melhorar a dieta para reduzir o risco de acidente vascular cerebral
Ao procurar retardar o envelhecimento, com todas as consequências positivas ao nível da redução de doenças que isso acarreta, é necessário otimizar a dieta. Manter um padrão alimentar variado e equilibrado do ponto de vista calórico é uma boa forma de garantir um correto estado de saúde.
Aumentar a ingestão de ácidos graxos ômega 3, selênio e vegetais na dieta reduz significativamente o risco de sofrer um acidente vascular cerebral. Nutrientes com caráter antioxidante e anti-inflamatório são positivos quando falamos em prevenção de patologias.
Além disso, busque suprimir, ou pelo menos reduzir, a ingestão de substâncias tóxicas. Uma delas é o álcool, que tem sérias implicações negativas para a saúde.
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